feliz desessete anos, Nâna

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AUTORA ⭐️
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Uma curiosidade interessante sobre as tartarugas marinhas é que elas são solitárias. Vivem a maior parte de suas vidas sozinhas e são conhecidas por serem seres bem antissociais.

Elas vivem em solitude. Essa expressão é usada para estado da pessoa que está só, sozinha. Na solitude é possível entrar em contato com nosso mundo interno, colocar os pensamentos em ordem e observar o significado das nossas emoções.

Hannah passou a meia noite olhando as estrelas. Tinha oficialmente dezessete anos.

Horas mais tarde viu o Sol nascer da varanda de seu quarto enquanto pensava sozinha, quando olhou para seu quintal e viu a piscina enorme que era usada poucas vezes decidiu colocar um biquíni e ir até lá.

Hannah se sentia literalmente como uma tartaruga marinha enquanto "deitava" sobre a água em silêncio.

Não sabia quanto tempo exatamente tinha passado boiando na água encarando o céu acima de si, mas estava quente como o Sol do meio dia.

Um outro ponto sobre a solitude é que foi uma expressão muito usada por um pensador que associou o termo à glória e a felicidade de estar sozinho.

Mas Hannah não se sentia gloriosa e muito menos feliz.

Por mais que não tivesse se dado ao trabalho de responder as mensagens e atender às ligações de seus amigos, gostaria que eles estivessem feito questão de estar realmente com ela.

Afinal, quando realmente queriam algo, eles sempre davam um jeito.

Era confuso, tudo o que Hannah sentia era confuso. Ela se sentia uma completa bagunça e não fazia a mínima ideia de por onde começar a arrumar.

O verdadeiro ponto da questão é: solitude ou solidão?

Diferente da solitude, a solidão é uma expressão que significa um sentimento de estar separado dos outros, um sentimento de não totalidade. Quando sentimos a solidão podemos experimentar sentimentos de tristeza, ansiedade e até depressão.

A noite tinha chego junto com muitas estrelas no céu. O dia de Hannah tinha sido resumido em silêncio total na casa e muito barulho em sua mente.

Não parou de pensar por um segundo em seu dia. Apenas ela e seus pensamentos em uma casa grande.

A morena encarou sua fruta preferida no armário, tendo lembranças de oito anos atrás. Quando era rica.

FLASHBACK

— Coloque os morangos, Nâna. — Carminda ordenou a menina de cabelos ondulados.

— Vovó eu adoro morangos, sabia? — a pequena diz colocando os morangos cortados dentro da bacia onde continha a massa do bolo que as duas faziam.

— Sei sim minha flor, por isso essa vai ser a fruta que usaremos no seu bolo. — a senhora de cabelos grisalhos sorriu para a Hannah, passando a mão por seu cabelo.

— Vovó. — chamou a atenção da mulher ao seu lado que a olhou esperando que ela continuasse a falar. — Por que meus pais precisaram viajar bem no dia do meu aniversário? — perguntou cabisbaixa.

Ultraviolence; Cameron Onde histórias criam vida. Descubra agora