Capítulo 8

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Eu simplesmente não me aguento, eu fico muito ansiosa para postar mais capítulo para você  🥹🤷🏽‍♀️

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KARA FOI visitar Lena enquanto ela ainda estava internada, e ocasionalmente a via na cantina, e parava para conversar um pouco e saber como ela e Lizzie estavam indo.

E ela estava indo muito bem. Lena via progressos todos os dias. E não apenas com Lizzie. O gelo estava derretendo entre ela e sua mãe, também. Ela fazia uma visita dia sim, dia não, inicialmente com o pretexto de ver a neta, depois para levar suprimentos para Lena, e finalmente, apenas para levar um presente. Também foi Lilian quem mostrou ser

uma improvável fonte de conforto, quando o leite de Lena começou a diminuir de repente.

    – Quanto mais você se estressar com isso, pior vai ficar – Lilian disse firmemente, enquanto Lena chorava, usando a bomba para tirar o leite do seio que tanto detestava. Mas com apenas três semanas, Lizzie mamava muito pouco no seio da mãe antes de ficar exausta, e tinha que receber a alimentação por meio de um pequeno tubo, que ia de sua boca até seu estômago. Lena estava lutando para produzir leite suficiente, e odiava a sala asséptica onde sentava por horas, para produzir apenas uns poucos mililitros.

    – É importante que ela receba o meu leite. – Lena rangia os dentes. O especialista em lactação havia dito aquilo a ela.

    – É mais importante que ela se alimente. – Lilian se recusou a recuar; ela estava cansada da pressão que a filha estava sofrendo, e frustrada por causa de Lena.

    – Eu também não pude amamentar você, Lena. Eu tive que começar a dar a mamadeira quando você só tinha quatro dias.

    – E olhe só para mim agora.

    Ela estava sobrecarregada; sentada ali, chorando frequentemente, os nervos à flor da pele, olheiras escuras e profundas por causa das mamadas a cada duas horas, falida, e ainda por cima, mãe solteira. Aquela era, na verdade, a sua primeira vaga tentativa de brincar com a mãe nos últimos tempos, e por um momento Lilian não entendeu. Então, ao abrir a boca para continuar com o sermão, a ficha caiu; ela olhou nos olhos da filha e começou a rir, e Lena também.

    – Você se deu muito bem – Lilian disse, quando as gargalhadas diminuíram e as lágrimas, que nunca demoravam muito a chegar naqueles dias, enchiam os olhos de Lena. Aquela era a coisa mais amável que sua mãe lhe dizia em muito, muito tempo.

    – Vá almoçar. – Lilian apanhou a mamadeira com a quantidade pequena de leite, colou um rótulo com o nome de Lizzie e colocou-a na geladeira. – Eu termino tudo por aqui. Vá relaxar um pouco.

    Mas Lena não conseguia relaxar. Lena preferia muito mais a rotina segura que ela mesma havia estabelecido. Vivendo na pequena área reservada para as mães, ela estava feliz com seu quarto espartano, e as noites que passava conversando com outras mães ansiosas. Seus dias eram preenchidos amamentando Lizzie ou retirando leite, ganhando mais autoconfiança com a filha sob o olhar vigilante da enfermeira, e demorando horas para escolher o que comer no cardápio que recebia uma vez por dia.

    Mas de vez em quando, sua mãe insistia para que ela fosse "relaxar". E Lena detestava aquilo. Não havia muita coisa para fazer. Chamar os jardins do hospital assim era um grande exagero; o estoque dos caramelos preferidos de Lena na lojinha de presentes acabara havia tempo; e ela já tinha lido cada uma das revistas disponíveis pelo menos duas
vezes. Ela havia ido visitar o setor de emergência algumas vezes, mas parecia sempre chegar na hora errada, o departamento estava constantemente cheio e as pessoas, ocupadas; e ela ficava sentada, sentindo-se estranha e sozinha, na sala de convivência. Mas, acima de tudo, ela detestava a cantina, onde o melhor meio de se autodescrever era "quase, mas não exatamente".

Um pequeno milagre  (Supercorp G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora