Confiltos

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POV MARIANA

Cheguei mega cansada em casa, pelo menos as entregas haviam rendido um bom dinheiro pra mim. Regina ja estava em casa junto com minha mãe. Dei um beijinho de longe nas duas e fui tomar banho.

Estava lembrando do acontecimento de hoje e ri. Como isso é possível? De tantas pessoas no mundo, quem me arriou foi ela... literalmente...Eu mesmo toda ferrada ainda fiquei feliz que ela quem tinha sido a culpada. Estou doida pra vê-la amanhã. Saí do banho, jantei, peguei Regi e fomos dormir.

Na manhã seguinte acordei com dezenas de chamadas perdidas do Pablo, estranhei e retornei.

-Alô? Pablo? Aconteceu algo?
        -Oi Mari, é que não poderei ficar com a Regina hoje de noite, vou fazer hora extra no trabalho.
         - Poxa, tudo bem! Achei que você tivesse morrido com esse tanto de chamada perdida.
       - É que você dorme muito né, a pinguinzinha é igual a mãe...
          -Nem vem! Ainda são nove horas!
         -Ainda? - Riu. - Enfim, só isso mesmo que eu queria avisar.
         -Tudo bem, bom trabalho.
         -Obrigado, beijos.

Desliguei o celular e fui pegar Regina, mas notei que ela estava muito quente. Fiquei preocupada e peguei o termômetro pra medir sua temperatura.

-Caramba, filha! 38º graus? Você está com febre, o que será que houve?

Escutei batidas na porta.

-Entra!
         -Oi, filha. Bom dia. Oi amor da vovó! Como está  minha princesa?
            -Com febre.
            -O quê? Como assim?
       -Não sei, mãe. Ficou do nada... vou esperar mais um tempinho, se ela piorar vou levar no hospital.
            -Vou com você. — Minha mãe disparou.
            -Ok.

Passaram umas horas e nada da febre da Regina passar, com isso fomos eu e minha mãe leva-la ao hospital. Ficamos duas horas esperando quando finalmente chegou a vez da Regina.

-o quê ela tem, doutor?
           -Está com uma virose. Muito comum em bebês! Graças que você veio antes do quadro piorar. Vou passar uns remédios e jajá essa princesa fica bem, ok? Não precisa se preocupar.
             -Tudo bem doutor, obrigada.

O médico a examinou direitinho, deu a receita dos remédios e viemos eu e mamãe na farmácia. Olhei no relógio e ja eram 18 horas... não conseguiria ir na igreja. E nem queria, pois o importante é a saúde da minha filha e eu não a troco por nada.

-Medico bonito, né filha? - Como é baranga.- pensei comiga mesma.
           -Meu Deus, hein, Terê! Você não deixa passar nada, mas sim, era um gato.

Ficamos rindo e fofocando enquanto voltávamos pra casa.

POV ANA

O dia de sábado havia passado rápido. Nossa família havia saído pra almoçar, e quando voltamos já fomos nos preparar pro culto.

Estávamos todos no carro quando falei do acidente que houve ontem com Mariana.

-Caramba, mãe! Que doideira.- Ria Rodrigo.
          -Para de rir! Isso podia ter sido sério! - Ceci disparou e Rodrigo revirou os olhos.
      -Mas ela está bem mesmo, né amor? -Juan Carlos perguntou.
             -Sim, graças a Deus.
          -Foi por isso que me pediu o número dela, mãe? - Ceci perguntou curiosa.
          -Sim, pra perguntar como ela estava. —menti. Na verdade nem eu sabia porque pedi o número da Mariana.
         -Pelo menos vamos vê-la hoje na igreja, vou zoar ela sobre isso. - Ceci falou.
      -Não mesmo. Você as vezes acha que tem intimidade de forma muito rápida. Tem que respeitar o espaço dela. - Juan Carlos disparou.
     -Ah, deixa de ser chato, pai. Somos amigas, a gente brinca uma com a outra.
     -É pai, deixa de ser chato. - Rodrigo imitou o jeito de falar de Cecilia e a mesma revirou os olhos.

Maryana - Amor ou pecado? Onde histórias criam vida. Descubra agora