Esposa de Mentirinha - Versão SwanQueen

Casamento

Regina

Eu não tinha dormido nada durante a noite, ficava pensando na Emma, no casamento e depois... Nos meus sentimentos. Como eu pude ser tão estúpida?! A Emma era minha amiga, era assim que ela me via e era assim que sempre iria me ver. Eu sempre soube disso, então, como eu pude me deixar levar?!

Quando o primeiro raio de sol surgiu, eu desisti de tentar dormir, cansada de ficar revirando de um lado para o outro, eu simplesmente me levantei, pegando a primeira roupa que vi na minha frente e saindo do quarto sem falar com ninguém. A Zelena ainda não tinha voltado, provavelmente tinha arrumado alguém no saguão para terminar a sua noite. E eu também não quis acordar o Henry por conta do horário.

Eu precisava de um ar, precisava dar um jeito de diminuir os meus pensamentos. Então, mesmo sabendo que talvez aquilo não fosse possível, eu parei no primeiro bar a beira mar que encontrei e pedi uma sidra de maçã.

Emma

Me levantei arrastada da cama naquela manhã e desci para encontrar com os outros no saguão. Eu devia estar parecendo um zombie, mas quem se importava? Q Regina não estava ali e eu não tinha dormido direito a noite. No pouco que dormi consegui ter um pesadelo com a Regina me deixando. Droga, eu precisava dar um jeito naquilo, mas o que eu poderia fazer? Obriga-la a ficar?!

–Emma, eu estou falando com você! — Despertei dos meus pensamentos com a Zelena colocando uma mão nos meus ombros, o que me fez pular de susto.

–Que foi? Eu estou ouvindo. — Olhei para ela.

–É, agora você está. — Revirou os olhos. — Você viu a Regina?

–Eu poderia te perguntar a mesma coisa. — Dou de ombros.

Regina

Eu não tinha levado celular, então não fazia ideia de que horas eram, mas ao julgar pelo movimento da praia e a altura do sol, deveria ser quase meio dia. Eram quase seis horas quando eu cheguei, mas na minha cabeça não tinha se passado nem meia hora. Eu estava bebendo devagar e estava mais sóbria do que eu gostaria:

–Com licença? Aqui. — O garçom colocou outro martini na minha frente retirando J copo usado.

–Obrigada. — Tentei sorrir para ele, mas não tenho certeza que tenha dado certo.

–Regina! — Fechei os olhos com força e desejei com todo o meu ser que aquilo fosse um sonho quando ouvi aquela voz me chamando. — Regina! — Bufei e abri os olhos quando ouvi mais perto.

–Mary... — Respirei fundo e me virei devagar.

–A noite passada foi divertida. — Ela me abraçou para cumprimentar e eu fingi retribuir. “Por que, Deus? Eu já não estava ferrada o suficiente?!”

–Foi. — Forcei um sorriso.

–Ainda estou tentando descobrir como roubou.

–Eu não roubei. Foi por isso que eu ganhei. — Forcei uma risada que na verdade acabou se tornando real depois. Eu tinha ganhado dela. Pela primeira vez na vida eu tinha ganhado de Mary Margaret Blanchard!

–Então, cadê a Emma? — Seu tom foi casual, quase inocente, mas eu podia jurar que aquilo tinha sido quase como enfiar uma faca nas minhas costas.

–Mary... — Encarei a minha bebida por um momento pensando no que responder. “Que se foda”. — A Emma está no casamento dela.

–Como é?! — Ela me olhou com estranheza enquanto o garçom colocava a bebida que ela tinha pedido a sua frente.

–Eu nunca fui casada com ela. — Dei de ombros e tomei mais um pouco da minha bebida, terminado-a. — Foi tudo mentira. Uma que eu invente. — Fiz sinal para que o garçom trouxesse mais uma.