𝙄 𝙁𝙚𝙚𝙡 𝙄𝙩 𝘾𝙤𝙢𝙞𝙣𝙜

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Pov Ariana
Ali, no chão do banheiro, começou a chorar. Mesmo que eu ainda não saiba o resultado, toda a situação é muito apavorante! Tenho 23 anos e namoro com Bento a pouco mais de dois meses, uma criança não pode vir agora.

Não me levem à mal, meu sonho é ser mãe, mas no momento certo. Tenho medo de não conseguir cuidar do meu filho, ou Bento reagir de forma que não me agrade. Por favor, meu Deus, deixo essa situação em suas mãos, faça o que achar melhor.

— Ela está demorando muito! - Não sei se ela realmente tá demorando ou se é o efeito da ansiedade.

— Ela logo chegará, Ari. Tente se acalmar, irei pegar um pouco de água para você.

— Não vá, não me deixe sozinha, por favor. - Seguro a sua mão impedindo que continuasse.

Gisele olha em meus olhos, posso ver compaixão e solidariedade. A morena se abaixa e segura em meus ombros.

— Você não está sozinha, nunca estará! Muitas pessoas te amam, e quem sabe uma delas está aí dentro de você.

Não falo nada, apenas reflito em suas palavras. Enquanto estou perdida em meus devaneios escuto um barulho de porta, logo minha irmã aparece segurando um teste de gravidez.

— Vamos te esperar aqui fora, qualquer coisa nos chame! - Valéria me entrega a caixinha e me deixa sozinha naquele ambiente assustador e gélido.

Faço xixi em um pequeno pote e coloco uma espécie de palito em contato com o líquido, segundo as instruções, tenho que deixá-lo ali por cinco minutos.

O resultado demora mais que o normal para surgir. Depois de mais 5 minutos nada aparece, isso significa.... que não estou grávida?

Abro a porta e as meninas quase pulam para dentro do banheiro.

— Não apareceu nada. Continua com um tracinho. - Levanto o teste e mostro para elas.

— Eu realmente achei que estivesse grávida. - Valéria segura em meu braço e juntas vamos sentar no sofá. Achei que quando visse o negativo sentiria um alívio, mas uma pontada de tristeza se faz presente.

— Mas isso não faz sentido.

— Como assim, Gi?

— O que quero dizer é: Se você não ingeriu nada estranho e não tem doenças crônicas só podia ser a gravidez!

— Amanhã irei ao médico, e descobriremos o que é.

Após o momento de tensão, ficamos assistindo a um programa qualquer não televisão, apenas para distrair.

— Vou ao banheiro! - Viro a garrafa de água e caminho para esvaziar a bexiga.

Enquanto lavava minha mão passo o olho pelo lavabo, essa casa era de meu avô, foi construída em uma arquitetura neoclássica, de fato é belíssima.

Analiso as paredes, o lindo teto que imitava o Partenon, a pia esculpida...

Mas de repente meus olhos focam naquele pote, mais especificamente no teste, que por algum milagre marcava positivo.

Paro de esfregar as mãos e paraliso, será que alguma delas riscou para me zoar? Ou será que isso é real? Tomo em mãos o palitinho e passo meus dedos afim de tirar o segundo tracinho vermelho, mas ops, não é tinta.
Arregalo os olhos e me sinto fraca, fico ali apoiada na pia tentando recobrar os sentidos.

— Meninas. - Destranco a porta e as chamo.

Espero que as duas fiquem em minha frente e então levanto o teste. Valéria levanta uma sobrancelha sem entender o que estava fazendo.

 𝐎 𝐉𝐚𝐩𝐨𝐧ê𝐬 𝐞 𝐞𝐮 - 𝐁𝐞𝐧𝐭𝐨 𝐇𝐢𝐧𝐨𝐭𝐨Onde histórias criam vida. Descubra agora