•.🝮𝐂𝐀𝐏𝐈𝐓𝐔𝐋𝐎 𝟏𝟎...𝑬𝒔𝒕𝒖𝒑𝒊𝒅𝒆𝒛 𝒎𝒐𝒓𝒕𝒂𝒍

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𝐁𝐄𝐋𝐋𝐀𝐃𝐎𝐍𝐀.𝘃𝗶𝘀𝗶𝗼𝗻



Eu realmente não esperava aquela reconciliação com Clarisse, principalmente que ela daria o primeiro passo. Mas não podia negar que fiquei feliz com aquilo. Quem sabe, agora eu não teria uma chance?

Balancei a cabeça, saindo daquele pensamento. Não era hora para aquilo. Adentramos o monumento, após longos segundos o encarando. Era escuro, apenas algumas frestas proporcionavam pequenas luzes para não deixar o ambiente em completo breu. Meu coração galopava em meu peito, o nervosismo impregnado em mim, o lugar era sinistro, fazendo-me arrepiar.

Nos deparamos com uma porta de grade ferro antiga, bloqueando o resto da passagem. Clarisse tentou abri-la, mas o ferro se esquentou, queimando levemente suas mãos.
- E agora? O que fazemos?
Questiono. Annie analisou a porta, franzindo o rosto ao se concentrar.
Annie olhou atentamente para o local, parando em um canto específico do chão. Ela caminhou até lá e pisou sobre um quadrado de pedra, fazendo a porta se abrir. Ela olhou para nós, o rosto se iluminando. Eu e Clarisse passamos, parando para esperar nossa amiga.
Porém, quando ela foi passar, a grade se fechou, fazendo-a se jogar para fora, porém não antes da grade se fechar em seu tornozelo direito. O grito que saiu da mesma foi agonizante. Corremos até a mesma, lhe ando suporte. Enquanto eu tentava acalcar Annie, Clarisse conseguiu fazer com que sua lança apertasse o tal botão escondido, fazendo a grade se levantar o suficiente para que eu puxasse Annabeth para que saísse do local da grade.
Apoio ela na parede, Clarisse recolhendo sua lança novamente e vindo até nós.
- Vai ficar tudo bem Annie. - Eu a tranquilizo, enquanto Clarisse movia seu per delicadamente.
Annabeth recuava levemente, seu rosto franzido e olhos marejando.
- Está quebrado. - Clarisse diz por fim.
Suspirei pesado. Era só o que me faltava!
- Vão vocês, vou ficar bem!
Olho para a garota incrédula.
- Ficou louca!? Claro que não!
- Bella, não temos muito tempo! Sabe lá deuses o que Afrodite fará conosco caso nós não consigamos devolver seu cinturão!
- Foda-se Afrodite! Não vou te deixar aqui! - Exclamei irritada, fazendo a filha de Atena fechar os olhos e suspirar.
Clarisse tocou meu ombro, me olhando hesitante.
- Bella, ela está certa. Temos que ir.
Ri desacreditada, balançando a cabeça freneticamente.
- Vocês só podem estar loucas!
- Belladona, por favor me escuta! - Annie pediu, me fazendo a olhar. Apesar de tudo, ela tinha um olhar calmo e um sorriso gentil. - Eu vou ficar bem, eu juro! Mas vocês precisam ir!
Hesitei, à encarando. Por fim, a abracei fortemente, o que foi retribuído pela mesma.
Depois de alguns minutos, nos afastamos, sorrindo minimamente.
- Se cuidem. - Ela sussurou.
Limpei a lágrima solitária que rolou por minha bochecha, assentindo levemente.
Clarisse já estava de pé, nos encarando serenamente. Respirei fundo, buscando me acalmar e levantei, continuando o caminho.

Conforme andávamos, algumas tochas se ascendiam magicamente. Andamos por tanto tempo que eu suspeitei se ainda estávamos no monumento Soldiers e Sailors.
Até que chegamos a uma câmara enorme, com diversas tochas pelo local para ilumina-lo. Bem no centro, havia uma pequena ilha, que no topo tinha um pedestal de mármore, e lá estava ele. O cinturão de Afrodite. Por um momento, apenas o encarei, encantada com tomando poder e perfeição do objeto. Até que a guerreira ao meu lado balançou meus ombros, fazendo-me olhá-la.
- Foco! Não deixei o poder do cinturão tomar conta de você!
Assenti levemente, lembrando-me do que fui fazer. Porém, não pude deixar de sentir um aperto ruim no peito. Estava tudo tão fácil...
Nos aproximamos cada vez mais da ilha. Porém, quando estávamos prestes a escalar a mesma, um rosnado foi ouvido atrás de nós, da passagem de onde tínhamos vindo.

Nos viramos naquela direção, e então paralisei com o terror em minhas veias.
Seja qual fosse aquele monstro, era enorme. Tinha o corpo de um leão gigante, porém tinha cifres de bode, é uma cobra sigilava no lugar de sua cauda. Tentava puxar na memória todas as cartas de mitomagia que monstro era aquele, mas Clarisse foi mais rápida.
- A Quimera. - Ela murmurou com a voz apertada, pondo sua mochila no chão lentamente e acionando sua lança novamente.
Fiz o mesmo, pegando lentamente o livro de feitiços, sem tirar a atenção da Quimera e lançando uma magia de proteção sobre ele, deixando o resto da minha mochila de lado.
O monstro deu um passo, mostrando os dentes ao rosnar. Um rosnado tão profundo e antigo que eu jurei que pude sentir o lugar tremer.
Suspirei tremulante, lançando um último olhar para Clarisse. Não havia medo nenhum em seus olhos, apenas um pequeno nervosismo e nada mais. A morena me olhou, assentindo levemente, me encorajando.

𝐅𝐈𝐋𝐋 𝐓𝐇𝐄 𝐕𝐎𝐈𝐃Onde histórias criam vida. Descubra agora