Depressão.

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A cada amanhecer, sem vontade de levantar,
O peso da cama, parece me sufocar.
Perguntas ecoam na minha mente a vagar,
Por que sinto tudo isso? É difícil decifrar.

Escrevo poesias, mesmo sem criatividade aparente,
Elas surgem do nada, de forma envolvente.
Talvez, em meu íntimo, sou uma poeta carente,
Mas temo não ser capaz, o medo é persistente.

Minha vida já enfrentou tormentos e dores,
Ninguém merece viver só entre dissabores.
Meu pior inimigo e eu, somos os senhores,
De um cotidiano que não deveria ter cores.

Me acostumei a conviver com a escuridão,
Na mente e no convívio, sigo na solidão.
Muitas vezes, finjo, ocultando a emoção,
Pois é mais fácil assim, evitar a confusão.

Mas no silêncio, aqui entre versos e rimas,
Talvez encontre a paz, nas poesias que anima.
E ao compartilhar minhas dores,
Encontro a força de ser, quem sou, sem dilemas.

Cartas de uma pequena poetaOnde histórias criam vida. Descubra agora