CAPÍTULO 27 - Um conselho

5 2 0
                                    

Matteo

Acordei bem cedo, fui correr e depois passei na barbearia para fazer a barba e dá uma aparada no meu cabelo, já estava muito grande e bagunçado.

Não sei por que, mas estou com uma sensação estranha, acho que estou nervoso por causa do jantar, nunca fiquei assim, deve ser porque, Guimarães é pai dela, isso quer dizer, que tudo que vivo e penso gira em torno dela, não consigo parar de me arr...

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Não sei por que, mas estou com uma sensação estranha, acho que estou nervoso por causa do jantar, nunca fiquei assim, deve ser porque, Guimarães é pai dela, isso quer dizer, que tudo que vivo e penso gira em torno dela, não consigo parar de me arrepender de ter aceitado voltar para Brasília, o certo agora, era me acertar com ela, desejei tanto tê-la só pra mim, desejei tanto poder beijá-la e tocá-la a qualquer hora e como eu quiser e agora pareço um fraco que está fugindo de tudo.

Fui ver minha mãe e conversamos tanto, que a hora passou rápido, fui pra casa, me arrumei e segui pra casa de Guimarães, quero chegar na hora certa, porque sei que ele não gosta de atrasos.

Cheguei nos portões e os seguranças liberaram a minha entrada, estacionei o carro e senti meu coração bater mais forte, meu corpo estava me avisando de algo, mas não sei o que é.

Fui em direção a porta e toquei a campainha, demorou uns segundos, mas alguém abriu a porta e quando vi, me deparei com a minha Deusa, linda demais com aquela blusa marcando seus seios, sem sutiã e aquele shortinho curto!

Fiquei ali em choque, agora entendi tudo que meu corpo estava tentando me avisar, que eu corria perigo, que nossos corpos são como imãs, no final eles sempre se encontram, necessitam ficar grudados...Com força.

Não consegui disfarçar meu olhar, minha cara de arrependido, minha fraqueza, mas Guimarães, apareceu descendo as escadas e como sempre, receptivo, sorrindo pra mim.

Só assim pude me desfocar dela, só assim pude disfarçar tudo que estava sentindo naquele instante.

- Pontual, como sempre!

Sorri para ele e também o respondi:

-Pontualidade é o melhor jeito de impressionar o chefe!- Falei tirando os óculos e sorrindo.

Ele veio em minha direção e nos abraçamos forte, acho que Alice não gostou muito, porque se despediu e foi em direção a escada.

-Bom, vou deixar vocês aí e vou subir.

Guimarães, fez umas caras estranhas para ela e mesmo assim ela se foi, nesse momento, me senti vazio, me senti triste por deixá-la, a quero com todas as minhas forças.

Sentei no sofá com Guimarães e começamos a conversar, pra minha surpresa, era sobre Alice, nesse momento, ele não era meu chefe e sim meu pai!

-Filho, não vai me contar o que está rolando entre vocês? - Disse com um sorriso de canto.

-Não sei do que está falando! -Falei sorrindo e com a cara de cachorro sem dono.

- Há, por favor! Já é a segunda vez que vocês ficam iguais a dois zumbis quando se vêem, parece até que só existem vocês no mundo! -Falou rindo de mim.

- É verdade! Me apaixonei por ela desde o momento em que a vi pela primeira vez! - Falei sério.

- E o que falta para você tomar uma atitude? O imbecil, babaca já foi embora! Vou te dar um conselho, filho...

Fiquei aguardando ele me dar o conselho, ansioso.

- Minha filha não é muito paciente, então, sugiro que tome logo uma atitude, para não correr o risco de cair no esquecimento e eu sei muito bem, que você teve dificuldades de se apaixonar durante esses anos sem a Olívia! - Falou e colocou a mão no meu ombro.

-Pra falar a verdade, ela foi a única mulher que despertou esse sentimento em mim, depois de tudo que passei. - Falei soltando a respiração.

- Então meu filho, mergulhe de cabeça nisso e a respeito de Brasília, daqui a pouco resolvemos!

- O que você está querendo dizer com isso?

- Vai logo atrás dela, terceira porta à esquerda! - Falou apontando pra escada.

Buguei agora, ele estava mandando eu ir pro quarto dela?

- Acho que estou ouvindo coisas, você está me dando permissão para ir no quarto da sua filha? - Falei e senti uma gota de suor escorrer pela minha fonte.

- Não... Estou te dando permissão para entrar na vida dela, porque conheço o homem que você é, vocês já sofreram demais, não precisam de mais enrolação, agora vai, antes que eu me arrependa e vê se consegue tirar ela daquele quarto, já tem uma semana que ela não sai de lá.

Subi as escadas sem acreditar em nada do que estava acontecendo, passei pelo corredor e bati na terceira porta à esquerda, mas ninguém atendeu, então girei a maçaneta e entrei.

Ela saiu do banheiro, enrolada em uma toalha branca, com os cabelos soltos e molhados, nesse momento nossos olhos se encontraram.

Foi quando eu te viOnde histórias criam vida. Descubra agora