Cortes.

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Em um corte raso, a dor se esconde,
Profunda, feito ferida que não responde.
Medo e culpa, fardos que carrego,
Pensamentos sombrios, qual amargo trago.

Mortificação na alma desenha,
Traços de uma existência estranha.
Mutilação de pensamentos aflitos,
Na dança obscura dos meus conflitos.

Por que este fado, esta via dolorosa?
Vida que parece farsa, sombra enganosa.
Na estrada escura, perdida e só,
Sem luz, sem destino, um vulto pálido.

Sempre tratada como ninguém,
Ou como alguém, mas qual alguém?
A solidão ecoa como um lamento,
Nesta jornada onde o vazio é meu sustento.

Cartas de uma pequena poetaOnde histórias criam vida. Descubra agora