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Chuuya abriu a porta do estabelecimento em que trabalhava. Era uma cafeteria bem arrumada, ele trabalhava pela parte da manhã, e em dias movimentados ele ficava atarde também.

-Bom dia, Aku, chegou cedo hoje.- disse Chuuya fechando a porta do estabelecimento.

- Eu ia limpar as mesas.- Disse um garoto de cabelos pretos com as pontas brancas enquanto tirava pratos das mesas do local.

- O pessoal da noite não fez isso?- perguntou Chuuya irritado

O garoto a sua frente apenas negou com a cabeça. Akutagawa era um jovem de 17 anos, ele trabalhava na cafeteria em seus horários vagos para pagar a sua futura universidade.

- Pode deixar que eu cuido disso Aku, vá pra cozinha. Daqui a pouco os clientes chegam.- Disse Chuuya tirando os os pratos que restavam na mesa.

- Certo.

Akutagawa era bem introvertido, por esse fato ele fazia qualquer coisa que Chuuya mandasse. Já que Chuuya já estava trabalhando a mais tempo que ele no local.

-Akutagawa um cliente chegou, você pode atender ele?

- Já estou indo.

Um jovem de cabelos brancos entrou pela porta do estabelecimento, ele era baixo e tinha uma mecha preta no cabelo.

- Olá, qual vai ser o seu pedido?- Disse Akutagawa com um caderninho.

- Eu vou querer um café para viagem.- disse o rapaz se sentando em uma mesa do estabelecimento.

- Você é um estudante? Nós damos descontos para quem é. - Disse Akutagawa anotando o pedido.

- Eu sou sim, você quer minha carteirinha?

- Se não for encômodo.- Disse Akutagawa colocando o caderninho no bolso do uniforme de trabalho.

O jovem de cabelos brancos tirou da mochila uma carteirinha e mostrou a Akutagawa. Akutagawa verificou e ficou surpreso vendo de qual escola o garoto a sua frente estudava.

- Algo de errado com a carteirinha moço?- Disse o jovem chamado Atsushi como dizia na carteirinha.

- Não.- disse Akutagawa entregando a carteirinha ao jovem.- vou fazer seu pedido, com licença.-, disse Akutagawa saindo do local.

- An Aku, se apaixonou foi? - Disse Chuuya batendo nas costas de Akutagawa.

- Não é nada disso Chuuya. Ele só era da mesma escola que a minha. Só isso.- Disse Akutagawa preparando o pedido do cliente.

- "Só isso"-  disse Chuuya imitando a voz de  Akutagawa.

- Vá levar para ele por favor Chuuya.- disse Akutagawa entregando uma sacolinha com o café  para o ruivo.

-  ~Estou muito ocupado.- disse Chuuya saindo do local.

- Tsk.- resmungou Akutagawa enquanto saia da bancada para entregar o pedido.

- Obrigado. - Falou o jovem deixando o dinheiro em cima da mesa e pegando o café.

- Tenha um bom dia.- disse Akutagawa pegando o pagamento na mesa.

- Aku, vem cá!

* 4 horas depois

Chuuya deixou a cafeteria e foi para casa. Seu turno de trabalho havia acabado, então ele iria almoçar e ir para casa da sua vizinha ajudar ela com os afazeres da casa.

- Senhora, estou entrando.

A porta da sua vizinha estava aberta, assim como todos os dias. Ela não recebia visitas, mas sempre deixava a porta aberta para pegar um vento.

Chuuya entrou na casa e se deparou com sua vizinha no quintal da casa cortando algumas cebolas. Então ele pediu para a mesma para deixar ele cortar, e a mais velha cedeu.

Chuuya estava sentando na varanda da casa cortando algumas cebolas e logo percebeu uma presença indesejada aparece em sua frente.

- Já está aqui tão cedo nanico?- perguntou Dazai escorado na parede de braços cruzados.

- Eu chego aqui no mesmo horário, poste. Aliás por quanto tempo vai ficar aqui? Não aguento olhar para sua cara, só de olhar para ela me dá nojo.

- Eu não estou na cadeia para estar contando dias. E também não te- antes de Dazai terminar sua avó o interferiu.

- Dazai, vá ajudar Chuuya com as cebolas!

-  Mas vó... que merda!- disse Dazai se sentando na varanda e pegando uma cebola para descascar.

- Toma essa vasilha, você vai precisar.- Disse Chuuya rindo da cara de Dazai.

- É pra picar também?! Aff!- disse Dazai em um desânimo

Chuuya estava cortando as cebolas mas logo escuta um choro e se depara com Dazai chorando ao seu lado.

Chuuya se segurou para não rir mas acaba não conseguindo segurar.

- Hahahahah! É sério isso?! Você nunca cortou uma cebola antes?- disse Chuuya entre risos

- É minha primeira vez seu idiota!- diz Dazai fungando.

Entre risos Chuuya seca suas lágrimas de tanta risada só que se esquece que sua mão também estava com o cheiro da cebola.

- Meu olho!- Diz Chuuya angustiado

- Bem feito, foi o Karma.- Disse Dazai chorando por conta da cebola

- Uh isso arde! - disse Chuuya começando a chorar também.

- Eu não acredito que vocês não sabem cortar uma cebola. - disse a idosa enquanto se aproximava do neto e do vizinho.- Estão até chorando! Precisam ver a cara de vocês!- disse a idosa dando uma rápida gargalhada.

- Isso foi culpa sua!- Disso Chuuya apontando para Dazai irritado.

Chuuya se levantou pegou uma vassoura e começou a correr atrás de Dazai querendo bater no mesmo.

- Vó! Me ajuda! - disse Dazai correndo de Chuuya.




O neto irritante da minha vizinha (soukoku)Onde histórias criam vida. Descubra agora