Capítulo 1 - Esperanças

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Os cavalos corriam ao seu limite para transportar Lee Minho, o faraó, o mais rápido para seu destino, que seria o Rio Nilo. Há dias que viajava entre cidades em busca de um contrato de paz entre os faraós. Após a superaria do antigo faraó chegar ao fim, mesmo com apenas sete dias de reinado, já havia feito o suficiente para todo o reinado do antigo faraó, mantendo-se como o melhor faraó entre anos de Inspiraé.

O problema maior entre todos que já haviam era a possível rebelião que planejavam contra Inspiraé. O objetivo era causar a queda do reinado da geração de faraó Lee. Minho poderia discordar sobre, mas desde criança via a diferença imensa entre os plebeus e nobres. Ainda assim, mesmo que os nobres estivessem sofrendo também com a desgraça que tinha caído sobre as terras de Inspiraé, eles não sofriam tanto quanto os plebeus, que ainda, de passarem fome, eram feitos de escravos.

Então, como poderia repudiar a ideia da rebelião quando era realmente o certo a fazer? No reinado de seu pai, já que considerava-se um bom faraó, por enquanto viajava em busca de acordos entre todos os reinos. Não seria fácil, levando em conta que durante anos os demais faraós guardaram um ódio imensurável por Inspiraé e seu faraó, fazendo-os se tornarem neutros quanto ao contrato entre eles e Lee Minho. Criando acordos formais sem qualquer junção de terras, apenas dinheiro emprestado.

O que Minho faria para levantar a cidade à glória seria fazê-la do começo. Ajudaria os pobres, pagando-lhes as primeiras quatro semanas sem esperar qualquer trabalho em troca, para que conseguissem tudo que tinham novamente. Esse era o mínimo que poderia fazer.

Quanto aos escravos de sua cidade, os tornariam livres. Proibiriam esse tipo de ato em seu reinado e nos próximos que viriam. A única coisa que os ofereceriam caso ficassem seria dinheiro suficiente para tornar-se nobres e casa temporária, até que conseguissem comprar suas casas próprias.

Tinha ideia da existência de ômegas escravos e odiava a ideia do que faziam com eles. Mais um dos motivos pelo qual iria para o Rio Nilo, além de acabar com a sede de seus subordinados e cavalos. Iria acabar com a venda de escravos tanto ômegas quanto alfas que tinha em Nilo.

E quando finalmente chegou, se opôs a sair aos poucos da carruagem, observando o quão miseráveis estavam os ômegas que ali trabalhavam forçadamente. De repente, sua cabeça começou a doer. Por mais que o sol do Egito estivesse fazendo de seu corpo um poço de suor, sabia que não era aquele o motivo. Algo se revirava dentro do homem.

Minho teve uma vontade imensa de matar o dono dos ômegas escravizados quando ele pensou em chegar perto dele. Quando ele falou, sua vontade pareceu crescer. Então, seus dentes se esfregaram um no outro em raiva.

— Venho em busca de algum ômegas, faraó? Temos ômegas novos! — o senhor disse entre sorrisos, e Minho cravou suas unhas nas próprias mãos. Esperava desde criança por aquele momento.

— Ouvi dizer que vosso líder busca sua esposa real. Não acho que vá querer algum ômegas daqui como sua grande esposa, mas poderá escolher algum como sua consorte. — era a vez da esposa do senhor falar. Certamente não era algo útil o que eles falavam. Então, apenas levantou sua mão. Com firmeza, os guardas os seguraram.

— Não sou como meu pai... — Minho suspirou, segurando sua espada firmemente enquanto os olhava com destreza e indiferença. — Qual é a sentença a partir de agora por escravidão em Inspiraé?

Minho perguntou, esperando a resposta de seus guerreiros. O homem sabia a resposta, mas gostaria de deixar claro e em alto som para que todos ouvissem com clareza. Não poderia resolver o preconceito que tinham nos olhares, mas poderia prevenir os atos com regras rígidas. Se não podemos detê-los por seus pensamentos, podemos detê-los colocando suas vidas em troca da desobediência.

Não demorou muito tempo para que um dos guerreiros falasse com fúria e respeito ao seu faraó...

— Escravidão que força seus ômegas a cederem a alfas irá trazer a fúria de Ma'at e Ísis para si. Sua morte será miserável, tanto quanto suas ações. Ficará sete dias sem comer ou beber, não terá tempo para pensar. Os corvos já estarão comendo seus corpos nojentos e imprestáveis.

— Suas mortes serão vistas por todo o povo de Inspiraé, e qualquer um que os alimente terá o mesmo destino.

Por um momento, os ômegas escravizados soltaram um sorriso de felicidade após anos. Estavam finalmente livres da escravidão. No entanto, suas felicidades acabaram assim que pensaram onde ficariam. A realidade drástica caiu sobre todos os ômegas, fazendo-os retirar o sorriso de alegria por descrença e desesperança. Minho os via, a forma que parecia bem fisicamente, mas mal mentalmente. A forma na qual pensavam somente em sobrevivência. Era de total humanidade dar boa vida para ômegas e alfas, e vê-los daquele forma lhe trouxe infelicidade.

Todavia, antes que pudesse falar a proposta que havia em sua garganta, um dos ômegas se pôs à sua frente, e pela falta de comportamento, um dos guerreiros o segurou temendo que machucasse seu rei.

O corpo do ômega estava tão frágil que mal conseguia se soltar do aperto do alfa que o segurava. Ele poderia tentar, mas mesmo que sua força de ômega não fosse tão alta quanto a de um alfa, sua fragilidade no momento o ajudava ainda mais, fazendo sua força decair cada vez mais.

— O solte, este ômega não está bem para tentar algo contra mim. — Minho disse, seus olhos encarando intensamente o ômega de bochechas fofas. Um pequeno sorriso se atreveu a nascer em seus lábios finos.

Quando o alfa soltou o garoto, Minho pôde vê-lo cair miseravelmente no chão, exausto pelo sol e pelos ômegas que considerava como irmãos. Quanto a Minho, ele apenas se agachou em frente ao ômega caído, o rapaz frágil apoiava seu corpo apenas pelos joelhos, então o faraó o pegou no colo. Enquanto estivesse ali, não deixaria nenhum ômega passar frio ou fome...

— Como se chama? — o homem perguntou ao se levantar. Não se importava se todos o olhavam descrentes de suas ações passadas. No momento, se importava mais com o ômega em situação precária.

— Han, me chamo Han Jisung.

O ômega parecia prestes a desmaiar, e foi exatamente o que aconteceu. Mas antes que Minho pudesse deitá-lo no conforto da carruagem, ele deixou suas últimas palavras.

— Não espere que eu peça obrigado. Você, como alfa e faraó, fez o mínimo. O mínimo que o último faraó não teve a capacidade de fazer por sua ignorância.

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Caminhos Do Faraó • MinsungOnde histórias criam vida. Descubra agora