Big Jet Plane •Imagine Draco Malfoy•

Capítulo 9

Eu acordei com um vazio estranho do meu lado.

Abri os olhos lentamente e senti meu coração parar por um segundo ao perceber que Draco não estava mais nos meus braços.

Me levantei rapidamente e procurei por algum sinal dele no quarto, encontrando apenas um bilhete ao lado da minha cama.

"Não pense que fugi, princesa. Apenas fui resolver alguns pequenos detalhes na Sonserina... não vai se livrar tão facilmente assim de mim.
Seu, Draco."

Sorri com a letra delicada e o cheiro que o papel impregnava, cheiro dele.

Ele escreveu "seu".

Senti meu coração derreter, encarando a pequena palavra com um sorriso no rosto.

Guardei o pedaço de pergaminho em uma gaveta e fui em direção ao banheiro, ligando o chuveiro para o banho.

Depois de fazer toda minha higiene pessoal e me arrumar, desci as escadas para a comunal, me deparando com minha amiga já pronta e me esperando para o café da manhã.

-Bom dia, s/n. Eu já estava começando a me perguntar se eu deveria ir acorda-la. -Luna sorriu pequeno para mim e se levantou, pegando no meu braço.

-Bom dia, Luna. -sorri de volta e fomos até o salão principal, onde a comida nos aguardava.

Se longe, pude ver o trio de ouro acenando para a gente, desejando bom dia. Acenamos de volta e logo nos sentamos na nossa mesa, para nos servir.

Enquanto comia, meus não pude evitar pensar em Draco Malfoy e sua voz fraca e indefesa me pedindo para dormir comigo.

Um aperto tomou meu coração ao lembrar da tristeza do garoto.

Como se soubesse exatamente que dominava meus pensamentos, senti sua mão em meu ombro.

-Bom dia, s/n.

Silêncio.

Todos pararam para observar Draco Malfoy conversando com a garota da profecia na mesa da Corvinal.

-Bom dia, Draco. -me levantei e aceitei o braço estendido.

Ele me guiava para fora do salão enquanto todos nos olhavam e cochichavam sobre os rumores de namoro que estavam se espalhando pela escola, enquanto fingíamos não perceber.

-Obrigado... por ontem.

O encarei e percebi sua feição quase ir de indiferente para algo a mais... vergonha?

-Não há de que, Draco. Sempre que precisar, lembra?

Ele sorriu fraco em minha direção e de repente abaixou o olhar para meu pescoço.

-Fico feliz que você o usa... -tocou os dedos gelados levemente em minha pele, ao segurar o anel pendurado em meu pescoço. -Eu gosto que saibam que é minha.

O encarei nos olhos, vendo o cinza profundo levemente esverdeado e escuro.

-Eu gosto de usa-lo. -dei de ombros. -Gosto de você.

O garoto loiro pareceu travar por um instante antes de abrir um sorriso iluminado, exibindo seus dentes perfeitos.

-Gosto de você. -ele repetiu, com um beijo em minha bochecha. -Eu quero te ver mais tarde, podemos nos encontrar?

-Claro. -ajeitei a mecha de cabelo que caia em meu rosto. -Biblioteca?

-Estarei lá. -disse prontamente.

Os alunos de Hogwarts começaram a preencher os corredores, indicando o começo das aulas.

-Até, princesa.

Draco deixou um beijo na minha mão e sumiu na multidão antes que eu tivesse a chance de dizer qualquer coisa.

Me peguei sorrindo como boba no caminho da aula de transfiguração com a Grifinória, quando de repente senti alguém se entrelaçar em meu braço.

-Você tem que me contar sobre isso, s/n. -Hermione disse séria, nos guiando para uma das mesas se sentando ao meu lado. -Eu tentei despistar os meninos mas com certeza tem alguma coisa acontecendo!

Eu ri sem graça, colocando meu material em cima da mesa virando meu corpo para a garota, que esperava por uma resposta.

-Bom...

-Bom dia, alunos. -fui interrompida pela professora Minerva, que apareceu na sala, entrando e acabando com o murmurinhos de conversa. -Hoje aprenderemos sobre...

Me desliguei completamente do que ela estava falando e comecei a pensar sobre meus amigos.

Era justo que eles soubessem, não?

Quer dizer, não é como se Draco fosse ficar chateado, de qualquer maneira. Ele está sempre falando sobre como quer que todos saibam que eu sou sua e bla bla bla...

Eu só não sei como meus amigos iriam aceitar isso... quer dizer, eles odeiam o garoto e nem posso tirar a razão deles, Draco passou grande parte de seus anos na escola atormentando suas vidas.

Mas ele estava melhorando, não é?

Quando menos percebi, a aula terminou, como seu tivesse passado em um piscar de olhos.

Aproveitei o fato de Hermione estar na mesa d professora tirando dúvidas para sair sorrateiramente da sala, indo para a próxima aula torcendo para que Hermione não percebesse e me alcançasse.

Entrei rapidamente na estufa para a aula de Herbologia com a Lufa-Lufa, suspirando aliviada por não ter sido pega pelas perguntas da minha amiga.

Eu não iria me esconder para sempre, eu só... não contaria agora. Que mal isso faz?

Vou esperar o momento certo para contar a todos eles e vai ficar tudo bem, simples assim.

Depois de muita sujeira e quase feridas por estas distraída, a aula finalmente acabou e fomos liberados.

Corri para minha comunal aproveitar o tempo curto livre que tinha com medo de ser avistada por algum de nossos amigos.

-Uma hora você terá que contar, s/n. -Luna disse, surgindo atrás de mim como se fosse um fantasma, me fazendo pular em um susto.

-Por Merlin! -coloquei a mão no peito, sentindo meu coração bater mais forte.

Luna soltou uma risadinha e voltou sua atenção para o livro que estava lendo, me deixando com meus pensamentos.

Ela está certa, eu tenho que contar para eles, não posso só fugir.

Suspirei fundo e desabei em uma das poltronas na sala.

Eu estava definitivamente decidida, eu vou contar. Chega de me esconder pelos corredores, quando mais cedo eu falar, mais fácil vai ser. Será como puxar um band-aid.

Só espero que eles não fiquei tão chocados como eu imagino, até porque eles já sabem por cima, não é?

Eles sabem que falo com Draco... eles até brincam que namoramos! Não tem como se surpreenderem tanto.

Tentei me consolar inutilmente enquanto subia para meu quarto e me jogava em minha cama, fechando os olhos em exaustão.

Que se dane, vou admitir tudo logo.

Vou admitir que estou perdidamente apaixonada por Draco Malfoy e não tem jeito, por mais eu eu tente, meu coração explode de alegria quando o garoto fala que sou sua.

O destino é uma coisa cruel e engraçada, não?