VIII

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Pov Castanho.

Eu não estava acreditando no que os meus olhos estavam vendo, era o Nikki e o ÁLVARO. Então ele era o cara misterioso, bem que eu ja tinha visto ele de conversar com ele. Impressionante, o meu grande amigo e o cara que eu tenho richa juntos, daqui a pouco a gente nem vai conseguir se falar pq ele vai ta com essa poc.

Eu não tava pronto para aquilo, quando a musica começou a tocar as mãos de Álvaro estavam no vidro do box e a de Nicholas tava por cima da dele, o Álvaro começou a rebolar nele e aquilo me subiu um ódio. Mas que pouca vergonha era aquela, eles nem tem nada e tão se esfregando daquele jeito. Eu nem espero o que quê q aquilo seja terminar, eu vou para o bar e começo a beber um monte.

[. . .]

Eu já tinha perdido as contas de o quanto eu tinha bebido, a minha cabeça tava rodando e rodando, pq eu tava daquele jeito, pq eu me importava tanto? Tipo, eu não tenho nojo do Nikki, eu so tive um embrulho no estômago de vê ele agarrado com outro cara. Isso me torna homofóbico?

Eu ja estava fora de mim, eu não me aguentava em pé mas eu tentei me levantar e quase cai, mas por sorte alguém me segurou e quando eu fui vê quem era, era ele, Nicholas.

- Castanho o que aconteceu? Pq você ta bebendo tanto assim.

- Ai que saco, eu to so bebendo, não posso?

- Calma cara, você pode beber sim, mas você ja passou dos limites.

- E o que você tem haver com isso?

- Eu sou seu amigo, eu me preocupo com você.

- Você NÃO é o meu amigo, nunca foi.

- Você tá falando isso pq ta bebado.

- Sai daqui, me deixa em paz seu viadinho.

Eu nem sei o que deu em mim naquele momento, mas eu vi os olhos de Nikki encherem de lágrimas e ele me soltando e saindo correndo. Aquilo me quebrou, mas eu nem sabia o que eu tava sentindo direito naquele momento.

Pov Nikki.

Eu não entendia o que estava acontecendo, mais cedo a gente tava tão bem e agora ele me tratou tão mal. Eu fui para o quarto, não queria que ninguém me vesse chorando.

O amor não correspondido já é um grande problema e agora ele me tratar como uma merda me faz sentir uma grande idiota porque ainda o considero um amigo. Eu estava deitado na beliche de baixo abraçado ao travesseiro quando ouvi a porta abrir, eu nem me atrevi a olhar quem era para que não me olhasse chorando.

- Nicholas, eu vi o que aconteceu...

Era Luan, eu fico aliviado, ele era a pessoa que eu mais queria naquele momento. Ele se deitou ao meu lado e me abraçou, ele nem falou mais nada pois sabia que comigo era melhor assim, ele ficou o tempo todo abraçado comigo até a hora que eu finalmente dormi.

[. . .]

Pov castanho.

Ja estava quase acabando a festa, eu ja estava um pouco melhor depois de passar horas vomitando no banheiro, mas eu so pensava no Nicholas e eu não vejo a um bom tempo.

Eu fui ate o Luan mas ele me ignorou e sempre puxava o Caio junto então nunca dava de conversar com ele pra saber, as únicas pessoas que falavam comigo não sabiam dele ou pelo menos diziam que não sabia. Talvez ele esteja no quarto e por um acaso a gente ta no mesmo quarto e eu so penso, será que eu durmo lá ou encontro outro canto pra mim?

Eu sei, eu deveria falar com ele mas eu ainda não tô 100% pra falar com ele e se caso ele quiser me bater, eu vou deixar, eu mereço eu fiz cagada. Eu nunca tinha tratado alguem assim e justo a melhor pessoa que eu conheço eu faço isso. Quê saber, eu vou no quarto, ele com certeza ta la.

Eu fui para o andar de cima e fiquei alguns minutos parado na porta do quarto criando coragem pra entrar, quando eu finalmente tive coragem e abri a porta. Ele tava deitado na cama e tinha pegado no sono, eu me sentei no chão em frente a sua beliche e mexi em seu cabelo e por mais que me toque fosse sutil, pelo menos eu acho que foi, ele acordou.

- O que você ta fazendo aqui Castanho?

Ele virou para o outro lado e eu tenho certeza que era para não olhar na minha cara.

- Eu vim te pedir desculpas, eu te tratei muito mal e você não merecia que eu descontasse minhas frustrações em você.

- Castanho, entendo que você deve ta passando por algo ruim e não precisa me contar nada, como você me disse, q gente não é amigos.

- Eu falei aquilo pq estava bebado, quê dizer, eu ainda tô um pouco mas eu tô melhor e eu juro, você é sim meu amigo e você é a melhor pessoa que eu ja conheci, a mais gentil e com um coração muito bom.

- Jonathan, para! Eu não quero ouvir suas desculpas agora cara. Eu gosto muito de você, muito mesmo, mas você me tratou como merda quando na verdade eu so tava tentando te ajudar.

Eu nem sabia mais o que fala, eu queria muito abraçar ele e pedir um milhão de desculpas, talvez fosse pq eu não tava bem da cabeça naquele momento, mas eu me deitei do seu lado, o abracei forte e botei meu rosto em sua nuca e comecei a chorar como uma criança.

- O que diabos você tava fazendo cara?

- Me desculpa Nikki, me desculpa mesmo. Eu queria que tudo que fiz a algumas horas atrás não tivesse acontecido mas eu mesmo não tô me entendendo. Eu fiquei com raiva quando te vi com o Álvaro. Eu pensei que ia te perder.

- Eu e o Álvaro somos amigos Jonathan, não rola nada e por que diabos você me perderia?

- Pq eu e ele, a gente tem uma richa e eu pensei que se vocês tivessem um lance, ele faria você ficar contra mim.

- Que loucura é essa Castanho? parece até que tu ficou com ciúmes de mim e do Álvaro.

- Não tava com ciúmes não, eu sou hétero.

- Eu sei que você é hétero, não precisa ficar anunciando isso o tempo inteiro.

Ele se virou pra mim e ficamos nos encarando, a beliche era pequena então a gente tava muito perto um do outro.

- Mas...

- Mas o quê?

- E se eu tivesse com ciúmes?

- Não faria sentido nenhum, a gente é amigos e como você mesmo disse que você é hétero.

Eu não sei nem no que eu tava pensando naquele momento, mas a gente tava tao grudado um no outro que eu aproximei mais o meu rosto do dele, levei minha mão ate o seu rosto de fiz carinho em sua buchecha e quando eu ia me aproximar mais um pouco a porta foi aberta.

- O que caralho você está fazendo aqui?

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