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A primeira carta que escrevi para você foi minha declaração de amor. Depois de semanas sem especificar nossa relação, eu finalmente tive coragem para dar um passo.

Era um dia qualquer, daqueles bem normais. Mas para mim, era um dia especial. Eu criei a carta no horário de aula e te entreguei apenas no intervalo. Você ficou confuso com o envelope todo decorado e bem feito já que nossos bilhetes eram feitos em papéis amassados e post its. Eu deixei bem claro que era para abrir apenas quando estivesse em casa, só que é de Bokuto Koutarou que estamos falando, então você abriu bem antes de chegar em casa.

"Para meu amor, Bokuto Koutarou.

Sei que é repentino. E talvez meio bobo mas... eu senti que precisava fazer está carta. É que, talvez eu não seja tão bom em expressar sentimentos, então queria que ficasse claro como me sinto em relação a você.

Bokuto-san, eu te amo!

E por mais que não sejamos nada eu preciso deixar isso claro. Pode ignorar se quiser, só não rasgue!

Eu amo seu sorriso, amo seu jeito, amo seu senso de humor, amo como você não esconde sua paixão pelo vôlei, amo como você parece a pessoa mais feliz do mundo quando levanto para você.

Então eu queria saber, Bokuto Koutarou, você aceita namorar comigo?

De seu levantador favorito, Akaashi Keiji."

Eu soube que você leu a carta porque chegou na quadra de treinamento ofegante e com lágrimas escorrendo pelo rosto gritando tão alto um:

"—SIM! Agaashe, sim. Eu aceito ser sua donzela!"

O restante do time não entendeu, mas eu não estava nem aí porque naquele momento eu fui a pessoa mais feliz do mundo. Você correu até meus braços chorando e repetindo sem parar: Sim. Sim. Sim. Sim. Sim.

Era bobo, mas éramos adolescentes. Era idiota, mas estávamos ocupados demais nos amando para preocuparmos com isso. Era tosco, mas naquele momento nós éramos as pessoas mais felizes do mundo.

E seguimos felizes.

Mesmo depois de tudo, eu sigo feliz.

𝕮𝖆𝖗𝖙𝖆𝖘 - BokuakaOnde histórias criam vida. Descubra agora