Carol
Arrumando minhas malas mesmo sabendo que eu esperei tanto por isso sinto um incômodo no peito.
Mas deve ser só nervosismo.
Afinal de contas a última vez que eu viajei eu tava grávida, a viagem durou dois dias mais foram os melhores dias da minha vida.
Meus amores estavam lá comigo, o meu marido e meu filhote que ainda tava na barriga.
Desviei meu olhar por outro canto do quarto me dando de cara com uma blusa velha preta manchada.
Ela era dele, era do meu garoto, meu marido ou melhor meu falecido marido.
A perda perda dele foi uma das piores coisas que aconteceu na minha vida, fui até o local e agarrei a blusa nos meus braços, há uns anos atrás eu comprava o mesmo perfume que ele usava e espalhava por toda a blusa para poder sentir o cheiro dele na última vez.
Me esforcei muito para deixar pra trás.
Ah Felipe eu sinto tanta falta de você, meu primeiro amor, meu primeiro homem, que mesmo que me apaixone por outro sempre será você o verdadeiro dono do meu coração.
E é por esse motivo que eu também fujo do lobo.
Ele é quase como uma reencarnação do Felipe.
O jeito brincalhão, a cara séria muita das vezes, o jeito de me olhar, o jeito que brinca com o Bernardo, até o jeito que ele me beija.
Ele me lembra o Felipe.
E isso me machuca pois me forcei para poder tapar esse buraco que a perda dele tinha me causado de me aproximar do lobo só faz isso abrir cada vez mais.
Só que como aconteceu com Felipe quando a gente se conheceu tá acontecendo com ele foi amor à primeira vista não tinha conseguido ficar longe um do outro era necessário ter aproximação do outro.
Nossa pele, nossas mentes, era necessitadas uma da outra, nosso corpo implorava um pelo outro, eu amei desde a primeira vez que o vi.
Desde a primeira vez que eu vi o lobo fiquei chocada, ele me deu as mesmas vibrações que eu senti quando tinha 15 anos.
E isso não é bom.
Deixei a blusa na cama e fui correndo abri o portão.
- tá fazendo o que aqui? -digo pra pessoa que estava parada minha frente.
-vir em paz Carolina! Só quero ver meu sobrinho antes de você ir - argumentou a minha irmã.
Desde pequenininha ela tem essa mania de me chamar de Carolina sendo que o meu nome é só Carol.
-Beatriz depois das besteiras que to ouvido sobre você eu não quero você perto do meu filho de jeito- eu ia continuar falando mas escutei um grito da minha mãe lá da cozinha.
-ei se vocês forem se estapear vão lá na rua para gerar entretenimento para o morro aqui dentro Eu não quero confusão! -diz como se fosse a casa dela.
Ela tá me ajudando a fazer almoço antes de eu ir viajar ela mesmo disse que era para todo mundo ficar junto antes do almoço só não sabia que a minha irmã estava no meio desse "junto".

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𝙉𝙤́𝙨 𝙘𝙤𝙣𝙩𝙧𝙖 𝙩𝙤𝙙𝙤𝙨.
Romance["𝙚́ 𝙩𝙪𝙙𝙤 𝙣𝙤𝙨𝙨𝙤 𝙚 𝙣𝙖𝙙𝙖 𝙙𝙚𝙡𝙚𝙨 𝙙𝙚𝙥𝙤𝙞𝙨 𝙙𝙚 𝙣𝙤́𝙨 𝙚́ 𝙣𝙤́𝙨 𝙙𝙚 𝙣𝙤𝙫𝙤"] Não aceito cópias