Foi quando eu te vi

CAPÍTULO 21 - Liberdade dentro de você x A Briga

Alice

Nosso momento gostoso, havia acabado e consegui, sem dificuldade nenhuma, colocar toda minha tensão para fora, Matteo estava parado na minha frente e não parava de me olhar, acho que ele queria conversar, mas não lhe perguntei nada.

Ravi não voltou, então falei que ia ver se ele estava na porta e depois iria voltar pra mesa.

Quando fui destrancar a porta, ele segurou minha mão, o olhei e vi que ele precisava me dizer algo, ele parecia frustrado.

- Você não vai sumir da minha vida, vai? - Seu semblante estava tenso.

Olhei para aqueles olhos lindos e o respondi:

- Não vou!

Abri minha pequena bolsa, tirei meu cartão e o entreguei.

- Pegue! Anote o meu número, para podermos nos falar depois.

Ele pegou o cartão,soltando a minha mão, será que fui seca demais?

Destranquei a porta e nem sinal do Ravi, voltei para o bar, pedi outra caipirinha e fui pra mesa.

- Filha, onde esteve esse tempo todo? -Meu pai perguntou.

- Fiquei no bar e depois fui ao toalete.- O respondi tentando ser convincente.

-E cadê seu marido? Ele saiu da mesa já tem muito tempo, parecia irritado e não voltou mais.

Quando eu ia responder, Matteo se senta em seu lugar, acabando com o assunto, graças a Deus!

Vi a cara da minha mãe pra mim, quando Matteo de sentou, ela, com certeza, já pescou alguma coisa e o pior é que ela não erra.

Meu pai nos olhou e disse que havia chegado a hora da premiação, se levantou e foi na direção do palco, subiu e ajeitou o microfone:

- Hoje, terei a honra de entregar dois prêmios, à dois advogados que sempre foram dedicados e sempre souberam o que seriam desde que eram crianças. É com grande orgulho que chamo minha filha para vir recebê-lo, Ávila.

Subi no palco, falei algumas palavras de agradecimento, tirei uma foto com meu pai, ele me pediu pra ficar lá e voltou a falar no microfone:

- E agora, é com grande orgulho, que também chamo aqui, um grande advogado, um rapaz dedicado, que se tornou um filho, Lisboa.

Ele subiu e fez o mesmo que eu, falou algumas palavras de agradecimento e tirou uma foto com meu pai.

Nos aplaudiram!

Quando o fotógrafo ia descer, meu pai o chamou:

- Jorge, tira uma de nós três também, por favor! E depois uma dos dois, pra eu por em meu escritório.

Meu pai saiu do nosso meio e Matteo ficou bem perto, colocou sua mão em minha cintura e discretamente, colou nossas laterais.

Sorri pra foto e sem mexer a boca falei:

- Não sabia que você tinha essa liberdade de pôr a mão em minha cintura!

- A dez minutos atrás, eu estava com minha liberdade dentro de você! Aliás, não esqueça que tem algo seu comigo! - Falou entre dentes e sorrindo pra foto.

Por um momento não entendi, mas aí lembrei do que se tratava, estou sem calcinha e agora?

- Me devolve!

- Só se aceitar sair comigo?

Meu pai me salvou deste momento tenso:

-Tá bom Jorge, obrigado! Vamos curtir agora!