Capitulo 7

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— Vou entregar os trabalhos, se tiverem algum questionamento sobre a correção, conversaremos segunda a respeito.

Um integrante de cada grupo foi até a mesa da professora. Alexandre se voluntariou, está ansioso para saber quanto seu grupo tirou.

Ao chegar perto de Antonelli pode reparar que ela utiliza um perfume diferente. O de hoje parece mais doce, não a ponto de ser injuntivo, pelo contrário, se assemelha a uma droga, completamente viciante.


E por incrível que pareça, ele tinha trocado de perfume também. Quando chegou na vez dele da fila, recebeu uma encarada mortal de Giovanna, ela não falou nada, estava a sentir o cheiro dele. Diria que é bom, muito bom...se a perguntassem.


A folha de papel foi entregue a ele, um sorriso vitorioso se formou em seus lábios. 8,5 foi a nota recebida. Mais abaixo dos escritos, 9,5 era o que ganhou no individual, por sua incrível apresentação.


Antonelli teve de ser justa, ele poderia ser qualquer coisa, mas na hora de falar se dava bem. Seria antiético da sua parte não ser honesta em dar aquela nota.


— Obrigado — saiu quase em um sussurro.


— Poderia ter sido um 10.


— O que faltou para eu ganhar?


— Comportamento. Próximo.


Por incrível que pareça, ele ficou reflexivo a respeito do que ouviu. Seu comportamento nunca foi dos melhores, e o que mais pega é ter consciência disso.


A partir desse comentário, lembrou do que Mila havia comentando em sua casa. Seguir a favor das regras de Antonelli ou burlar o sistema dela. Pensou no método "já que ela não me quer, vou mostrar que não quero ela. Até se interessar em mim"

— Que cara é essa, Nerito? A gente foi mal?


Ele entrega o papel para os amigos. Todos comemoram.


— Até que ela não é uma megera — um deles comenta.


— Rolê na minha casa hoje? — procurou mudar de assunto.


— Partiu.


Essa seria a deixa para Alexandre curtir tudo que tinha para curtir. Porque nas próximas semanas vai entrar no seu novo personagem, pegar todas as meninas que estariam na festa até esquecer Giovanna, pelos menos tentar.


A festa acontece em uma das coberturas da família Nero. Tem todo tipo de bebida e em breve drogas — não que ele use, mas alguns de seus amigos e amigos de amigos normalmente aparecem com ilícitos. E para fazer o que estava com vontade o único jeito é beber até cair e ficar o mais louco possível.



Os rolês dados por Alexandre são os melhores, apenas com um clique a mensagem era enviada para seus contatos, e num piscar de olhos sua casa se enchia de conhecidos e desconhecidos.


— Hoje eu quero ficar loucoooo, Serrado.


— Vai com calma, amigão.


— Que calma o que? Hoje vai ser o meu, o seu, o nosso dia. Vem cá Rodrigo, fala pro Marcelo o que vai ser hoje.


— O nosso dia.


— Porra, é isso, esse filha da mae voltou pra cidade, a gente tem que curtir. Olha só essa sala, tá cheio de mina.


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