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Quatro semanas depois.
Uma vez uma senhora me viu sentada em um banco de um parque em um dia chuvoso. Me perguntou o que estava acontecendo para eu estar ali e naquele momento. Lhe disse que eram apenas problemas, sem insistir no assunto, a mulher apenas sorriu e me disse:
"A vida é como uma jornada, cheia de caminhos incertos e surpresas, onde cada escolha molda o nosso destino. Saiba escolher bem para que não se arrependa no futuro."
Acho que isso se encaixa perfeitamente para mim e para meus pais. Parada em frente a casa deles eu me encontro. Minhas mãos seguram uma travessa de lasanha de quatro queijos, a favorita da minha mãe.
A área do meu tórax parece querer murchar a qualquer momento de tanto nervosismo. São apenas meus pais, digo a mim mesma. São as pessoas que diminuiram a minha maior conquista, são as pessoas que armaram um casamento para a minha irmã onde isso só dava direito de opinar a ela, Jessie, não eles, eu me digo.
Sem que eu precise subir na varanda para tocar a campainha, papai abre a porta e, com duas sacolas de lixo na mão, sai da casa com um rosto cansado e sem prestar muita atenção.
Acho que ele não me reconhece já que passa direto por mim com uma feição séria. Quando ele joga o lixo na lixeira, seus olhos miram em mim.
— Oi, papai... — Minha voz sai baixa e retraída. Por que eu falei assim? É quase como se eu fosse cumprimentar um estranho.
— Oh, Roselyn! — Vem até mim com sua boca levantada em um sorriso. Sua pele já idosa deixa em evidência as suas ruguinhas quando ele sorri. Este pequeno ato me faz sorrir e sentir que, talvez, ele não esteja mais tão estressado com a minha saída de casa.
— Oi, papai. — Consigo falar com clareza.
— Que visita boa, meu amor. — Se aproxima beijando minha bochecha. — Só não posso te abraçar porque a minha mão está suja. — Indica as mãos. — Vamos entre 'pra eu tomar um banho e te abraçar bem forte. — Anda na minha frente guiando o caminho. Talvez nem tudo tenha mudado em tão pouco tempo. Papai continua com o mesmo jeito carinhoso de sempre. Isso me alivia.
Entro em casa e olho logo para o sofá, local onde mamãe mais fica.
— Ela ainda não chegou. — Tira os sapatos e eu vou até a cozinha colocando a lasanha no forno desligado.
— Ela foi para onde?
— Ela faz aulas de Yoga agora. — Concordo com uma expressão surpresa. Minha mãe nunca gostou de yoga. — Pois é, ela disse que a idade está chegando e não vai virar uma velha toda travada. Ontem ela foi dormir na casa da Shelly. Disseram que queriam relembrar os velhos tempos de adolescentes.
— Shelly? — Tento me lembrar. — A loira?
— Essa mesmo. — Sorri apertando as mãos.
— O senhor ficou sozinho?
— Fiquei, mas não tem problema, ontem eu fiquei tentando fazer comidas para passar o tempo. — Aponta para a geladeira. — Papai fez os seus cookies. — Sorrio sentindo um calor bom no peito. Me aproximo e beijo suas bochechas grandes.
— Obrigada, papai. — Abro a geladeira e pego dois cookies.
— Querida, vou tomar um banho e já venho, okay? — Faço sinal positivo com as mãos pois estou com a boca cheia.a Com uma risada de lado ele some pelas escadas acima.
Me levo até o sofá e sento nele ligando a televisão.
"Não me importo com o que pensem... Tudo o que faço é por você... Haley... Eu te-"
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𝐁𝐞𝐚𝐮𝐭𝐲 𝐢𝐧 𝐝𝐞𝐚𝐭𝐡 - 𝐑𝐢𝐜𝐤 𝐠𝐫𝐢𝐦𝐞𝐬 (1)
Teen Fiction𝙍𝙤𝙨𝙚𝙡𝙮𝙣 𝘿𝙤𝙫𝙚. A jovem que foi criada em uma família tradicional sempre sonhou em se casar e ter uma família grande e feliz com seu amado. Após perceber que sua família não era exatamente o sinônimo de perfeição, a garota se vê perdida. S...