— 🦋 Pov: Inês
Inês voltou em segundos, o barulho teria sido apenas um livro que caiu, mas um livro especifico, um livro sobre lendas, e ela, cuca, como protagonista, o que contaria suas origens e habilidades. Apesar disso, parecia ter sido apenas uma coincidência então ela ignorou e voltou.
Ao perceber que Márcia sumiu, ela soube exatamente onde ela havia ido, e em segundos, ela em sua forma de borboleta voava rapidamente pelo bar, entrando pela porta...
Ela guiou Márcia ate uma parte certamente mais segura daquela enorme floresta, e enfim, a apagou em segundos. Inês voltou a forma humana, e pegou Márcia nos braços, a policial era meio pesada, ja que Márcia era um pouco mais alta que Inês, e como consequência, era mais pesada.
Inês carregou a mulher de volta, ela não precisava desse esforço porem decidiu fazer isso. Chegando no bar, Inês posicionou Márcia na cama do quarto de hóspedes, e a deixou lá, indo fazer outras coisas, ela sabia exatamente quando Márcia iria acordar então não precisava se preocupar no momento.
Inês fez café, e ficou lendo sozinha... Coisas estranhas aconteceram, um vento estranho entrou pela janela, ele era mais gélido e com um clima estranho, mas Inês apenas fechou a janela, olhando a paisagem nublada no momento, mas voltou a folhear o livro. A entidade ouviu um barulho vindo do quarto, o estalo da cama, e soube que era Márcia.
Inês se dirigiu ate o quarto, sentando na beira da cama, vendo Márcia a olhar confusa
— "Bom dia, flor do dia." — Inês disse com sarcasmo.
— "Inês...?" — Ela apertou os olhos — "Onde eu estou?"
— "No único lugar que esteve mais cedo, Márcia." — A entidade disse, dando de ombros.
— "Não." — Ela sentiu na cama — "Eu tava aqui.. eu entrei numa porta e fui para uma floresta... ai eu.." — Ela pensou um pouco —" Eu fui pra um lago e ai eu desmaiei...
— "Você usou alguma erva minha embaixo do meu balcão, Márcia?" — Inês perguntou com certa preocupação, é lógico que era tudo fingimento, isso realmente aconteceu.
— "Não!" — Frustrada, A policial levantou, andando descalça pro corredor. — "Foi naquela porta ali... — "Ela apontou, mas não havia porta, apenas uma parede"
— "Sabia que mesmo com mandato de investigação você não pode mexer nas coisas dos outros?" — A entidade cruzou os braços, se escorando na parede.
— "Eu não mexi." — Márcia disse duramente, parando na frente de Inês, a olhando no fundo dos olhos.
— "Se diz..." — ela deu um sorriso desafiador, levantando a cabeça, com os olhos cerrados.
Márcia apenas cerrou os olhos, a olhando seriamente, e logo saiu pisando duro, pegando seus sapatos no quarto e começando a colocar.
— "Apressada?" — Inês perguntou num tom sútil, a olhando da porta.
— "Te interessa?" — Márcia perguntou, ironicamente, colocando a meia do pé esquerdo.
— "Que forma rude de um convidado falar com a dona da casa..." — Ela se fingiu ofendida, colocando a mão no peito.
Márcia estava ficando cada vez mais estressada, e não quis perder tempo, ela pegou os dois sapatos na mão, e saiu andando ate a saída do bar, com apenas um pé vestido pela meia.
— 🔦 Pov: Eric Alves.
Eric acordou em seu carro, com uma dor de cabeça enorme... Ele teve um choque de realidade, e levantou rapidamente, saindo do carro, Ele achou tudo normal, todos os caminhos que guiavam a civilização, e nenhum sinal do garoto ou do gato. Confuso, Eric apenas voltou para o carro e dirigiu para longe dali, voltando para a delegacia.
Eric e Márcia chegaram ao mesmo tempo, sairam do carro e andaram na mesma direção, a porta da delegacia.
— "Ta bem?" — a mulher perguntou, dando um suspiro.
— "Aham." — Eric coçou a barba, olhando pros lados. — "Conseguiu alguma informação?"
— "Não.. você conseguiu?" — A policial perguntou, sentando em sua mesa.
— "Nada." — Eric respondeu, pegando um relatório, e dali em diante, eles trabalharam num clima estranho.
Nenhum deles disse o que presenciaram, mesmo que possivelmente teriam ligações, eles não sabiam que ambos haviam passado por algo estranho, e não queriam parecer loucos.
— 🖍️ Pov: Isac
Isac, ou melhor, saci andava com seu gorro vermelho pelas ruas do rio de janeiro completamente tranquilo, ele conhecia muito as pessoas por onde ele andava, então andava tranquilo e protegido, sempre cumprimentando quem ele conhecia e até quem não conhecia, ele era um menino tranquilo.
No meio de sua caminhada, Isac mudou totalmente o rumo de onde ia, e decidiu ir atazanar Inês, que estava muito bem calma em seu bar.
Isac entrou igual um furacão, abrindo as portas de todos os armários, roubando apenas os petisco que haviam ali, não era muito fã de bebida.
No meio de seus furtos, foi pego.
— "Eu convidei o senhor?" — Inês disse parada no meio do bar, com as mãos na cintura.
— "Ja sou de casa, titia." — O jovem sorriu de boca cheia, abrindo os braços esperando um abraço, mas Inês apenas passou reto, fechando os armários e puxando um pacote de balas da mão dele.
— "Quando for roubar coisas do bar, tenha certeza que pode repor, Isac." — A mais velha disse, com um tom de certeza, mas não intimidou o menino, ainda.
— "Era so um pouquinho, não faz mal a ninguém, né?" — O menino sorriu, com 2 balas na boca, 3 em mãos e 7 no bolso.
— "Veio para me tirar a paz mesmo? Quem procura acha, Isac." — Ela o olhou de forma de aviso, com os olhos meio fechados.
O menino decidiu não testar ela mais, e devolveu as balas.. bem, pelo menos as 3 que estavam em mão.
— "Ja devolvi, beijão." — O menino saiu rindo, achando que conseguiu enganar Inês, mas ela sabia bem que havia mais escondidas.. por fim, ela apenas deu um sorriso fraco, olhando pro chão, e logo para as balas em sua mão.
— 🎀 —
Perdão o capítulo curto. :)
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Cidade invisível - Não há como voltar atrás.
FantasyNada dura pra sempre, a vida muda num instante. A vida tranquila dos policiais se transformará em um possível pesadelo, coisas imagináveis e inimagináveis, coisas que não se pode tocar ou ver. Tem coisas que não podemos voltar atrás.