CAPÍTULO 13 - Voltando ao passado

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Alice

Mãe: Joana Ávila

Pai: George Guimarães

Quando eu era criança, papai vivia contando histórias de princesas pra mim e falava que um dia eu iria encontrar meu príncipe encantado.

Meus pais brigavam muito, então para omeu bem, meu pai pediu o divórcio, mesmo com o divórcio, minha mãe sempre esteve por perto, participou de todos os meus momentos, com o tempo, percebi que foi melhor pra eles a separação, só assim começaram a viver em harmonia.

Desde pequena, eu já queria ser advogada, adorava quando meu pai chegava em casa e me contava seus dias no tribunal ou no escritório, como ele ajudava as pessoas e eu me fascinava com tudo isso.

Os anos se passaram, eu terminei a escola, falando inglês, mandarin, francês e espanhol e logo fui para a faculdade.

Meu pai havia me preparado, para um dia ir para Harvard e lutei pra tudo isso acontecer de verdade.

Me mudei para os Estados Unidos e senti muita falta dos meus pais, mas procurei focar e seguir em frente com meu sonho, fiz muitos amigos e era muito bom, algumas vezes eu me dava o luxo de sair e curtir um pouco com eles.

Assim que terminei a faculdade, voltei para o Brasil, vim com o coração na mão, por deixar meus amigos, eles até deram uma festa pra mim de despedida.

Esse era o plano que eu queria desde criança, então era isso que eu deveria seguir.

Quando cheguei em casa, meu pai havia feito uma festa de boas vindas e adivinha quem estava lá?

Meu futuro marido perfeito, Rávi, foi lá que o conheci e tudo fluiu rápido e até perfeito demais pro meu gosto.

Em um ano começamos a namorar, noivamos e nos casamos.

E eu, apaixonada e cega, que linda!

Enquanto estive fora, meu pai, ficou no escritório de Brasília, treinou uma pessoa pra virar sócio, ele o chamava de Lisboa, era como filho pra ele e eu não gostei nada disso, tomei implicância desde o momento em que descobri a existência desse ser.

Meu pai vivia falando que ele daria um ótimo príncipe pra mim, eu nunca quis conhecê-lo.

Passaram-se dois anos e meu momento de me tornar sócia havia chegado e infelizmente seria o dia de Lisboa também, meu pai estava animado, falando a todo tempo que seus dois orgulhos iriam se tornar sócios.

No escritório, ninguém é chamado pelo nome, lá meu pai é Guimarães e eu, Ávila.

Eu seria sócia no Rio de Janeiro e Lisboa de Brasília, a nomeação iria acontecer aqui no Rio e faltavam só uns dias, mas aí, fiquei sabendo, por alto, que Lisboa havia pedido demissão e meu pai ficou arrasado, mas o que fico abismada é que mesmo com esses anos todos o escritório de Brasília só tem 2 sócios, meu pai ainda guarda o cargo dele, mas nunca me falou o que aconteceu com o tal Lisboa e eu também não fiz nenhuma questão de saber, porque tive meu pai de volta só pra mim.

E hoje sou, mas não por muito tempo, sou Alice Ávila Guimarães Lins.

Foi quando eu te viOnde histórias criam vida. Descubra agora