Entre Nossos Toques (parte 1) - Capítulo 6

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9 de Fevereiro de 2024

A atmosfera lá fora combinava perfeitamente com o turbilhão de emoções que eu estava enfrentando. O céu nublado e cinzento refletia minha própria incerteza, enquanto o ar frio e úmido parecia pesar sobre meus ombros como um fardo adicional. Cada respiração era uma luta contra a sensação de opressão que pairava no ar, como se até mesmo o clima estivesse ecoando meu próprio estado de espírito sombrio.

Enquanto caminhava para a escola, o vento gélido sussurrava em meus ouvidos, trazendo consigo a promessa iminente de chuva. As folhas das árvores dançavam em um frenesi nervoso, como se estivessem aguardando ansiosamente o inevitável desabrochar da tempestade. Era como se a própria natureza estivesse chorando junto comigo, ecoando meus sentimentos de melancolia e incerteza.

Apesar do clima sombrio, eu continuei minha jornada, determinada a enfrentar o dia que se aproximava, não importa o que o destino reservasse.

Ao chegar na escola, me deparei com Jisoo, mas Jennie estava estranhamente ausente. Um nó se formou em meu estômago enquanto eu escaneava o pátio em busca de qualquer sinal dela, mas ela estava completamente fora de vista. Uma sensação de inquietação se instalou em meu peito, alimentando minhas preocupações já existentes.

Eu me aproximei de Jisoo com um aceno tímido, tentando disfarçar minha ansiedade crescente.

Lisa: Oi, Jisoo. Jennie ainda não chegou?

Jisoo: Oi, Lisa. Bom dia. Ela não vem hoje. Me mandou mensagem dizendo que não estava se sentindo muito bem e que ia ficar em casa.

Lisa: Você não está estranhando o comportamento dela esses dias?

Jisoo: Não vou mentir, ela anda estranha mesmo.

Lisa: Ontem a vi chorando no banheiro, e no fim das aulas eu a vi com um homem estranho. No fim do dia, ela foi até minha casa. Porém, ela não fala absolutamente nada sobre o que está acontecendo.

Jisoo: Isso definitivamente é estranho.

Ao ouvir que Jennie ficaria em casa naquele dia, uma pontada de preocupação atravessou meu peito. Eu não pude deixar de me perguntar por que ela estava ausente e se estava tudo bem com ela. Embora tentasse não saltar para conclusões precipitadas, a inquietação persistia, fazendo com que eu ponderasse sobre o que poderia estar acontecendo.

Durante a primeira aula do dia, me vi lutando para manter minha concentração. Meus pensamentos continuavam a vagar de volta para Jennie e sua ausência inexplicada. Tentei em vão focar nas palavras do professor, mas minha mente teimava em se fixar em preocupações e conjecturas sobre o que poderia estar acontecendo com minha amiga.

Houve um breve momento em que consegui desviar minha atenção das preocupações, quando o professor fez uma pergunta direcionada a mim. Porém, foi apenas um instante passageiro, e logo me vi mergulhada novamente em um mar de pensamentos turbulentos.

Decidi então, ao final da primeira aula, que não poderia mais ignorar a inquietação que me consumia em relação a Jennie. Com o coração pesado e uma determinação silenciosa, decidi fazer uma visita à casa dela para verificar se estava tudo bem.

Sim, eu ia faltar às aulas, pela primeira vez na minha vida. Nem mesmo quando eu estava doente faltava.

Cada passo em direção à casa de Jennie parecia uma eternidade, meu coração martelando com uma mistura de apreensão e determinação. Eu sabia que podia estar me intrometendo em sua privacidade, mas minha preocupação por ela superava qualquer hesitação.

Chegando à porta de sua casa, respirei fundo e bati com a mão trêmula. O som ecoou pelo silêncio do ambiente, e por um momento, o único som que conseguia ouvir era o pulsar acelerado do meu próprio coração.

A Efemeridade do Amor - JenlisaOnde histórias criam vida. Descubra agora