14. favorite murder

207 20 17
                                    


   Três longos dias se passaram até que Lily e Sirius conseguissem rastrear onde Peter estava e finalmente encontrá-lo em um lugar não tão longe. Todos ansiavam por aquele momento, tanto que passaram esses três dias planejando o que iriam fazer para que Pettigrew sofresse até que desse o seu último suspiro. Com a ajuda de Regulus e James, Remus conseguiu pensar no assassinato perfeito.

Quando chegou a semana que colocariam o plano em ação, Sirius e Regulus foram atrás de Peter, o capturando enquanto ele se escondia em uma casa velha no fundo de um bar que só servia cerveja e nada mais. Os irmãos Black o pegaram depois de muito bater e o levaram para o único lugar onde tinham pessoas tão perigosas quanto eles. Foi assim que acabaram na entrada do circo de algumas noites atrás.

── Como vocês tem coragem de voltar aqui e ainda me pedirem pra matar uma pessoa dentro do meu circo? ── um dos apresentadores do lugar perguntou. Ele era forte, tinha um braço fechado de tatuagens e um piercing no lábio inferior.

── Vocês nos devem isso, quase sacrificaram a nossa amiga, a ruiva esquentadinha ── Sirius respondeu e outro dos homens se colocou na frente daquele que falava.

── E o seu amigo quase matou o meu namorado ── ele disse com a voz alterada. Sirius abaixou um pouco o olhar e viu que ele segurava a mão de outro homem. Ele então associou eles ao que Remus havia dito sobre um ato de amor ter feito seu outro lado se manifestar.

── Olha, foi mal. No entanto, vocês também não são tão certinhos, não é? Agora, enquanto eu ainda peço educadamente, será que podem me deixar usar a porra desse lugar? ── o Black mais novo insistiu mais uma vez, vendo dois deles se olharem e assentirem.

── Tudo bem, vocês têm duas horas ── respondeu o tatuado.

Sirius olhou para Regulus que estava ao seu lado o tempo inteiro, maneando a cabeça positivamente.

── Vai buscar ele ── Sirius pediu e seu irmão concordou, indo buscar Peter que estava amarrado no porta-malas do carro.

O Black mais novo então aproveitou para pegar seu celular no bolso e discar rapidamente para seu namorado, pedindo para que ele e os outros viessem encontrá-lo no circo. Remus estranhou, mas não questionou, apenas avisou aos amigos e eles foram juntos para o tal lugar.

Quando Lupin, Evans e Potter chegaram, Peter já estava amarrado em uma cadeira, agora consciente e com uma máquina em seu rosto, ainda não identificada pelos que se aproximavam, apenas Remus sabia como funcionava. Sirius, ao notar a presença dos outros, chamou seu namorado para perto e o beijou como de costume. Aquela era a volta deles juntos, já faziam anos que não faziam algo assim um ao lado do outro.

Todos os cinco estavam com raiva o bastante de Peter Para matá-lo sem pensar duas vezes, mas Sirius decidiu deixar aquela tarefa para James, ele sabia que o amigo precisava muito mais.

Os donos do circo haviam pedido para ficarem no local, ou então, não deixariam com que fizessem aquilo ali. Normalmente Sirius acharia tudo uma loucura, mas se eles caíssem, não cairiam sozinhos, aquelas oito pessoas presentes, fora os seus amigos, também estavam se equilibrando na corda bamba, e bastava um passo em falso para caírem.

── Peter…você sabe que não se deve mexer comigo. Porra, amigo, você não me ajudou a te ajudar, além de me trair, ousou beijar o meu homem! ── Sirius começou a falar, com os braços em volta da cintura de Remus. ── Você se acha muito esperto, não é? Mas a verdade é que você só é burro mesmo. Você é tão burro que achou mesmo que eu não fosse te encontrar, só que eu sou o Sirius Órion Black, todo mundo me conhece, e você, Peter? Quem você é? A porra de um ninguém

Era notável o quanto Sirius sentia falta de fazer um grande discurso antes de torturar a pessoa até a sua morte. Seu tom de voz era grave, enquanto seus olhos estavam presos no rosto de Peter, que tinha pânico no olhar.

