Eric levantou confuso, e andou mancando até de volta para casa, aparentemente aquilo foi apenas para assusta-lo , mas... O que foi aquilo?
Eric chegou em casa 2 e 32 da manhã, e ao pensar estar louco, Eric ligou para Márcia.
— 📼 Pov: Márcia.
Acordei com meu celular tocando, e com uma certa raiva, atendi,
— "Eric o qu-" — Ela foi interrompida por Eric falando freneticamente.
— "Que porra foi aquela? Isso aconteceu com você?" — Eric andava de um lado para o outro, com o celular no ouvido.
— "Isso o que?!" — Márcia pergunta confusa, levantando da cama ainda tentando processar as informações.
— "A porta vermelha, tinha uma porta vermelha e uma mulher, ela me levou na praia e tentou me afogar, ela.." — Ele deu uma pausa, Eric nesse momento parecia falar coisas sem sentido.
— "Porta vermelha onde, Eric? Onde você foi?" — Márcia achou estranho a parte da porta vermelha, ja que ela lembrava exatamente o que havia acontecido com ela.
— "Naquele bar estranho que você foi .. Aquele de borboleta." — O polícial disse, suspirando.
— "você viu a porta...?"
— "Lógico que sim! O que tem lá? me diz." — Eric coçou a barba, olhando pro chão.
— "Não.. não sei." — Márcia cogitou. — "Amanhã eu vou lá, eu volto lá e-"
— "Amanhã?! Tentaram me afogar e você resolve isso amanhã?!" — Eric diz mais alto.
— "Quem tentou te afogar, Eric?!" — Ela disse no mesmo tom.
— "Uma mulher... Na água ela tinha cauda de sereia." — ele disse com certeza, mas Márcia não levou a sério.
— "Eric, você tomou alguma bebida nesse Bar?"
— "Porra, Márcia!" — Ele bateu na mesa. — "Amanhã a gente vai voltar lá, e eu vou te mostrar quem foi.
— "Ah.. Okay. tá.." — essas foram as últimas chamadas da ligação, antes de Eric desligar.
Márcia não dormiu pelo próximos minutos, ela ficou apenas deitada tentando pensar no que estava acontecendo, mas em um certo momento, uma cantoria leve no fundo de seu quarto começou. Márcia tentou levantar a cabeça para enxergar o que ou quem era mas sentiu a cabeça pesar, seus olhos fechando e logo sentiu uma mão tampando sua boca, e enfim, ela dormiu.
Era uma das primeiras noites que Márcia não teve um pesadelo ou sonho estranho, ela acordou completamente quebrada, com dores em todos os lugares, mas dessa vez não acordou parecendo que não dormiu e não foi aterrorizada, mas o que aconteceu no meio da noite?
Ao lembrar disso, Márcia levantou num pulo, procurando algo que indicasse que alguém entrou na sua casa. Andando pelo quarto, ela encontrou apenas uma borboleta azul, ela tentou a espantar mas a borboleta apenas voou para outro lado do quarto, Márcia ignorou, e foi para a cozinha, não achando nada novamente.. Ela tirou isso da cabeça, e apenas foi tomar banho.
Márcia tirou suas roupas em seu quarto, e foi até o banheiro, ligando o chuveiro e tentando relaxar. De olhos fechados, Márcia sentia a água cair sob seu corpo, mas ela abriu para continuar o banho, e viu a borboleta parada no espelho do banheiro, Era completamente estranho, mas afinal, era só uma borboleta, não é?
Márcia terminou seu banho, e andou ate o espelho para arrumar o cabelo, ela espantou a borboleta e limpou o vidro embaçado, mas assim que o fez, viu a imagem de Inês atrás dela, com as sobrancelhas arqueadas. Márcia se virou rapidamente, ajeitando a toalha, mas não viu nada nem ninguém atrás dela, e se virou novamente pro espelho, e lá, já não havia mais nada.
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Cidade invisível - Não há como voltar atrás.
FantasyNada dura pra sempre, a vida muda num instante. A vida tranquila dos policiais se transformará em um possível pesadelo, coisas imagináveis e inimagináveis, coisas que não se pode tocar ou ver. Tem coisas que não podemos voltar atrás.