Poderia se tornar rotina?

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Oi meu povinho, tudo bem? Espero que sim.

Gostaria de avisar vocês que os capítulos até o momento (11/05/24) foram revisados e tivemos algumas mudanças, principalmente no capítulo 4. Convido todos a derem uma olhadinha e acharem as diferenças.

Boa leitura a todos!

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Aquela noite, meus olhos não conseguiram fechar, só de lembrar de tudo que aconteceu, foi a primeira vez que vi uma maldição, pelo pelos uma que não tinha forma humana... Sukuna estava falando sério quando falou que ele seria o mais agradável aos olhos humanos. Será que eu passaria a ver esses seres diariamente indo na floresta?

Ao pensar nisso, senti meu estômago revirar. E se aquele tipo de situação acontecesse novamente, o que eu faria? Eu avancei dessa vez pois era meu irmão, mas eu faria a mesma coisa se fosse com outra pessoa? Sukuna iria me ajudar?

"Paft!!!"

Me assusto com o barulho de louça quebrando e desço correndo.

- O que está acontecendo??? - Vejo Choso na frente da pia, tentando se abaixar para recolher o copo. Sua perna estava completamente imobilizada, além de que estava extremamente fraco pela quantidade de sangue que perdeu.

- Eu queria tomar água. - Ele falava baixo, não olhava nos meus olhos de jeito algum, eu acabava também desviando o olhar, Nós sabíamos que quando fossemos conversar, íamos precisar falar do que aconteceu, algo que claramente nenhum de nós dois estava pronto para falar.

- Eu faço pra você, pode voltar pro seu quarto...

Limpo toda a bagunça e levo um copo, junto de uma jarra pra ele. Desde de que ele acordou, nós estamos mais estranhos do que nunca, eu não sabia se ele sequer conseguia falar. Quando fechei minha porta, escutei meu irmão chorando no quarto, isso me deixou de peito apertado. Não tive coragem de ir acolher ele, eu iria desabar também, caso fosse.

Quando o sol nasceu, eu deixei um bilhete que iria sair para procurar emprego, o Choso eu sabia que não conseguiria enganar, mas o vovô talvez. Correndo no meio da floresta, eu sentia o vento, deixando minhas bochechas geladas. Sabia que encontraria Sukuna quando sentisse o cheiro forte de morte, que sempre acompanha se não ele, as maldições.

- Olha que bom, não precisei ameaçar você dessa vez para vir? - Vi ele sentado no chão, sorrindo para mim, mas não parecia ser um sorriso maldoso como normalmente, parecia um sorriso genuíno, como se tivesse ficado aliviado. Pela primeira vez, eu não senti medo ou que estivesse em risco, eu me senti... leve? Me lembrei da promessa dele que iria me proteger, lembrei de quando ele me protegeu e salvou meu irmão.

- Falei que ia vir... e você prometeu que vai cuidar do meu irmão e avô, não é? - Desviava, olhando para o nada, não queria correr o risco de ficar corado na presença dele.

- Isso mesmo, mas fico decepcionado em saber que se eu não colocar sua família no meio, você não vem me ver. - Senti verdade nas suas palavras, mas ele ainda sorria forçado. Quando me aproximei, vi seus olhos curiosos, virei rapidamente meu rosto, sabia que estava vermelho. Mas como não ficar? Os olhos dele pareciam de um gatinho pedindo carinho, faltava ronronar.

- Podemos ir a Atrihapalyy? Eu gostei muito de ficar lá... Tirando que lá posso beber água. - Sukuna dobrou a perna, deixando a mesma na altura do queixo.

- Claro que podemos - Ele apoiou o queixo na mão, com seus olhos vermelhos me observando. Lá estava seu sorriso de volta, ele parecia feliz, suas pupilas estavam dilatadas, talvez fosse pelo escuro do lugar... Caminhamos em silêncio, não era desconfortável ficar na presença dele, pelo menos, não mais. Era como se a situação do dia anterior tivesse mudado meu olhar sobre ele - Como seu irmão está?

Me and The DevilOnde histórias criam vida. Descubra agora