Capítulo 4

327 48 15
                                    

Oieee, atualização pra vocês.

Esse capítulo tem mimo, viu?

Aproveitem e continuem comentando.

*************************************************************************************************

ELAS IGNORAVAM uma a outra no trabalho, obviamente. Bem, elas não mencionavam as noites passadas em frente à televisão, nem as caminhadas na praia e, às vezes, enquanto ela se sentava na sala de convivência e ouvia Andrea tagarelar sobre o quanto ela estava certa de que Kara a convidaria para sair em breve (quando Kara já havia comentado com Lena que estava incomodado com os flertes constantes de Andrea), ou quando a glamourosa Imra começava a falar de forma amistosa demais sobre a loira, embora Lena se mantivesse calma como um Buda desafiado, por dentro ela estava espumando de raiva e poderia, certamente, estrangular as duas para
que ficassem caladas.

Ela gostava da médica.

E quanto a isso, estava tudo bem. Afinal, metade do departamento gostava dela daquele jeito também, e ela dificilmente poderia ser considerada como minoria; não, havia um problema um pouco maior. Às vezes, ah, às vezes, Lena tinha aquela impressão incômoda que só podia ser causada quando duas pessoas se envolvem.

Às vezes, ah, às vezes, Lena tinha a sensação fugidia de que Kara gostava dela também. Ela dizia a si mesma que estava imaginando coisas, exatamente como Andrea. Porque não havia chance nenhuma de alguém como Kara estar interessada nela. Então, por que ela estava agindo de forma tão estranha?

Quando o coffee break terminou, ela voltou para a ala pediátrica, e tentou dizer ao seu coração idiota para parar de bater tão depressa só de olhar para a loira; é claro que não adiantou. E seu coração acelerou de vez uma hora mais tarde, embora por razões totalmente diferentes, quando uma mãe meio
histérica colocou um bebê molenga nos braços de Lena. Ela tocou a campainha de emergência antes mesmo de despi-lo.

Ele era grande e gordo, e mal abriu os olhos enquanto Lena o despia com eficiência, e fazia algumas observações preliminares.

– Ele não para de vomitar... – A mãe estava tentando não chorar. – Eu o levei ao clínico ontem, ele disse que era um problema gástrico e me mandou dar líquidos para ele... Nenhuma ajuda havia chegado, e Lena tocou a campainha de emergência outra vez. O pulso do bebê estava acelerado, e a temperatura dele estava alta, portanto ela o colocou no balão de oxigênio e tocou a campainha de emergência de novo enquanto empurrava o carrinho com o material para soro intravenoso, finalmente decidindo colocar a cabeça para fora do cubículo.

– Alguém pode vir me ajudar? – ela estourou, e lançou um olhar frenético para Kara, que estava mostrando a um paciente um raio-X de tornozelo. – Agora!

– Aperte o botão três vezes em caso de emergência! – Kara estourou também, quando viu o bebê.

Ela ainda estava aprendendo o básico; ainda ontem, ela havia sido advertida por reagir exageradamente, e apertar o botão três vezes por qualquer coisa remotamente urgente; e agora estava sendo repreendida por fazer muito pouco. Alguns dias, aquele trabalho era simplesmente difícil demais!

– Depressão na fontanela. – Kara examinou o bebê imóvel com eficiência, enquanto Lena o tirava da balança e preparava um soro intravenoso. Ela estava apavorada com a ideia de aplicar uma agulha de IV em um bebê tão doente, mas aquilo fazia parte do curso, e era algo que ela precisava aprender a fazer. Ela havia começado com homens grandes e
musculosos, com veias que mais pareciam trilhos, e depois havia praticado em adultos doentes. Ela havia até mesmo aplicado IVs em algumas crianças, e em poucos bebês, mas nenhum tão doente como aquele, e não com a mãe observando ansiosamente; e agora, Sam estava lá também!

Um pequeno milagre  (Supercorp G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora