Epílogo

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Quero agradecer cada uma por não desistir dessa fic. Porque se dependesse de mim, cairia na inexistência.
Mas fico extremamente feliz com a repercussão.
Toda vez que terminou uma fic fico com o pensamento de que poderia ter feito melhor, com a vontade reescrever tudo de novo.
Mas essa final está bem bonitinho, mais curto que os outros, porém foi feito com muito amor e carinho.

Se tudo correr bem, tento criar uma outra estórinha na mesma pegada que essa.

Anos depois

Alexandre se formou em direito e também passou na prova da OAB. Hoje ele é um advogado incrível e está trabalhando no escritório Monteiro Alencar. Também se tornou um ótimo pai e está pagando todos os seus pecados.

Ser pai de menina não é nada fácil, Valentina é uma mini terrorista. Atualmente está com cinco aninhos e é super esperta.

Giovanna depois que ganhou a filha, deu uma desacelerado. Sua vida mudou por completo, e toda aquela história de não querer ser mãe e medo de não ser boa foi embora. Quando colocou os olhos em sua filha, foi amor à primeira vista. O amor que ela sente pela menina ultrapassa fronteiras. Tina — o apelido da pequena — foi uma das melhores coisas que poderia ter acontecido na sua vida.

A professora voltou a trabalhar, mas suas aulas estão reduzidas, sendo intercaladas com outro professor. Ela não achou ruim, dessa forma consegue ter mais tempo para si mesma e sua família.

— Mamãe, mamãe! — a menina saiu correndo atrás da mais velha assim que chegou em casa.

Ela se jogou no sofá, dando um abraço forte na mãe.

— E essa boca, toda suja de chocolate? — olhou bem para filha e depois para o marido.

— Não briga com meu papaizinho. A gente passou pra tomar sovetinho.

Sovetinho — imitou ela. — Antes do jantar, que bonito, hein, pra vocês dois!

— Hoje tá pode amor — deixou um selinho na esposa. — é quase final de semana.


Ela fez uma cara fingindo estar realmente brava. Depois voltou a atenção toda para a filha, querendo saber como foi o dia de aula dela.

— Fiz um desenho lindo hoje, vou te mostrar.

Tina foi até sua mochila de rodinha das princesas e tirou de dentro o desenho que fez. Entregou para mãe e passou a explicar o que era.

— Essa bonitona é você mamãe, esse aqui e o papai. A bolotinha no chão é o cachorrinho que a gente vai ter. E essa pessoa segulando a minha mão e meu namolado.

— É o seu o quê, Valentina? — Alexandre que tinha saído para deixar as coisas no escritório, voltou para sala para ter certeza de que tinha escutado certo.

— Meu namolado. — deu de ombros e passou a analisar o desenho. Tinha amado o que fez.

E Alexandre detestou a fala da filha. Mesmo com apenas 5 anos, ele já sentia o peso do ciúme paterno crescendo. Com a pouca idade os comentários que ela fazia, o deixava inquieto. Embora soubesse que era apenas uma fase de crescimento, o ciúme protetor sempre falava mais alto.


— Para de falar isso, filha. Criança não namora.

Namola sim! — cruzou os braços e bateu o pé. — Ele segula a minha mão, brinca comigo, divide o lanche. Fala que sou linda e me beija na bochecha.

Ele sabia que era namorico de criança. Aquela fase que a maioria das crianças passam. Mas mesmo assim estava com ciúmes, não quer nenhum moleque rodeando a sua filha. Se depender de Nero, ela só namora depois dos 30.

Valentina é a cara da mãe, mas a personalidade é todinha do pai. Fica emburrada igual a ele.

— Vem cá, amorzinho — Giovanna colocou a menina em seu colo, fazendo um carinho nos fios de cabelo. — E você deita a cabeça aqui — falou com o marido, apontando para a coxa dela.

Está a cuidar das suas duas crianças.

— Conta para a mamãe, como chama esse seu namorado?


— É o Theo!


— Ah não! — Alexandre reclamou mais uma vez. — Poxa, filho do meu melhor amigo. Aquele moleque vai ser um safado igual ao pai.

Theo é o filho de Alessandra e Rodrigo. Os dois encantaram rápido em um relacionamento e quando viram, estavam prestes a se tornar pais. O menino é um ano mais novo que Tina. Os dois juntos são uma graça, ele é todo cavaleiro com ela.

Antonelli só sabe rir da situação, as reações do seu marido estão sendo as melhores. Sabe que ele está pagando por ter pegado várias e ter aprontado muito por aí.

— Ela é igual mãe, gosta dos mais novos — sussurrou só para ele ouvir.

— Tô ferrado mesmo.

Levou a mão até o rosto, todo nervoso com a situação.


O clima entre eles já tinha mudado, jantaram a comida delícia da Lurdes e depois foram tomar banho. Sexta feira passou a ser um dia muito especial entre eles.

— Que bagunça é essa na minha cama? — Antonelli perguntou assim que saiu do banheiro, ainda enrolada na toalha.

— Hoje é festinha do pijama, amor.


— Você tem que colocar um pijama igual o meu, mamãe.

Elas tem diversas roupas que são mãe e filha, para ficarem combinando.

A mais velha foi até o closet e colou seu conjunto de panda. Igualzinho ao da filha. Se juntou a eles na cama e esperou a mais nova escolher que filme iria assistir.

Giovanna tinha se tornado a mãe que nunca imaginou. Ela pensou que seria brava e que não daria muito espaço para momentos como esse. Mas ela é totalmente diferente, é rígida só quando precisa, na maior parte do tempo faz todas as vontades da filha.

Com poucos minutos de filme, Valentina ficou sonolenta, estava agarrada na mãe, recebendo um cafuné. Depois foi para o pai, onde se acomodou nele igual a um bichinho preguiça.

Ela é esperta, nunca fica só de um lado, gosta de ter ambas as partes ao seu favor. Um defesa boa, cria uma pessoa forte. Porém, é xodó do pai, tudo é paizinho pra cá, paizinho pra lá.

— Tina é você todinha — comentou Nero baixinho. — Vocês são meus grudinhos.

— Tem espaço para mim aí no seu ladinho, ou ela ocupou tudo?

— Sempre tem espaço para você.

A mulher se acomodou ao lado dele e se aconchegou bem ali, ficando igual uma preguicinha também.

— Amos vocês — ela confessou.


— A gente também te amo...muito!


Essa é a mais nova realidade deles, uma vida de pura felicidade a três. A rotina, antes marcada por complicações, agora ganhava novas cores com a presença da pequena. O riso infantil preenchia o apartamento, e as pequenas aventuras do dia a dia traziam ainda mais união e alegria para o casal. Eles se ajustavam à nova dinâmica, descobrindo o prazer de viver como uma família completa, onde cada momento juntos era precioso e cheio de amor.


Fim.

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