Prólogo

659 50 102
                                    

Gente, essa fic ta vindo de um surto meu, de uma imagem eu vi no Pinterest, misturado com uns papo com meus amigos
Eu ainda to pensando se continuo essa fic, acho que vou sim, faz tempo que não escrevo e estou curiosa pra ver como sou fora da minha zona de conforto
zona de conforto = Bakudeku e nada de gore

---------------------------------------------

"Todos conhecem as lendas, não há uma pessoa sequer que não saiba que existe um demônio na floresta, uma maldição chamada Ryomen Sukuna... um ser tão poderoso que os fracos poderiam morrer, só de sentir sua presença... Desde que ele se chegou à região, a vila do oeste tem piorado, a escassez, fome, criminalidade, tudo. Dizem que a vila entrou em colapso, todos tem medo do tal demônio, mesmo que nunca tenha sido visto."

Eu andava no meio da mata, já completamente perdido, procurando qualquer lugar que pudesse ir... Ainda que fosse dia, a mata era densa, o que deixava escura e de certa forma, macabra. Minha visão, enxergava o suficiente, porém, nada nítido, o que fazia meu coração acelerar de medo, sabia que aquilo que eu estava com medo, não existia, mas estar ali perdido, em uma floresta escura, úmida, a qual em plena luz do sol, não se escutava pássaros, me fez duvida das minhas própria crenças.

Lembro de meu avô chorando, pedindo para eu não ir, falando que o demônio me mataria, eu estava ciente que aquilo não era real, aquelas coisas não existiam... Todas essas lendas com certeza eram criadas pelas vilas nobres, para não nos deixar fugir, já que assim poderíamos continuar trabalhando para eles em troca de "proteção". Isso sempre foi muito óbvio pra mim, afinal, se era um demônio tão poderoso, não poderiam vencê-lo, logo não tem proteção, da mesma forma que ele nunca foi visto e os que foram atrás nunca voltaram... óbvio, eles foram embora da vila, isso não significa que foram mortos.

Eu saí em busca de algo que Junpei me falou antes de ir embora, ele me contava de uma cachoeira que existia no meio da floresta, a Cachoeira Atrihapalyy, só os mais corajosos conseguiram encontrá-la e fazer uma espécie de ritual, onde se deveria subir na pedra mais alta e tomar três conchas da água com as próprias mãos, isso falaria quem são os mais corajosos.

Séculos depois, quando Sukuna "apareceu", o ritual parou de ser feito e a tradição sumiu, eu e Junpei sempre conversamos sobre como era irônico, já que, era a única forma de alguém da vila oeste ser bem aceito nas outras vilas. Alguns meses atrás, quando Junpei completou a maioridade, foi em busca da sua liberdade, mas não voltou... eu tenho certeza que ele estaria me esperando no povoado mais próximo... né?

Enquanto lembrava de tudo e me perguntava, como cheguei até onde estava, acabei afundando meu pé em algo viscoso, ao olhar para ver o que era... era... algo podre... era nojento, um cheiro forte subiu e vi algo se mexendo, sendo provavelmente larvas, que estavam devorando a carne pútrida, se é que aquilo poderia ser sido chamado de carne, visto como estava.

Enquanto observava a carniça sob meus pés, sinto uma presença atrás de mim, algo que definitivamente não era humano, algo que nunca senti, não conseguia nem sequer descrever, muito menos me virar para ver o que era, enfim percebo ele se mover, se abaixando a minha altura, sentindo a respiração na minha nuca e sussurra no meu ouvido

- Nunca vi algo tão... pequeno... como você... - Sinto sua mão em meu ombro e aproxima o rosto, me deixando vê-lo de cantos de olhos e ele rosna - Falei com você, garotinho...

- Senhor... eu... eu... - Acabo me perdendo em minhas palavras, enquanto me vira de frente para ele. Sinto minha respiração pesar, o observando. Ele era grande, muito grande, deveria ter no mínimo dois metros e meio, seu rosto, tinha algo que não sabia identificar que cobria parte dele, além de ter quatro olhos, sendo dois deles, virados na vertical, seu corpo coberto por marcas escuras que formavam círculos estranhos, tinham mais dois braços saindo de suas costelas e parecia ter uma espécie de boca em sua barriga. Vejo ele sorrir e com duas mãos, segurar meu rosto com força.

- Você é corajoso o suficiente para cruzar meu caminho? Ou é apenas tolo? - Ele me olha de cima a baixo - Embora eu acredite já saber a resposta... - Ele provocou

- Eu só quero ver Atrihapalyy... não quis entrar no seu caminho ou algo do tipo... - Ele aperta meu rosto, me olhando pensativo - Prometo não voltar aqui senhor... só quero vê-la uma vez... me falaram que a vista dela, é como ver o paraíso...

- E por um acaso você se acha merecedor desse tal paraíso? - Seus olhos me olharam de cima a baixo com desprezo - Garoto, por que está andando nessas áreas? - Ele se levanta, me puxando junto, suas mão segurando minha cabeça, até ficar na altura dos seus olhos, meu pescoço doía, pela pele e músculos esticados, sentia meu corpo balançar como um boneco de pano - Não ouviu falar que tem um demônio andando por aqui? - Escuto sua risada convencida, me arrepiando inteiro.

Eu sentia medo, não conseguia conter meu choro, na minha cabeça, tudo passava rápido e girando, quando me contavam das lendas, todas as vezes que falei que aquilo era mentira, de meu avô chorando e de Junpei indo embora da vila. Eu percebi que minha vida inteira, eu mentia pra mim mesmo sobre a verdade, todos me avisaram, todos falaram, mas eu não escutei, fui rebelde, achando que queriam me controlar, no final, quem estava a beira da morte, era eu.

- Por favor...

- Você não é de todo ruim, sabia? Eu gostei de você, mesmo que agora esteja tão desprezível, você teve coragem para vir até aqui - Ele me deixa de volta no chão - Siga qualquer luz que ver, vamos ver se você vai me animar de alguma forma, sendo sincero... você me deixou curioso - Ele solta meu rosto e eu começo a correr mata adentro, vejo as luzes que ele mencionou e sigo elas.

Eu não confiava nele, mas teria que ser assim, ele não me salvou, mas não me matou, ou seja, talvez que pudesse sobreviver... talvez eu conseguisse chegar em casa com todas as partes do meu corpo...

Fazia algum tempo que eu estava correndo, seguia todas as luzes que via, tinha certeza ter visto seres que se fossem visto com mais calma, eu poderia talvez nunca mais fechar meus olhos, mas não poderia pensar nisso agora...



só correr...

---------------------------------------------

Eai meu povo lindo? Espero que tenham gostadoooo
Como falei, estou pensando em continuar, mas quero saber o que vocês acham sobreee
(talvez tenham alguns errinhos, porque escrevi essa fic durante a madrugada)

Vou deixar aqui pra vocês, alguns links, pra quem tiver interesse

Meu perfil no spirit (normalmente lá é atualizado primeiro) e instagram pra quem quiser bater um papo:

petra_vicx (em todas as redes sociais)

Me and The DevilOnde histórias criam vida. Descubra agora