Nem todo mal

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Me desculpem pelo amorrrrr


Eu tive um bloqueio criativo desgraçado esses últimos meses (ainda estou saindo dele kkkkk) e quando comecei a melhorar, voltou as aulas da facul kkkkkkkkk

To voltando aos pouquinhos com a história inclusive, gostaria muito de saber tanto o que vocês estão achando, como também para onde você acham que a fic está caminhando


NÃO FOI REVISADO!!! EU ESCREVO TUDO ERRADO!!!

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Durante os dias seguintes, minha rotina consistia em explorar a floresta, conhecendo todas as plantas e animais que existiam, obviamente isso seria o trabalho de uma vida e provavelmente não iria viver para descobrir cada mínimo detalhe. Mas me dedicava para sempre aprender e aproveitar o tempo ao máximo.

Minha relação com Sukuna melhorou, pelo menos um pouco, agora conversava abertamente e com facilidade, mesmo que fosse extremamente unilateral, já que Sukuna ficava em silêncio e quando falava algo, era sempre relacionado a mim. Seus olhos pareciam me engolir completamente, devorando cada mínima parte da minha alma, como se quisesse decorar cada detalhe meu.

- Bom dia - pronunciei, chegando até a árvore grande que nas entrelinhas combinei com Sukuna, por ser um local fácil para decorar o caminho. O rei estava sentado com as pernas e braços cruzados, com os olhos fechados, o que conclui que ele poderia estar dormindo, infelizmente não contive o sorriso, achando fofa a respiração pesada e como a expressão era muito mais sutil.

Em silêncio, me sentei ao seu lado, fechando os olhos, apoiando no corpo maior para descansar, sentindo como sua pele sempre estava muito quente. Meu corpo se sentia cansado esses dias, desde que assumi a responsabilidade pela casa. Meu irmão começou a voltar a caminhar, mesmo com dificuldade, o que já aliviou o peso em casa, já que agora ele poderia ajudar nas tarefas de casa.

Sukuna aparentemente gostava de me mostrar todas as plantas e poderiam me ajudar, eram os únicos momentos que ele parecia realmente falar comigo, como se só estivesse esperando alguém para ele falar abertamente sobre seus conhecimentos. Me lembrava eu mesmo mais novo, quando mostrava meus desenhos para meus irmãos e meu avô, falando "Olha o desenho que eu fiz!".

Quando estava quase dormindo, sinto o outro se mexer, me fazendo abrir os olhos, não conseguindo evitar o bico por ter sido interrompido.

- Quando você chegou? - Ele me ajeitou de volta no seu ombro, vendo que eu estava quase dormindo. Sua pele quente e fazia esquecer que existiam cobertores.

- Não faz muito tempo, você estava dormindo e eu não quis te acordar, só isso.

- Obrigado - Continuei aconchegado nele, quando percebi uma criaturinha branca a alguns metros de nós.

- Um coelho! - Sorri animado, me afastando rapidamente de Sukuna, nem parecendo que estava praticamente dormindo, para ir calmamente até o animal - Oi amiguinho, vem aqui, vem - Balancei o braço fraco para chamar ele. O bichinho felpudo me olhou um pouco e depois foi embora pro meio da floresta, saindo do meu campo de visão. Voltei engatinhando até onde Sukuna estava, meio decepcionado que o coelho fugiu.

- Não fique triste, olhe pelo lado bom, se fosse eu me aproximando, ele teria fugido bem antes - Não me contive de rir dele.

- Adoro coelhos, por isso fiquei triste, mas acho que devo concordar com você - Voltei a ficar do lado do rei, ele me observava em silêncio como sempre.

- Acho esses animais irritantes, não servem para nada - Seu tom seco e ríspido mostrava claramente sua personalidade.

- O que você tanto faz aqui quando eu não estou? - Voltei a deitar sobre ele.

- Muitas coisas, imagine o que um rei faz, é isso.

- Você rouba do povo pra dar pro ricos? - Ele riu sem fazer praticamente nenhum som.

- Os humanos continuam tão estranhos?

- Você sempre fala dos humanos como se tivesse tido contato a muito tempo...

- É porque eu tive... - Ele respondeu em um tom desconfortável. Fiquei em silêncio, observando ele pelo canto dos olhos, na esperança que ele quisesse falar um pouco mais - Mas você perguntou o que eu faço né? - Seus olhos dançaram por um momento, procurando o assunto - Normalmente resolvo conflitos dentro da floresta, seja de maldições com outras maldições ou maldições que querem sair daqui.

- Porque vocês não podem sair?

- Tá bem curioso né? Pegou um pouquinho de intimidade e já acha que pode sair perguntando o que quiser pra mim - Ele abriu o sorriso convencido falando, parecendo querer arrumar sua postura.

- Não é verdade, se quisesse fazer perguntas pessoais, eu iria perguntar o que quis dizer com "já tive contato com humanos" - Silêncio... Seu sorriso fechou e ele se levantou, me fazendo cair, por ainda estar apoiado nele.

- Vai vir comigo ou não? Afinal, como acabei de falar, tenho responsabilidades - Sua caminhada começou, me deixando pra trás.

Essa tarde foi diferente das outras, o cotidiano era sempre: Eu fazendo o que queria, normalmente pesquisando ou apenas relaxando, e Sukuna me acompanhava. Mas dessa vez, eu segui ele, ver como ele interagia com as criaturas e problemas que tinha que resolver.

- Majestade! - Uma criatura baixa e esguia se curvou para Sukuna e depois vidrou seus olhos em mim. Meu corpo paralisou e meu coração acelerou, não sabendo o que fazer.

- Tire seus olhos imundos do garoto, se não irei arrancá-los da forma mais dolorosa possível - Seu tom entediado mostrou como ele não queria estar naquela situação - Você me chamou, o que está acontecendo?

- Claro, claro, majestade, por aqui - Ele esfregando as mãos deu um passo pro lado pra entrarmos no local, que ainda não tinha identificado, parecendo uma espécie de caverna. Quando passei por ele, a criatura me cheirou, querendo me tocar, mas Sukuna me puxou para perto dele.

- Fique perto de mim, não esqueça que só porque ainda não te pedi uma gota de sangue, não quer dizer que as maldições não estão te vendo como uma refeição - Ele me puxou para ficar embaixo dos seus braços enquanto seguia o caminho.

O local era úmido e tinha pouca iluminação, repleto de diversas maldições, algumas prestavam atenção no rei, outras prestavam atenção em mim, claramente querendo se aproximar, mas ao verem que Sukuna me abraçava, se afastaram. A frente, duas maldições discutiam, Sukuna foi em frente, me deixando um pouco pra trás.

- Meu rei, finalmente apareceu... o senhor anda muito ocupado, né? - Ele olhou para mim, desviando o olhar de Sukuna.

- O senhor acha que vai substituir alguém desse jeito? Esse garoto não vai ser a próxima Uraume e- - Sukuna bateu no seu rosto com força, me fazendo pular no susto.

- Cale a boca seu insolente, não fale o que não sabe - A voz dele ficou mais alta do que o normal e parecia mal autoritária.

Depois desse incidente, tudo pareceu se acalmar para resolver a situação de uma forma mais "pacífica" - no final todos só estavam com medo de Sukuna se irritar novamente - enquanto novas perguntas se formavam na minha cabeça.

Quem era Uraume? O que ele quis dizer com "substituir"? Por que o Sukuna ficou tão bravo ao mencionar essa pessoa? Quando ele falava desse último contato com humanos dele, era ela?

O que aconteceu?...

Me and The DevilOnde histórias criam vida. Descubra agora