Um adeus pode durar enquanto a lembrança persistir, e uma saudade perdura enquanto o coração a sentir. A alma clama por aquele amor que ressoa como resposta, pois o amor muitas vezes transcende o tempo e permanece como elo entre passado e presente.
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𝑺𝒂𝒃𝒓𝒊𝒏𝒂 𝑪𝒂𝒓𝒑𝒆𝒏𝒕𝒆𝒓 - 𝑷𝒐𝒊𝒏𝒕 𝑶𝒇 𝑽𝒊𝒆𝒘
Dentro de um táxi, contemplava pela janela a beleza da cidade de Boston à noite. Não podia deixar de agradecer ao meu amigo por nos apressar a partir, embora sentisse que ele também estava ajudando a si mesmo. Thomas não questionou meu desespero em retornar, simplesmente veio ao meu lado.
Acredito que sua família o faça se sentir desconfortável, todos os agrados vão para Barbara. Agora entendo por que ele quer apresentar uma namorada perfeita. Ninguém naquela casa confia no garoto, enquanto a mais velha é a queridinha dos pais. Queria ajudar Thomas, conversar e talvez superarmos juntos esse final de semana, mas não posso mencionar nada sobre Hailee. A forma como ele é ligado à irmã me deixa sem escolha senão guardar esse segredo para sempre.
Não quero mais me envolver na vida de Hailee, acabou de vez, e preciso seguir minha vida sem pensar que esse amor ainda existe. Não existe mais... Certo?! Maldita dúvida, malditos sentimentos que nunca desaparecem. Parece que vou surtar a qualquer momento, inclusive agora, dentro do táxi.
As duas doses de vodka não foram suficientes, tive que tomar um remédio para dormir durante o voo, pois estava inquieta. Precisava beber qualquer coisa, e a única bebida alcoólica que carregava era meu perfume. Eu não faria isso. Beber meu próprio perfume apenas para saciar minha vontade? Não. Nunca.
— Ei.
Chamei a atenção de Thomas quando paramos em um semáforo.
— Vou ficar por aqui.
Anunciei, pegando minha bolsa.
Eu só preciso de dinheiro, ficar sozinha e um pouco de álcool. Só um pouco para esquecer esse final de semana fodido. Desculpe a palavra, mas sinceramente, palavrões são os únicos que conseguem decifrar minha situação.
— O que? Loira, onde vai?
Meu amigo franziu a testa.
— Só preciso andar um pouco. — dei de ombros. — Pode deixar minhas coisas no meu apartamento?
Perguntei, olhando pela janela conseguia identificar que estávamos no centro de Boston. Só precisava caminhar para achar o lugar que me acolheria.
— Tudo bem, loira.
Deu de ombros.
Amava o quanto Thomas me deixa livre, sem preocupações ou perguntas que todos fazem. Ele simplesmente parece me entender?! É como se soubesse que tudo sempre ficaria bem no final.
— Boa noite.
Desejei, saindo do carro. Uma buzina soou atrás de nós, fazendo-me agir rapidamente, pois o semáforo havia ficado verde. Assim que pisei com segurança na calçada, vasculhei minha bolsa em busca de um cigarro.