8 - Mina do Denver

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Makenna Murata

Eu estava casada. Puta merda.

Luke riria de mim, eu tinha certeza absoluta que das duas uma, ou meu irmão mais novo apontaria o dedo na minha cara, e gargalharia como se não houvesse amanhã ou ele surtaria e me mataria por casar sem nem ao menos avisá-lo.

Sra. Makenna Murata.

Droga, isso soava estranho.

Yudi Murata deslizava pelas ruas de Manhattan, o relógio já estava marcava quase vinte e três horas, o carro de Robert vinha atrás com Nena.

Nas últimas dezesseis horas enfrentamos doze apenas de voo em um jatinho particular da família de Yudi. Em Vegas passamos menos de três horas, já chegamos com tudo pronto apenas para realizarmos a cerimônia, tirar as fotos e voltar para trás porque no dia seguinte, estaríamos embarcando para Houston.

Nunca em minha vida eu havia pensado em me casar, para falar a verdade, eu nunca tinha nem ao menos ido a um casamento de verdade. Nem para ser daminha quando pequena. Então, o casamento automático e impessoal que tive, parecia estar de bom tamanho.

Enquanto pessoas bêbadas cometiam o maior erro de suas vidas e casais apaixonados faziam seus votos. Yudi e eu, combinávamos como iríamos fingir dali para frente, combinando de criar relatórios resumidos e práticos um sobre o outro e depois debatê-los. Faltava pouco para irmos para o Texas.

Se alguém me perguntasse se estava magoada com isso, eu diria a verdade. Absolutamente não. O casamento estava sendo o menor dos meus problemas, porque eu simplesmente não me importava com aquilo. Era apenas um pedaço de papel, o que estava acordado atrás dele, era meu grande problema. Nem o sexo era problema para mim ali. Receber dinheiro por ele, sim era o problema.

Girando a bela aliança no meu dedo, aquilo agora parecia tão real.

Eu já havia usado o sexo para esquecer, para me distrair e até para me exercitar, mas nunca havia usado ele para ganhar dinheiro, nem quando realmente não tive o que comer por dias seguidos.

Talvez por isso as lembranças daquela madrugada anterior ainda estavam em minha mente, eu precisava fazer aquilo antes de tudo se tornar tão pessoal. Eu havia gostado de senti-lo em minhas mãos e minha boca, sabendo que ainda não estaria recebendo nada por isso.

—Você pode ficar aqui hoje se quiser – Yudi parou o carro no sinaleiro, próximo ao seu prédio, olhando de relance para mim – amanhã cedo podemos pegar suas coisas antes de viajarmos. Está muito tarde para você ir embora sozinha, estamos muito cansados...

Sacudi a cabeça.

—Eu dormi o voo inteiro. E eu preciso mesmo ir para casa hoje organizar minhas coisas.

Esposa por ContratoOnde histórias criam vida. Descubra agora