[05] Recomeço.

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𝑺𝒂𝒃𝒓𝒊𝒏𝒂 𝑪𝒂𝒓𝒑𝒆𝒏𝒕𝒆𝒓 - 𝑷𝒐𝒊𝒏𝒕 𝑶𝒇 𝑽𝒊𝒆𝒘

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𝑺𝒂𝒃𝒓𝒊𝒏𝒂 𝑪𝒂𝒓𝒑𝒆𝒏𝒕𝒆𝒓 - 𝑷𝒐𝒊𝒏𝒕 𝑶𝒇 𝑽𝒊𝒆𝒘

Acordei apenas na manhã seguinte, um dia após o enterro de minha avó. Uma dor de cabeça insuportável me apossava. Eu sabia o porquê da dor. Assim que Hailee me deixou sozinha, tomei o whisky direto do bico da garrafa. Comigo mesma, senti todas as dores possíveis. A da perda de minha última parente - além de Elizabeth, que sumiu para nunca mais voltar - e a "perda" da minha ex-namorada.

Vê-la novamente acendeu uma faísca daquela chama que chamávamos de amor. Senti raiva por Hailee aparecer quando estava quase a superando, não pensava mais na gente e em tudo que sonhava ao seu lado, mas agora voltou com tudo. Parecia que a partir de hoje estava começando do zero novamente para esquecer esse amor por a Steinfeld.

Pela primeira vez, senti falta do Tom e de como o mesmo sabia me tirar da fossa. Quando levantei para tomar um banho, vi a garrafa de whisky caída ao chão e um líquido a sua volta, provavelmente havia derrubado, mas nem me lembro. Um pouco mais à frente, desviei de cacos de vidro do copo que quebrei.

Uma raiva absurda me invadiu quando Hailee insinuou que eu queria que a mesma fosse embora. Eu nunca quis! Nunca iria querer! Mas ontem o meu único desejo era que nem tivesse aparecido, a queria longe e agora quero ainda mais. Quero viver minha vida sem depender de algo que não é certo, como se um dia eu e Hailee iremos ficar juntas. Não posso esperar anos por sua volta, minha volta ou um reencontro. Acabou.

Desci as escadas da minha antiga casa com os cabelos pingando água, meu banho foi demorado e nele consegui pensar em muita coisa inclusive: Que essa casa não servia para mais nada. Não quando ninguém mais irá morar ali.

- Bom dia.

Desejei às três figuras que me encaravam curiosas. Sentei em minha cadeira de sempre, Dove e Sofia também estavam à mesa enquanto Melia lidava no fogão. Peguei um copo com água o bebendo em grandes goles, precisava tirar o álcool do meu sangue.

- Sabrina, você está bem?

Sofia foi a primeira a perguntar, a olhei enquanto mastigava um pedaço de pão.

- Sim, por que não estaria?

- O seu cabelo... Você nunca deixa tão molhado.

Observou minhas mechas. Olhei para meu próprio corpo, minha blusa branca estava começando a ficar molhada, mas eu não me importava, não mais.

Sinceramente, era como se nada mais fizesse sentido como antes. Por que diabos não posso deixar meu cabelo molhado? Ele pode muito bem secar naturalmente.

- Daqui a pouco seca.

Respondi, dando de ombros.

- Minha querida, como se sente? - Melia se aproximou, colocando uma panqueca em meu prato. - Ontem tentamos falar com você depois que... Que ela saiu e bem, você só dizia que queria ficar sozinha.

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