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Lobo

O morro ainda tava em guerra, tinha feridos no hospital tanto bandidos quanto moradores, na tv só passava reportagem da operação, perdemos cinco na porra de troca de tiro e seis por os polícia.

Clima de luto na favela, mãe chorando na televisão porque seu filho morreu, não perdemos as cargas porque fomos mais rápidos e tirarmos da favela antes, os filhos da puta dos alemão vão pagar já dá pra contar a hora da morte deles.

Sair da clínica depois de ter feito um curativo na costela aonde eu tomei uma bala de raspão.

Sai andando pelo corredor travei os passos vendo a irmã da Carol numa maca cheia de corte e roupa rasgada.

Mãe dela tava em cima chorando enquanto médico tentava acalmar, a mãe se afastou ainda chorando pegando o celular talvez pra ligar pra Carol.

Foi até recepção e chamei uma médica que tava com os cabelos todo por alto, ela me olhou e eu apontei pra maca com a irmã da Carol.

-qualquer coisa que aquela menina precise pode botar na minha conta que eu vou pagar- puxei um bolinho de dinheiro que eu tinha no bolso e botei no balcão- isso aí deve ser mais do que suficiente mas se precisar de mais eu venho e pago.

Confirmei tudo certinho com ela, ela me passou algumas informações sobre o paciente mas eu não tava nem aí, ela passou algumas informações para o médico que levou a garota pra um quarto ja que a garota tava no corredor.

Sair da clínica vendo o TH no carro me esperando.

-amor achei que você tinha morrido!- diz fazer drama cercando as lágrimas invisíveis.

-quero muito papo não, pode piar pra boca que eu tenho um bagulho pra fazer lá.-disse entrando no carro cheio de ódio.

-qual foi? -se intrometeu

Uma parte de mim ficou feliz por saber que ela vai voltar mas a outra parte que sabia especificamente o porquê dela vai voltar mas cedo não ficou feliz por isso não.

- depois te conto - digo por fim vendo ele aceita com a cabeça de cara fechada.

Ele e o único que tem minha confiança mas não quero papo agora e TH sabe que e melhor aceitar do que insisti.

Soltamos na boca no caso só eu por que TH ainda com cara de puto acelerou o carro quando eu saí falando que tinha que resolver um probleminha antes.

- a missão não foi cumprida - falo entrando com tudo pela porta da sala vendo meu pai limpado o nariz.

Solto uma risada debochada depois de ver essa cena, meu pai nunca foi de usar drogas pesadas era só maconha e raramente via com lança na mão nos bailes.

E sempre usou isso de exemplo mas agora parece que o exemplo não tá como antigamente.

- o que quer falar com isso Natan? - perguntou, já fechei logo a cara não gosto quando ele fala meu nome dessa forma.

- que a missão que botou na minhas costas e dá um jeito na maconheirazinha que tu come quando tá na brisa não funcionou - o ódio na minha voz só tava crescendo já tava sentindo a minha cabeça latejando não tava 100%, mas não ia me deixar bater por causa disso.- tua marmita foi apanhada e tá toda ferrada lá numa cama de hospital e não foi por minha causa.

- olha o jeito que você fala comigo moleque se não fosse por mim tu não tava nem respirando nesse caralho! - se altera apontando o dedo na minha cara já tava nítido que a droga já tava fazendo efeito.

Meu pai eu não sou mais brigar não desse jeito sempre fomos Unidos mas o nosso jeito bruto de ser nos faz parecer afastado.

-tô falando a verdade porra! logo tu que sempre se botou exemplo para mim, falando para mim não mexer com coisa pesada porque isso ia acaba com a minha vida tá se mergulhando no meio disso? - me alterei também - pó tu me pegou pra criar sabe que sou grato pra caralho por isso mato e morro por ti todo dia e sei que não e nem metade do que um dia tu já fez por mim e também sei que tá falando isso por que tá cheio de droga na mente tu nunca foi de jogar na cara tu e meu pai mais nem por isso vou te deixar me humilhar.

- Natan sai daqui - berrou - tô sem paciência e se me estoura vou acabar contigo, me deixa quieto, depois vou lá no teu barraco pra conversar contigo mas só sai da minha frente agora.

Obedeci saindo dali puto, preferi ficar na minha razão do que criar uma briga muito maior.

Odeio alterações, pois controlar as emoções quando tão gritando é quase impossível.

Meu pai é a única família que restou nesse mundo para mim e eu nem tenho certeza se ele é meu pai de sangue mesmo, não gosto de bater cabeça com ele não, mas ele me ensinou desde pequeno que eu não tinha que baixar minha cabeça para ninguém nem para ele mesmo então não vai ser agora que eu vou fazer isso.

Voltei para minha casa pé mesmo tava precisando pensar, pouco tempo depois eu cheguei da minha casa, tomei um banho gelado, deitei só de cueca e peguei o celular, recebi uma mensagem de um dos meninos lá da barreira.

" Aí patrão tua princesa passou aqui na barreira ⁰¹-³²

Jae valeu aí depois te dou um a mas pra tu ⁰¹-³⁵

Depois de responder virei por lado me estiquei e peguei o controle do ar da cômoda liguei e só capotei.

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Desculpa gente por demorar tanto para postar não tô muito bem ultimamente infelizmente é psicologicamente tô tentando ficar um pouco bem comigo mesma e ainda mais agora que as aulas vão voltar.

Mil perdões vou tentar postar a nova FIC tô trabalhando muito nela no off espero que vocês gostem

𝙉𝙤́𝙨 𝙘𝙤𝙣𝙩𝙧𝙖 𝙩𝙤𝙙𝙤𝙨.Onde histórias criam vida. Descubra agora