Como de costume, bastou um beijo de Sirius no ombro de Remus para que ele soubesse que deveria continuar o discurso. Lupin se afastou do toque de Sirius e se aproximou da cadeira onde Pettigrew estava, parando exatamente em sua frente.

── Você gosta de jogos mortais, Peter? Se sim, deve saber o que é essa coisa na sua cara, é uma armadilha de urso reversa, um clássico! ── começou empolgado, dando um sorriso expansivo. ── Esse dispositivo faz com que ganchos fiquem na sua boca, deve estar sentindo um desconforto. Então, Peter, um timer vai começar a correr por uma hora, e quando o tempo acabar, o dispositivo se abrirá violentamente, separando sua cabeça em dois, e nessa uma hora você já sabe o que vai acontecer ── dito isso, Lupin deu um passo para trás e James um para frente.

── Faça o seu melhor, Jay ── Regulus incentivou, vendo o namorado assentir e sorrir antes de tomar a frente da situação.

Ao lado da cadeira onde Pettigrew estava, Lílian se abaixou e colocou uma furadeira na tomada. Potter, que segurava a ferramenta, a ligou, se divertindo ao ver o pânico se tornar nítido no olhar de Peter, que estava imóvel em cima daquela cadeira onde estava amarrado. Claro que James ansiava por aquele momento, afinal, ele estava com muita raiva de Peter para simplesmente não desejar a morte dele da forma mais dolorosa que conseguia pensar.

── Eu te confiei todos os meus segredos e é assim que você retribui? Você é tão nojento que eu fico me perguntando como pude não ver isso. Eu espero que você sinta muita dor enquanto eu te mato aos poucos, seu filho da puta! ── ao dizer a última frase, James levou a broca da furadeira até o joelho de Peter, vendo o local sangrar quando o aço perfurou a pele até furar o osso.

O barulho era satisfatório como estar furando uma parede para colocar um quadro, mas não haviam paredes ou quadros ali, apenas cinco pessoas buscando vingança.

Àquela altura, Pettigrew já tinha deixado seu orgulho de lado e permitido que as lágrimas escorressem por seus olhos. Ele não podia gritar, mas tentou até sua mandíbula doer como se estivesse sendo arrancada, mal sabendo que aquele era apenas o começo. A broca da furadeira, depois do joelho, começou a atingir vários outros pontos não letais como os pés, as mãos, os ombros, parte da costela, até que Peter estivesse sangrando por quase todos os lugares..

── Tá doendo? Porque eu espero que esteja ── Potter disse com satisfação, enfiando a broca na lateral da coxa de Peter bem lentamente.

Se olhassem bem nos olhos daquele que estava a torturar, era possível ver o quão bem estava. Aos que assistiam, era nítida a empolgação pelo momento, como eles queriam estar ali, também fazendo parte da tortura daquele pérfido, que agora não mais fazia parte do grupo. Remus estava feliz por estar certo sobre ele.

O tempo passou tão devagar para Peter, que sentia a dor dilacerante sem poder gritar para se sentir melhor, mas passou tão rápido para aqueles que assistiam e para James. Quando quase uma hora se passou, Potter desligou a furadeira e a jogou no chão, dando alguns passos para trás quando começou a contagem regressiva.

── Três, dois…um ── foi então que o dispositivo se abriu, fazendo a cabeça de Peter se partir ao meio, caindo uma banda de um lado da cadeira que seu corpo agora estava. ── Foi bom te conhecer…amigo

James sorriu satisfeito, assim como os seus amigos, que pareciam esperar ansiosos pelo momento tanto quanto ele. Aquela havia sido a melhor hora do dia deles.

Mas então, fora aquelas expressões satisfeitas, haviam oito expressões completamente assustadas com o nível daqueles que pareciam obcecados por torturas. As oito pessoas que apresentavam o circo, apesar de sádicas, não chegavam nem mesmo perto das outras cinco.

E naquele momento de total silêncio, a fala daquele que quase foi morto por Remus no outro dia, arrancou uma risada de todos.

── Porra! A referência do filme foi incrível!

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Oi, amigos!

Então, eu vou usar referências que ainda não existiam na época em que se passa a história, então por favor, não venham com "ai, mas tal coisa só lançou em tal ano". Obrigado.

Beijinhos<3
Vejo vocês em Vegas!

Devaneios de cigarros || WOLFSTAROnde histórias criam vida. Descubra agora