Em meio carinhos e beijos, Márcia e Inês foram interrompidas por uma luz que abriu na cabeça de Inês, pensando que ela não deveria fazer isso.
Inês se recompôs, apesar de estar borrada de batom, Inês fingiu estar tudo no controle, e apenas se virou.
— "Preciso voltar, Márcia, isso não deveria ter acontecido." — Inês disse seriamente.
—"Como não?" — Márcia pergunta confusa. —"Você não queria?"
— "Não." — Inês disse sem emoção, pegando a caixa de bebidas.
—"Como não, Inês? Você continuou o beijo e-" — Ela tentou terminar, ja sentindo seu peito doer.
—"Eu não comecei e nem quis nada, quem nos prendeu aqui foi você. A ideia foi sua." — Inês ja disse mais ríspida, com os olhos meio arregalados.
Márcia ficou incrédula, apenas negou com a Cabeça e abriu a porta, saindo e sumindo.na multidão do bar, provavelmente saindo do estabelecimento.
Ao sair, Márcia estava triste e confusa, apenas entrou em seu carro e saiu dirigindo sem rumo, apenas pensando no que ela fez e porque, talvez a mesma quisesse voltar atrás.
Chegando em sua casa, Márcia se sentou na cadeira, e ficou matutando por talvez vários minutos, com a cabeça entre as mãos e um sentimento de arrependimento. Enquanto pensava, Márcia recebeu um ligação e atendeu.
—"Márcia.." — Eric suspirou.
—"Eric? Onde você ta?!" — Ela perguntou.
—"Márcia, tem algo estranho acontecendo.." — Eric disse ofegante.
—"Como assim? Onde você ta?" — Márcia perguntou, ouvindo barulhos de carro no fundo.
—"To indo na sua casa, eu preciso falar com você." — O polícial disse, andando rápido.
—"Tá, tá.."— Márcia balançou a cabeça. —"Cuidado na rua, Eric.
Após isso, o telefone foi desligado por Eric.. Se passam uns 23 minutos, e Márcia ouve alguém tentando abrir sua porta da frente. Ela se levanta e vai em direção, enquanto Eric suado e cansado.
—"Bate na porta da próxima vez."— Márcia disse, se virando até a cozinha, enquanto pegava um copo e enchia de água da torneira para Eric.
—"Obrigada." — Ele disse num suspiro, virando o copo.
—"O que tá acontecendo, Eric?" — Márcia pergunta, se sentando na cadeira.
—"Aquele bar não é normal. Lembra daquela vez que eu fui levado na praia...? Eu vi aquela mesma mulher, acho que é Camilla .. E naquele bar tem uma porta, vermelha.." — Ele tentou se lembrar do que viu.
—"A porta, o que tem na porta? Você viu ela?" — Márcia franziu as sobrancelhas.
—"Eu entrei na porta, eu cheguei numa floresta... Era linda mas era escura. Eu entrei no meio dela, eu tava quase sendo guiado e... Eu vi a Gabi, Márcia. Ela tava lá." — Eric disse com a voz quebrada, tanto pelo cansaço e quanto pelos seus sentimentos, enquanto seus olhos se enchiam de lágrimas.
—"Você viu também?" — Márcia perguntou. —"Eu também estive lá..."
— "A gente tem que investigar isso.." — Eric coçou a cabeça.
—"Investigar o que? Pra depois sairmos como doidos? Isso nem faz parte da investigação da Gabi, Eric."
— "Mas e se fizer?" — ele se levantou.
—"Eric.. Não faz." — Ela negou, segurando o braço dele.
Sem ter o que fazer, Eric abraçou Márcia. Depois de um tempo, Eric decidiu dormir na casa dela. Márcia montou um colchão ao lado da cama dela, e deixou Eric dormir na cama dela, enquanto ela dormia no colchão.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Cidade invisível - Não há como voltar atrás.
FantasyNada dura pra sempre, a vida muda num instante. A vida tranquila dos policiais se transformará em um possível pesadelo, coisas imagináveis e inimagináveis, coisas que não se pode tocar ou ver. Tem coisas que não podemos voltar atrás.