Capítulo 30

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Era madrugada quando Giovanna despertou do sono, diferente de ontem, hoje ela se levantou. Se sentiu inquieta, mexia de um lado para o outro. Um desconforto diferente, fora do normal a consumia. Precisava ir atrás de métodos para conseguir relaxar, estava sem sono, mas cansada.


Lembrava que leite era um bom relaxante, principalmente morno. Decidiu tomar o líquido branco junto com seu floral, recorria a todas as fontes.


Ficou zanzando pela casa, era da cozinha para a sala. Da sala para o quarto, banheiro, escritório. Revelou ler, ou melhor, tentar, mas não tinha foco. Nunca foi de fazer muitas coisas ao mesmo tempo, ela é bem centrada, mas naquela noite queria um pouco de tudo.


Quando consegui dormir já era hora de acordar. De mal humor, recebeu a amanhã estressada, uma vez que seu dia tinha começado na madrugada.


Tentava não transparecer o seu estado, também era impossível tratar de forma grosseira Alexandre ou Lurdes. Ela ama os dois mais do que tudo, e ao receber o carinho do seu aluno os ombros relaxaram e o coração aqueceu.


Ela saiu no horário de sempre para trabalhar e junto a ela Alexandre, que continuava conhecido como o sobrinho que foi passar uma temporada na casa da tia. Entrava e saia pela portaria tranquilamente, porém sempre atento.


Mas não tão atento assim, pelo menos dessa vez. Maurício queria monitorar a vida de Antonelli, continuava disposto em saber quem era o amante da mulher. Atentamente, observou quando Nero saiu pelo portão, a cabeça estava baixa, dificultando um pouco a visão, mas o homem raivoso ficou atento. Nunca tinha visto aquele rapaz por ali, pensou em ser um morador novo. Contudo, garantiu a fotografia do jovem. Irá monitorar qualquer movimentação estranha.


O carro do rapaz também lhe chamou atenção, a Mercedes usada por Nero é o sonho de consumo dele. E o carro tão conhecido, a Suv de sua mulher, foi visto saindo da garagem. O veículo de luxo demorou a dar partida, não queria levantar suspeitas.


Maurício seguiu Giovanna, e para sua má sorte ela estava indo para faculdade. Esperava encontrar ela em outro lugar, em alguma fugidinha, a noite é um horário muito provável — mas terá que recorrer a essa ideia. — Pela manhã é algo improvável, e por conhecer a mulher sabe que ela é diferente, que gosta de surpreender.


Deixou a perseguição do dia e foi trabalhar, mas voltará com sua investigação.


Alexandre parou o carro no estacionamento que normalmente fica vazio, por ser longe das entradas. Viu que a professora fez o mesmo, ao passar pelo veículo conseguiu ver que ela ainda estava dentro dele.


Desceu do seu carro e caminhou a passos largos até o dela. Deu duas batidinhas na janela e ganhou a atenção da morena. Ela olhou para ele e sorriu, abrindo a porta logo em seguida.


— Posso assistir sua aula hoje? — a mulher daria aula para outra turma, o conteúdo seria o de sempre: direito penal.



— Não. Você vai assistir a aula do Ricardo, ele é um bom professor.


— Ninguém é melhor que você — se aproximou do pescoço cheiroso e inalou o perfume, para depois beijar a pele. — minha gostosa.


Ela deixou uma risadinha escapar.


As mãos pequenas percorrem os ombros e o peitoral do homem. A musculação tem feito bem para ele.



— Meu gostoso — sorriu de canto. — Vou querer seus serviços hoje mais tarde.



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