[02] Samantha.

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𝑺𝒂𝒃𝒓𝒊𝒏𝒂 𝑪𝒂𝒓𝒑𝒆𝒏𝒕𝒆𝒓 - 𝑷𝒐𝒊𝒏𝒕 𝑶𝒇 𝑽𝒊𝒆𝒘

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𝑺𝒂𝒃𝒓𝒊𝒏𝒂 𝑪𝒂𝒓𝒑𝒆𝒏𝒕𝒆𝒓 - 𝑷𝒐𝒊𝒏𝒕 𝑶𝒇 𝑽𝒊𝒆𝒘

Em um mês de faculdade, percebi que o tempo como universitária parece ter encolhido, vivendo apenas para compreender as matérias.

Busquei ingressar na Berklee College Of Music, pois é a melhor, mas não sabia que seria tão exigente. Tudo que eu sabia sobre tocar e cantar parecia insignificante para eles. Aprender a compor, sem entender nem um por cento desse assunto, complicou ainda mais. Os professores não se importavam se eu conseguia acompanhá-los ou não, ensinavam uma vez e pronto, se vire! Isso significava muito trabalho no meu quarto de hóspedes, agora transformado em meu lugar de estudo, com o piano ocupando o espaço, e se eu não estivesse no banheiro ou comendo, estaria estudando.

Tom parecia realmente querer uma amizade, mesmo depois de eu ter batido a porta em seu rosto várias vezes. Ele é um cara legal, tenho que admitir, mas sua insistência às vezes me irritava. Talvez devesse agradecer por sua característica irritante, pois me salvou de um dia exaustivo.

Na terceira semana de faculdade, os professores aplicaram um teste prático para avaliar o nível dos alunos, sendo suficientemente rigorosos para colocar alguém no fundo do poço. Comigo funcionou, cheguei em casa querendo desistir. Não bastava ter apenas talento naquele lugar, tinha que ser perfeito, e agora entendo por que é tão disputado.

Depois de um banho, sentei no sofá com um pacote de salgadinhos e um litro de refrigerante. Odiava fazer isso com meu corpo, mas precisava relaxar de alguma forma. Um filme de comédia na televisão, pijama no corpo. Era tudo que precisava para tentar esquecer as palavras duras dos professores.

A campainha tocou, e eu já imaginava quem poderia ser. Arrastei-me até a porta, preparando minhas palavras para negar a companhia de Tom, ele só poderia estar muito carente.

- Eai, Carpenter. - ele sorriu assim que abri a porta. - Caralho, que cara de acabada.

Riu, debochando.

- Me erra, Tom. Não estou com humor hoje.

- E quando você está? - arqueou as sobrancelhas, revirei meus olhos. - Enfim, vim te chamar para uma festa, hoje é sexta e parece que está precisando.

- Na verdade, quero ficar em casa.

Dei de ombros.

Aquele convite era tentador, lembrando-me da época em que conseguia resolver qualquer coisa com sexo. Sabia que se algo me botasse para baixo era só ter uma garota nua em uma cama que superaria. Não sei ao certo se ainda funciona.

- Ah, qual é? Vamos pegar mulher! - o tom do garoto era animado. - Sei que está com medo de sair comigo porque vou beijar muito mais do que você, mas fazer o que? Elas me amam.

- Você está brincando, certo? - forcei uma risada. - Não me conhece, Tom. - neguei. - Tenho qualquer mulher na palma da minha mão.

Me gabei, sorrindo com malícia.

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