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Pov's Chapa.
Pode parecer loucura o que vou dizer agora, mas neste exato momento estou saindo de casa em plena duas da manhã só para ir ao encontro de Bose. A verdade é que eu não consigo negar nada a ele, foi só ele mandar mensagem dizendo que queria ver as estrelas comigo que eu peguei um casaco e sai de casa.

Após pegar meus fones, meu celular, e um pirulito de uva, certifico de que não tem ninguém acordado em casa e saio.

A rua estava deserta, e a única iluminação era dos portes que tinham ali. Caminho calmamente com as mãos no bolso do casaco e com o pirulito na boca, em menos de 15 minutos eu já estava em frente a sua casa.
Dava pra ver a lâmpada do seu quarto acessa por causa da janela na lateral da casa, me aproximo um pouco mais e pego um pedra no chão, atirando em sua janela logo em seguida. Demorou menos de cinco segundos para que sua figura aparecesse na janela e acenasse, sorrindo para mim.

Não demorou muito até que ele aparecesse na porta da frente com um grande sorriso no rosto, ele vestia um moletom cinza claro e uma calça da mesma cor, também usava meias pretas com desenhos de gatinhos nelas.

- Chapa!- Ele sorri abertamente enquanto me puxa para dentro. - Vamos ficar no jardim hoje? Eu sei que você gosta das flores de lá. - Sinto meu coração errar as batidas quando ele une nossas mãos.

- Fale baixo, Bosey. Seus pais podem ouvir e isso pode trazer problemas a você. - Bose apenas assente e abre a porta dos fundos, nos dando acesso ao jardim repleto de flores e grama. Apesar de estar um pouco escuro, dava pra ver uma toalha estendida sobre a grama e várias almofadas espalhadas.

-Você não me abraçou. - Ele cruzou os braços e fez bixinho. Argh, isso só faz meu coração acelarar e eu não gosto disso!

- Vem cá. - O chamo e abro os braços,esperando que ele chegue mais perto. Ele abraça minha cintura e eu seu pescoço, apoio minha cabeça em seu ombro sentindo seu cheiro. Se eu fizesse uma lista dos melhores aromas, com toda certeza o cheiro de Bose estaria lá. Era doce como ele, mas não aquela doce enjoativo ou ruim, era bom, muito bom, acabo suspirando e fecho os olhos. - Você costuma me chamar mais cedo, Bosey. Aconteceu algo?- Perguntei me separando dele. Ele senta na toalha que estava no chão e suspira, olhando para o céu e para as estrelas. Apenas faço o mesmo, começando a observar as estrelas junto com ele, elas estavam tão bonitas hoje.

- Eles brigaram de novo. Eu não aguento mais, choquinho. - Seus olhos se enchem de lágrimas, eu me aproximo um pouco mais e o abraço. - Por que isso está acontecendo? Está tudo se repentindo outra vez.

- Eu não sei, Bosey. Mas deve ser só algum desentendimento, logo eles se resolvem. - Acaricio seus cabelos, o confortando.

- Não, eu os ouvi dizer que iam se divorciar e... - O encarei. - Provavelmente a culpa é minha, porquê... - Rapidamente peguei em seu rosto e o fiz olhar para mim.

- Não diga besteiras, você não tem culpa por eles não se amarem mais. - O soltei. - Você já percebeu o quanto o seu padrasto é chato? Sua mãe só deve ter se cansado da chatice dele! E você não tem culpa por isso. - Ouço sua risada e sorrio. - Vem, deita aqui. - Me deito na toalha e o puxo para perto. Ele deita ao meu lado e une nossas mãos, isso só faz meu coração errar as batidas mais uma vez, droga!

A pouco iluminação ali nos dava a oportunidade de ver as estrelas melhor. A luz batia em seu rosto, me dando visão da sua feição serena, com o olhar fixo no céu, eu não consigo desviar o olhar, ele está tão lindo assim, com o seu cabelo espalhado pela almofada, ele estava tão...ele.

Bose passa os olhos pelo céu, e vira-se para mim, me olhando nos olhos e sorri. Estávamos em silêncio, mas não um silêncio constrangedor  e desconfortável, era um silêncio bom e confortável.

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