CAPÍTULO 118: Algo Ruim À Espreita

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[Narrado pelo Autor]

As coisas não andavam tão bem Naquele momento. Marcus estava preocupado com o assunto dos Jinni e com Thay e Carlim em uma missão perigosa do outro lado do globo. A todo momento o Rei ponderava em silêncio em seu laboratório, no grande salão da câmera e até mesmo durante o jantar com sua família. Todos notavam sua tensão, mas não havia o que fazer sobre isso. Só podiam ter fé e confiança de que Thay, Carlim, Otávio e Gabriel conseguiriam cumprir a missão sem ferimentos graves e sem perdas. Meter os Olimpianos nisso não foi uma boa ideia. Mas por outro lado, uma aliança com um povo como os Diractre da Colônia seria algo interessante e bem proveitoso para Marcus. Pelo menos o assunto sobre Anco estava resolvido. Apesar de seu amigo ter voltado dos mortos e isso ser algo aterrorizante, o Rei não queria muito pensar nisso. Seja lá quem ou o que tenha força pra ressuscitar um cadáver e restaurar cada fibra de seu corpo, Marcus só tem a agradecer. Até o momento não tem fatos contra isso e nem está interessado em saber. Anco de volta já é alegria suficiente, ele não quer estragar. Mas... Troy tinha razão num ponto e Marcus queria conversar com Anco sobre isso.

Marcus estava inquieto à mesa de jantar. Estava um silêncio desconfortável entre a maioria. Joaquim e Théo apenas comiam em silêncio. Nathalie comia e parecia estar enfiada em pensamentos. Diogo dava alguns suspiros, mas nenhuma palavra fugia de sua boca. Thay não estava presente. Martha estava calada observando a todos com muita atenção e... Marcus estava distante, sem conseguir comer uma garfada que seja. Logo o homem se levantou, se desculpando com os presentes e disse que precisava fazer uma coisa. Ele apenas deixou o prato intocado pra trás e foi para a dispensa. Ninguém indagou e permaneceram no silêncio.

Na câmara, Anco, Shank e Siruk estavam conversando de um lado da grande mesa de cristal, enquanto Luigi e Enrico conversavam e riam do lado oposto. Ao verem Marcus se aproximando, os funcionários apenas deram três batidas no peito com o punho direito fechado.

Marcus: — Anco. Podemos... — suspirou em seguida. Anco apenas se levantou e se aproximou dele. — No laboratório. Ne acompanhe, por favor.

Anco: — Beleza, Chefe.

Assim que adentraram o laboratório, Anco notou que Marcus não estava muito bem.

Anco: — Você... está passando por aquilo de novo? Pensei que... que tivessenos deixado no passado. — Marcus suspirou.

Marcus: — Não, Anco. Não é sobre meu passado, nem sobre meus irmãos, nem sobre a guerra. Eu precisava falar contigo sobre... você. — Anco suspirou e sentou na cadeira mais próxima. Marcus permaneceu de pé. — Troy tinha razão.

Anco: — Opa, opa, opa. Peraí, já começou errado. Até agora o imbecil teve razão em nada!

Marcus: — Sim, ele teve em uma coisa. Você... está dispensado dos seus serviços, meu amigo. — sorriu de canto. Anco ficou boquiaberto, sem saber o que dizer sobre aquilo. — Você cumpriu o juramento que os soldados do reino de Kroath fizeram. Você morreu por nós. Você deu sua vida pela minha família e somos gratos por todos esses anos de devoção que tiveste para conosco.

Anco: — N-não... não, não. Cê tá louco?!

Marcus: — Eu disse ao Troy que te liberaria e estou fazendo isso. Você cumpriu sua missão e será muito bem recompensado por isso. Vou preparar sua documentação e... assim que recuperarmos a comunicação com Cetos, vou emiti-las à Kroath. Você vai receber todo o dinheiro que tem para receber, toda homenagen que merece e suas medalhas de honra. — Anco se levantou rapidamente. Estava incrédulo. Logo riu, mergulhado em nervosismo.

Anco: — Não! Eu... eu não sirvo a vocês por juramento ou por estar recebendo um salário pra isso. Cara, eu amo vocês! Eu... eu fui salvo por vocês na minha infância, eu estudei com vocês, eu... eu... — seu queixo treneu.

ABOOH - CONTINUAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora