Ultraviolence; Cameron

marca dez minutos, o John B tá chegando!

HANNAH ROIZ
point of view —

A medida que Rafe subia seus dedos, mais quente a sala de jantar parecia ficar. Como se tivessem ligado o aquecedor em um dia que já era quente por si só.

Eu tentava me inteirar nas conversas mas era simplesmente impossível prestar atenção em qualquer coisa que não fosse os dedos de Rafe Cameron.

Senti dois dos seus dedos passarem suavemente por cima da minha calcinha de renda. Suspirei pesadamente.

Quando sua mão afastou o pano que tapava minha intimidade e deslizou seu dedo pela mesma foi impossível não ter nenhuma reação.

Fechei os olhos fortemente antes de pegar meu copo em cima da mesa e tomar um longo gole de suco.

Senti seu polegar fazer movimentos circulares pela minha intimidade molhada enquanto dois dedos dele forçavam contra a minha entrada.

Quando ele enfiou um dedo eu senti meu corpo inteiro estremecer, mas quando seu outro dedo entrou em mim eu segurei seu pulso fortemente, afim de aliviar a tensão que eu estava sentindo.

Levei meu olhar até o loiro que me encarava tranquilamente, com um sorriso pendurado no canto de seus lábios.

Seus movimentos foram aumentando gradativamente, fazendo minha pernas embaixo da mesa balançarem de cima para baixo em ansiedade.

Rafe Cameron poderia ser tudo de ruim, mas ele com certeza sabia exatamente o que fazer para deixar alguém à beira da loucura.

Seu polegar circulava meu clítoris enquanto seus dois dedos entravam e saiam lentamente.

— Hannah me passa o sal? — Sarah pediu.

Olhei para o sal que se encontrava alguns palmos de distância.

Quando me estiquei para pegar senti Rafe aumentar sua velocidade freneticamente e inesperadamente.

Peguei o saleiro e voltei a minha posição inicial sentindo a velocidade de seus dedos apenas aumentarem.

— Aqui. — ao final da minha frase acabei soltando um som estranho, devido aos movimentos do Cameron.

Foi um dos momentos mais constrangedores que já vivi. Todos da mesa olharam para a minha cara com dúvida.

Exceto por Rafe, que tinha um sorriso divertido estampado na cara.

— O que aconteceu? — Sarah fez a pergunta que provavelmente todos daquela mesa gostariam de fazer.

Senti Rafe afastar sua mão de mim.

— Bati o dedinho na quina da mesa. — respondi rapidamente e em seguida fiz uma cara sofrida, dando corda ao meu teatro.

— Caramba, odeio quando isso acontece. — o loiro ao meu lado respondeu sínico.

O encarei com ódio nos olhos antes de sorrir falsamente em sua direção.

O resto do jantar foi tranquilo, sem dedos ou barulhos esquisitos. Não conversei com mais ninguém além de Sarah, estávamos inertes no nosso próprio mundo.