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"Lembro da primeira carta que fiz para você. Na verdade foi apenas um bilhetinho feito em um post it, mas gosto de considerar que foi minha primeira carta, até porque foi daí que tudo começou.

"Me encontre no parque do centro às 18:00. Aceito treinar com você."

Você tinha me pedido para treinar um pouco mais, lembro do que me disse até hoje:

"—Ei, novato! Eu gostei de você, quer treinar depois daqui?"

Era meu primeiro dia no clube de vôlei e o dia que te conheci. Quando levantei para você pela primeira vez o sol apareceu diante dos meus olhos através do seu sorriso. De repente brilhinhos te rondaram e sua voz ecoou pela quadra inteira em um grito tão potente, tão surpreso, tão alegre.

"—EI, novato! Levanta para mim de novo."

Você continuou pedindo e pedindo até ser repreendido pelos mais velhos, mas mesmo assim não parou.

Depois desse dia você passou a se comunicar comigo através de bilhetinhos porque de tanto pedir pelos meus levantamentos, os veteranos ameaçaram deixá-lo de fora das atividades do clube durante 2 semanas.

"Kashi. Podemos treinar hoje no parque de novo?"

Seu primeiro modo emo que presenciei foi por causa desse bilhete. Eu não pude ir. E de repente você teve uma mudança drástica de humor, saindo da pessoa mais feliz e contente e virando um bebê birrento.

Levei dias para descobrir que o motivo da tristeza repentina era por causa da minha resposta negativa. Então para compensar eu te escrevi outro bilhete:

"Me perdoe, Bokuto-san. Podemos treinar hoje com direito a sorvete depois, o que acha?

E a escrita correta do meu nome é: Akaashi."

Nunca vou me esquecer do quão feliz você pareceu lendo esse bilhete.

𝕮𝖆𝖗𝖙𝖆𝖘 - BokuakaOnde histórias criam vida. Descubra agora