︓ ° #    I . A INSANIDADE QUE NUNCA VEIO

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Efeito borboleta
1 . um pequeno bater
de asas de uma borboleta
pode ser responsável
por um enorme furacão.


ELLIE WILLIAMS se encontrava exausta. Depois de um longo período de tempo, havia finalmente dado a permissão para sua mente e corpo descansarem pois, nos incontáveis últimos dias, seus pensamentos apenas se concentravam em uma única preocupação. Uma preocupação que tinha nome e sobrenome. Se sentia traída por tal. Traída e, mais do que nunca, desconsiderada.

A garota que sempre tinha admirado dentro dos muros do FEDRA havia sumido sem deixar rastros e nenhuma explicação para trás. Achava que a asiática se importaria minimamente com os sentimentos que Ellie poderia ter ao notar que a única família que possuía havia desaparecido. Acabava também pensando constantemente em todas as possibilidades que a garota de cabelos de formato esbelto e escuros poderia se encontrar. Ela estava morta? Ou foi obrigada a ceder que o fungo arrancasse totalmente sua consciência? Não possuia respostas para tais perguntas.

O cansaço e a preocupação impregnavam seu corpo inicialmente e, por algumas semanas, continuou assim. Porém, Ellie não desejava prolongar esse estado decadente que se encontrava e precisou se acostumar aos dias infernais que vivenciava sem uma devida pausa.

Tudo costumava a ter uma facilidade para suportar com Astrid ao seu lado.

Com os olhos fechados, a ruiva permitia a falsa inconsciência dominar e poder assim, adormecer. Raios lunares adentravam sutilmente seu quarto através das cortinas que se penduravam na janela aberta. Uma brisa gelada do anoitecer decidia aproveitar essa deixa para comparecer no local sem aviso prévio, deixando alguns mínimos arrepios nos braços e pernas de Ellie, pele que não era protegida por nenhum tecido de roupa.

Era uma noite tranquila e finalmente estava conseguindo descansar de maneira apropiada. Nada faria Ellie acordar tão facilmente. Nada-

- Ellie, Ellie!

- Mhm.. - Ellie resmungava no seu sono enquanto era balançada pouco sutilmente por alguém. Estava cansada demais para sequer se importar em abrir os olhos naquele momento.

- Acorda, Ellie!

- UAAH! - Num rápido reflexo e deixando o impulso tomar conta, Ellie empurrou quem estivesse ali e lembrou rapidamente de pegar seu canivete que colocava embaixo de seu travesseiro.

Ao se levantar abruptamente de sua cama pouco confortável, apontava o presente letal que tinha ganhado de sua mãe para uma asiática extremamente familiar. Não pôde evitar de arregalar seus olhos. A pintinha que tinha em baixo do olho e uma outra no canto inferior esquerdo da boca eram impossíveis de não serem reconhecidas pelos olhos de Ellie.

- Argh.. - Arfou a garota depois de ter sido empurrada com força no chão, esperava isso. - Minhas nádegas, Ellie!

A ruiva apenas observou a morena se levantando aos poucos da queda que ela mesma tinha causado, ainda surpresa com a presença dela. Ela realmente estava viva? Por onde ela tinha andado? Não queria transparecer preocupação com a garota que estava furiosa com. Entretanto, seus olhos provavelmente à denunciava e tinha muitas dúvidas que queria tirar de sua cabeça o mais rápido possível.

- Porra, Astrid? O que caralhos você tá fazendo aqui? - Ellie exclamou ao conseguir finalmente formular alguma frase, continuando com seus olhos arregalados.

- Não é muito do meu fetio de quebrar regras que nem você mas.. eu tinha que dar algum jeito de te ver. - Astrid respondia inocentemente ao chutar algumas pedrinhas inexistentes no chão.

DELIGHTFUL DISHONOR, ellie williams.Onde histórias criam vida. Descubra agora