Capítulo 10

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Nay- Obrigado meninos por tudo. De verdade, eu amo vocês. - Digo olhando para o Léo e para Thiago.

Thiago/Léo - também te amamos pitica. - Eles se olham e riem, porque falaram ao mesmo tempo. Eu também riria, mas não estou para risos.

Logo chegamos no meu apartamento. Os meninos não quiseram entrar, falaram que queriam voltar pra ver como estava o clima lá na casa. Agradeço a eles pelo apoio e subo pro meu apartamento, me sentindo um lixo.

  Chego em casa, guardo minha bolsa, tiro minha roupa e entro no chuveiro, colocando pra fora todo o choro que estava dentro de mim. Ao decorrer das lágrimas que caiam, também se faziam presentes os pensamentos intrusivos: “E se ele não quiser assumir essa criança?”, “Eu vou conseguir cuidar dessa criança? SOZINHA?”, “Como vou trabalhar para sustentá-la?”.  

Nay - Meu Deus, eu sou tão nova, ainda não sei se estou preparada.

  Mil e uma coisas se passavam pela minha cabeça, quando vejo já estava sentada no chão do banheiro e com medo de tudo que está por vir....

Fecho os olhos, já não sabendo mais o que é água e o que são lágrimas. Tudo tão escuro e frio... Até que ouso uma voz:

Irene- minha filha, saia desse chão, vamos. - Irene entra no box. Ela desliga o chuveiro e me ajuda a levantar, ela me enrola com uma toalha, que estava perto da pia, mas... espera... como ela entrou aqui?

Nay- Irene? Como você entrou aqui? - Falo enquanto passo uma toalha pequena em meu rosto.

Irene- Querida, você simplesmente deixou a porta apenas escorada, sem fechar na chave, mais cuidado na próxima. - Olho pra ela chocada. Eu entrei tão anestesiada em casa após tais coisas que aconteceram.

Irene- Coloca uma roupa, estou te esperando na sala, com uma pessoa. Temos muito a se conversar. - Fala e eu apenas assenti com a cabeça.

Irene me deixa sozinha em meu quarto, aproveito para pensar um pouco no que fazer. Meu lado fashion não está com muita vontade de se arrumar para as visitas. Vou até meu closet e visto uma calça moletom preta com uma blusa branca de alcinha, passo a escova em meu cabelo, tirando alguns nós, olho para o espelho, vendo que já aparecia um pequeno volume ali. Vou até minha gaveta e pego meus óculos de grau, - ele é redondo. uma graça, se querem saber.

Em meio aos meus desvaneios, escuto Irene me chamar:

Irene – Querida? Posso entrar? - Respondo com um “sim” e ela entra. - Nossa, você está linda! 

Nay – Obrigada! - Sorrio e ela também.

Irene – Olha, temos que ter uma conversa séria e essa pessoa que está lá na sala vai escutar muitas coisas, mas também vai dizer. Você está preparada? - Ela segura minhas mãos junto as delas.

Nay-Ninguém nunca está pronto. Mas, quem é essa pessoa? Não me diga que é ele... - Meu coração acelera.

Irene concorda. Nesse momento eu começo a tremer. Irene pede calma e juntas vamos para a sala.

Reh – Finalmente, achei que tinha morrido lá dentro... - Renato e eu nos olhamos e no mesmo instante eu me sinto tonta.

Irene – NAYANNE!!!

sobre a noite passada..Onde histórias criam vida. Descubra agora