verdades afogadas

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Capítulo trinta e dois.

032    VERDADES AFOGADAS

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032    VERDADES AFOGADAS

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                           Donna, esposa de Jack, trazia uma xícara de chocolate quente para Hannah que estava enrolada com uma manta, sentada no sofá da sala pequena porém bem confortável e acolhedora da família.

— Beba 'pra não pegar uma gripe, querida. — entregou a xícara na mão da Roiz.

Quando os mais velhos encontraram a garota no estado em que chegou ficaram preocupados.

Donna sabia quem a menina era, afinal, Jack havia mencionado quem era sua nova ajudante na loja, e também se lembrava muito bem sobre o passado onde ela e seu marido estiveram envolvidos com a família Roiz.

Hannah não era uma menina tola. No momento em que respirou fundo no meio da chuva, tudo que escutara parecia se encaixar.

"Você não tem culpa de ter nascido na família que nasceu, assim como Sarah."

"Ele trabalhava com o meu pai no Druthers...Sempre foi um fofo, mas de repente se demitiu e não deu mais as caras"

— Bem, sinto que devo explicações à você. — Jack sentou na poltrona à frente de Hannah, preparado para começar a contá-la tudo que havia guardado por anos. Afinal, havia prometido que contaria assim que a menina se secasse e se aquecesse.

Donna observava tudo em silêncio há alguns metros de distância dos dois, sem querer atrapalhar o momento.

— Não quero que fique chateada comigo por não ter contado antes, mas eu achei que todos nós estaríamos seguros dessa forma. — o mais velho respirou fundo. — Tudo começou quando eu ainda trabalhava no Druthers para o Ward Cameron...

flashback on

Jackson começou o dia como todos os outros. Às primeiras luzes da manhã, chegando à marina para cuidar do luxuoso barco de Ward Cameron.

Seu trabalho não era apenas uma obrigação, era um ritual. Ele pegava a mangueira e enxaguava todo o convés, removendo as finas camadas de areia e sal que os filhos de Ward, ou até o próprio, haviam deixado no dia anterior.

Depois, com uma escova de cerdas duras, passava meticulosamente por cada canto do convés e das bordas, certificando-se de que não havia uma mancha sequer.

Ao terminar a limpeza externa, ele pegava o produto de polimento e começava a trabalhar nas laterais do barco. Os reflexos da água e do céu azul se destacavam contra o casco agora reluzente.

Ultraviolence; Cameron Onde histórias criam vida. Descubra agora