Era um dia suspeito, clima abafado e escuro, nada muito novo acontecia, pelo menos nada era visível, mas nem tudo existente é visível a olho nu.
Márcia Guedes, atualmente trabalhando como policial ambiental acordou num clima não muito bom, ela estava cansada. Sua cabeça estava quase que amedrontando a si mesma, tudo era motivo para pesadelos.
Sem muita escolha, a policial se levantou da cama e foi se arrumar, vestindo-se com roupas do dia a dia, uma calça jeans, camiseta e um tênis. Ela saiu de casa 7:43 da manhã, um pouco atrasa, só para ter o incrível desgosto de olhar para seu chefe, Ivo.
Na noite do outro dia, ocorreram mortes na floresta do cedro, 3 homens foram encontrados mortos completamente dilacerados e sem algumas partes do corpo, não parecia ter sido realmente um animal porém, estava sendo investigada pela delegacia.
Quem recebeu o mandato para investigar eram Eric Alves e Marcia, Eric foi investigar uma pequena vila, enquanto Márcia teve que ir a um bar, não era muito distante da floresta.
Assim que chegou, Márcia encontrou um bar com portas vermelhas e um símbolo de borboleta. "Cafofo Bar" Era o nome do estabelecimento. Ele estava fechado no momento, mas Márcia bateu mesmo assim.
Nada, nenhum ruído ou barulho de dentro, apenas sua própria respiração. Márcia tentou 5 vezes, e frustrada, ela se virou para sair, mas nesse momento um 'click' foi ouvido, a porta abriu quase que magicamente. Ela abriu a porta lentamente, olhando um pequeno corredor... Passando por ele, havia um balcão, e uma figura, ou melhor, uma mulher certamente misteriosa. Ambos olhares se atraíram imediatamente. Márcia, congelada por milésimos, finalmente voltou ao seu estado normal, andando lentamente até a mulher no balcão, que bebia uma bebida de procedencia duvidosa, na cor azul marinho brilhante.
— "Quem é você?" — A policial perguntou, analisando a mulher.
—"Eu quem te pergunto." — A misteriosa mulher disse num tom quase que sarcástico, dando um gole na bebida.
— "Márcia Guedes, sou policial e venho a mando de uma investigação." — Ela estendeu a mão.
A outra mulher apenas analisou a mão dela, como se não fosse cumprimentar, mas depois de tanto pensar, ela deu um leve aperto de mão em Márcia.
— "Inês, sou dona do bar." — Ela suspirou. — "Tenho direito de perguntar o que aconteceu?"
— "Um acidente aconteceu na floresta do cedro, perto daqui, e estamos investigando toda a area... Inclusive eu tenho 3 perguntas para você."
— "Sou toda sua." — Inês disse sem muito significado, mas a mentalidade de 5° ano de Márcia a fez pensar em outra coisa por um segundo.
— "Uma bebida?" — Inês não disfarçou o sorriso pequeno e fraco após ler a mente de Márcia.
— "Uma agua." — A policial acenou.
Inês se levantou, pegando uma garrafa de água sem gás e entregando para Márcia, a olhando.
— "Obrigada" — Ela disse — "Você mora onde?"
— "Aqui mesmo no bar." — Inês disse seriedade no rosto, mas um tom calmo.
— "A quanto tempo?" — a investigadora questionou.
— "Mais de uma década.— Ela disse com as sobrancelhas arqueadas, por ter pensado um pouquinho.
— "Você sai muito do bar? — A policial perguntou, abrindo a garrafa.
— "Quase nunca.." — Inês olhou para o lado. — " Quem sai mais é meu "filho", Tutu.".
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Cidade invisível - Não há como voltar atrás.
FantasyNada dura pra sempre, a vida muda num instante. A vida tranquila dos policiais se transformará em um possível pesadelo, coisas imagináveis e inimagináveis, coisas que não se pode tocar ou ver. Tem coisas que não podemos voltar atrás.