Capítulo 50

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Degustação - capítulo completo no telegram

Bebo mais uma cerveja sentado do lado da mesa onde minha filha tá cheia de sorrisos pro moleque com o cabelo de cor de ferrugem, e engulo o líquido que normalmente me faria sorrir, mas a sensação ruim que cresce no meu estômago aumenta cada vez qu...

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Bebo mais uma cerveja sentado do lado da mesa onde minha filha tá cheia de sorrisos pro moleque com o cabelo de cor de ferrugem, e engulo o líquido que normalmente me faria sorrir, mas a sensação ruim que cresce no meu estômago aumenta cada vez que meus olhos encontram a cena patética na minha frente.

O pequeno imbecil faz ela rir mais alto, me fazendo prender um rugido no fundo da minha garganta, e revirar os olhos decidindo que chegou a hora pra acabar com todo esse teatro.

Levanto num pulo fazendo minha mulher se assustar do outro lado da sorveteria, e meu filho me encara segurando o riso porque sabe qual é nosso plano.

Mas antes que eu possa começar todo o teatro fingindo um infarto, vejo o Augusto vir andando rápido morro abaixo na nossa direção enquanto bufa bravo pelo caminho.

Meus olhos arregalam quando ele entra na sorveteria com uma cena ainda maior da que eu fiz mais cedo, fazendo com que a minha dona solte um grito silencioso de pânico.

Vejo nosso amigo jogar o pequeno corpo da minha filha no seu ombro, e o grito histérico que sai pela sua boca me faz segurar um riso. Na mesma hora ele fecha o semblante ainda mais, encarando o garotinho que tenta argumentar a favor da minha pretinha.

— Augusto: não vou nem gastar meu tempo com você pulguinha, só cuida do seu nariz, e fica longe da minha criança, entendeu? - sem dar chance do moleque responder ele sai porta fora, e vejo todos meus soldados fazerem o mesmo.

Pego minha mulher no colo que ri desacreditada, já bufando de brava da situação, e meu filho se pendura no meu outro braço, enquanto vamos com pressa atrás do maluco que anda em silêncio até a casa da vitória com minha bonequinha berrando irritada no ombro do padrinho dela.

Pego minha mulher no colo que ri desacreditada, já bufando de brava da situação, e meu filho se pendura no meu outro braço, enquanto vamos com pressa atrás do maluco que anda em silêncio até a casa da vitória com minha bonequinha berrando irritada...

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Desde que eu coloquei meus olhos no pequeno ser humano pela primeira vez, eu senti que deveria defender e proteger ela de qualquer que fosse a coisa que poderia atingi-la de alguma forma.

Foi instantâneo, como se a missão da minha vida toda fosse cuidar e amar aquela pequena criaturinha. Ela veio pra ser minha criaturinha, pra me deixar de cabelo branco, arrancando as unhas de stress.

Mas ela é minha, sempre foi, e não vai ser um pirralho de meia tigela que vai furar a bolha de proteção que eu criei ao redor dela. Já basta a quantidade de homem que entrou na vida dela nesse último ano, e que eu tive que aprender a dividir o posto de tio.

Mas namoro? Ou paquerinhas? Não quero nem ver antes que essa menina complete pelo menos vinte e cinco anos, e consiga discernir se uma pessoa é boa ou ruim por conta própria.

— Ayla; DINDO VOCÊ TÁ ME ESCUTANDO? - pergunta irritada dando tapas no meu abdômen e por um momento admiro seus olhinhos irritados, e a testinha enrugada.

— Augusto: e você tá se escutando Ayla? Você não tem nem dez anos menina, como que quer me matar assim cara - ela suspira formando um biquinho na boca pequena e cruza os bracinhos na altura do peito.

— Augusto: e você tá se escutando Ayla? Você não tem nem dez anos menina, como que quer me matar assim cara - ela suspira formando um biquinho na boca pequena e cruza os bracinhos na altura do peito

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⏰ Última atualização: Jan 30 ⏰

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