CAPÍTULO 117: Faça-me Sentir Outra Vez.

73 14 0
                                    

*****
[Narrado pelo Autor]

*****

Dois dias se passaram, mas ainda nada mudou.

Marcus: — Já conversei com o Marcelo. Vocês estão com uma virose incomum. Essa semana os dois ficarão em casa até segunda ordem. — Luka e Joaquim assentiram. — Vou precisar sair agora. Tenho um encontro importante pra tratar de assuntos importantes. Se comportem. Depois eu vou atrás de notícias do Guilherme.

Marcus saiu da câmera e foi para sua casa. Falou um pouco com sua esposa e saiu. Mickael estava ao seu aguardo bem após o portão. Ao se verem, ambos coraram instantaneamente.

Marcus: — Então... tem certeza de que está melhor? De verdade?

Mickael: — Sim, juro juradinho. — Marcus riu. — Nossa, falei que nem um idiota agora.

Marcus: — Um idiota muito fofo. — riram. — Vamos então?

Mickael: — Ah... vamos, mas eu preciso te alertar. O chefe da Colônia é muito importante pra nós. Ele definitivamente não vai estar sozinho.

Marcus: — Tá bom. Eu entendo a preocupação de vocês, mas eu não vou machucá-lo. — Mickael riu e passou o cabelo para trás da olhera direita.

Mickael: — Eu sei, mas não é só isso, não é você o problema. O problema está em todo lugar. Fora da Colônia ele está à mercê de bilhares de formas de perigo. Ele não vai estar com apenas o segurança particular. Num raio de duzentos metros vai estar cheio de protetores esperando o momento certo de agir para defender o chefe. Os Diractre mais poderosos estarão para todos os lados se passando por humanos. Tome cuidado com seus movimentos, com o que vai falar, e... — Marcus riu.

Marcus: — Nossa, calma, você está muito paranoico. Não é você quem devia se preocupar. Não fui eu que quase morri e fiquei semanas internado me recuperando. — o médico cruzou os braços e ficou emburrado.

Mickael: — Eu só tava tentando avisar, não joga na minha cara que eu sou frágil!

Marcus: — Cara, você é difícil de lidar, viu. — riu e tocou calmamente o queixo do homem emburradinho. Mas Mickael desmanchou ao olhar pros olhos encantadores do Rei e para o sorrisinho que provocava sua reação. — Acalma esse coraçãozinho.

Mickael: — Vamos logo... não quero deixar o chefe esperando, por mais que ele seja meu amigo. — empurrou a mão de Marcus e passou direto por ele. — E pare com isso! Não me toque a não ser que tenha um motivo plausível pra isso! — Marcus suspirou e mordeu o lábio inferior.

Marcus: — Ui...

Os dois caminharam por alguns minutos em direção ao centro da cidade. Se encontrariam num local escolhido pelo próprio líder da Colônia. Almoçariam juntos num restaurante que Mickael jura ser um dos melhores que ele já foi. Depois de quase uma hora, chegaram ao destino.

Mickael: — Por favor, não seja grosso com ele.

Marcus: — Eu não vou ser grosso com ninguém, tá bom?! Pare de me vilanizar, cara! — Mickael segurou seu punho e o fez parar.

Mickael: — N-não... não é isso, é que... — revirou os olhos e suspirou. — É difícil não ser grosso com ele. Ele é chato. Chato pra caralho. Depois de alguns anos o poder subiu à cabeça, então ele é bem... prepotente. Também nem quero imaginar ele se magoando e se remoendo depois só porque falou demais e o Rei foi grosso com ele. Ele é muito... sentimental e frágil em certas ocasiões.

Marcus: — Ah... mas não se preocupe, Cachinhos Dourados. Papai sabe ser um exemplo de pessoa gentil. — deu um passo próximo ao médico. Mickael tentou segurar, mas ficou todo vermelho na hora, fazendo Marcus rir. — Hum...

ABOOH - CONTINUAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora