— 📼 Pov: Márcia.
Márcia despertou na cama de um quarto de aparência rustica e antiga, mas ainda sim muito bonita. A policial se levantou, sentando na cama e olhando em sua volta, podendo ver Inês olhando pro nada, enquanto tomava uma xicara de café.
— "Inês?" — Márcia coçou a cabeça, apertando os olhos para enxergar melhor.
Inês apenas olhou diretamente para Márcia, um olhar calmante e confortante.
— "Acordou mais rapido do que eu esperava..." — Inês balançou a cabeça, olhando o chão.
—"O que aconteceu?" — Márcia disse enquanto bocejava na cama.
—"Nada que te coloque em perigo." — Inês pegou algo na estante, andando ate a cama. — "Toma." — A entidade ofereceu uma pílula.
—"Que isso?" — A policial arqueou a sobrancelha esquerda, segurando a pilula em uma mão.
—"Vai te ajudar, só toma, ou vai piorar." — A bruxa disse baixo, ajeitando alguns livros na estante.
—"Piorar do qu-" — Márcia nem conseguiu terminar de falar, e sentiu uma nausea e ânsia de vomito horríveis , provavelmente consequências de ter sido apagada pela cuca 2 vezes em pouco tempo... e também por não ter jantado e nem tomado café da manha.
Inês a olhou com uma cara de "eu avisei." E ficou a encarando, esperando ela tomar.
—"Por que eu deveria confiar em você?" — Márcia perguntou, se enjoando cada vez mais.
Inês não disse nada, apenas a olhando com a cara de uma mãe que sabia o que estava falando. Márcia se sentia cada vez mais mal, e em um segundo, fez menção de vomitar... Inês andou rapidamente até a cama, tapando a boca de Márcia.
— "Engole logo essa pilula." — Ela disse num tom mais alto mas nada muito agressivo, o que forçou a Márcia a tomar o remédio.
Inês deixou Márcia descansar um pouco, surpresa por ela não questionar sobre os acontecimentos passados, e apenas desceu ate hall do bar, colocando um pouco de agua para ferver. Inês separou algumas ervas que poderiam ajudar Márcia, e ficou ali, preparando o chá.
Destraida, Inês ouviu um barulho no corredor, e andou rapido ate a as escadas, descendo elas, encontrando Eric desacordado a frente da porta vermelha.
—"É hoje, viu..." — Inês suspirou, andando até Eric.
— 🦋Pov: Inês.
Inês pediu ajuda a tutu e Camila com Eric, deixando eles cuidarem do policial, enquanto ela tinha coisas melhores a se preocupar, A porta.
Inês sabia que era um lugar perigoso, por mais que nem ela sabia exatamente o que acontecia ali, mas tinha noção de como era preocupante ter pessoas sem preparação entrando ali. Inês tinha 3 opções. 1- proibir os policiais de entrar no bar. 2- apenas proteger a porta. 3- se fingir de besta e esqueceu tudo o que aconteceu... Ou apenas poderia explicar a situação, mas como? "Oi, sou a cuca." "Ola, sou uma entidade poderosa e se vocês entrarem ali podem não voltar."...
Inês apenas decidiu parar de pensar um segundo, respirando fundo em um momento sozinha, inclinada no balcão do proprio bar, ate que um barulho atras de si a chamou atenção. A mulher se virou, vendo Márcia a olhar.
— "Se sente melhor?" — A bruxa se virou, pegando a chaleira quente e despejando a agua numa xicara branca, e depois quebrando algumas folhas de ervas perfumadas no chá.
—"Uhum..." — Márcia murmurou, se sentando na cadeira a frente do balcão. — "O que foi tudo isso, Inês?... A porta.. e tudo mais.
— "Ta afim de dormir de novo?" — Ela brincou levemente, apesar de que não hesitaria em fazer de novo.
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Cidade invisível - Não há como voltar atrás.
FantasyNada dura pra sempre, a vida muda num instante. A vida tranquila dos policiais se transformará em um possível pesadelo, coisas imagináveis e inimagináveis, coisas que não se pode tocar ou ver. Tem coisas que não podemos voltar atrás.