Noite de Encantos e mistérios

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Calor, era tudo o que eu sentia naquela noite, enquanto dois rapazes beijavam intensamente meu pescoço. Uma estranha satisfação invadia meu corpo, causada pela liberação de endorfinas e dopamina. Um deles entrelaçava as mãos na minha cintura, enquanto o outro passava o joelho entre minhas pernas, intensificando minha excitação. Eu sorria de lado, mal contendo a sensação. O primeiro deixou de beijar meu pescoço e começou a morder minha nuca, causando uma sensação de prazer e euforia. Afastei-os gentilmente, sorrindo maliciosamente.

- Hey, não é assim que vai funcionar - eu disse, enquanto pensava: "Finalmente consegui o que eu queria".

Eu os observava e me lembrava de como tudo começou.

UMA SEMANA ANTES

"Que noite esplêndida."

"Eu consegui, estou aqui nesta festa, fomos convidadas de última hora, mas estamos finalmente aqui". Eu estava radiante, usando um vestido preto que abraçava meu corpo, com um decote sensual. Meu cabelo ondulado, com alguns fios soltos, conferia um charme ao meu visual.

Convenci Liz a vir comigo, mesmo sabendo que ela não gostava de festas. Adoro o jeito discreto dela, mas às vezes precisamos fazer um esforço pelos amigos. Liz usava um vestido preto simples, um pouco mais curto que o meu.

- Dois Martinis, por favor - pedi ao bartender, com um tom suave.

- Wony, não seja tão assertiva assim, parece que você está desesperada - disse Liz, preocupada.

- Elizabeth, minha querida Liz, não me chame de Wony. Esta noite eu serei apenas Vicky, a garota que tem atitude com os homens.

Liz assentiu, concordando silenciosamente. Foi então que eu o vi: um rapaz lindo, sentado ao bar, bebendo sozinho. Sua pele pálida e o rosto bonito chamaram minha atenção. Havia um pequeno sinal em seu nariz, que o tornava ainda mais charmoso. Sua aura fria como gelo fazia-o parecer um príncipe distante. Lembrei-me de tê-lo visto antes, mas nunca tinha reparado nele daquele jeito.

- Liz, preciso de um tempo com aquele cara ali - disse, apontando para ele.

- Ah, Sunghoon? Você está interessada nele?

- Talvez ter um príncipe de gelo seja exatamente o que preciso agora.

- Certeza? Eu te disse que ele é bem frio quando trabalhamos juntos.

- Bom, mas isso era trabalho, e eu não estava interessada. Agora estou. Tchauzinho, Elizabeth.

- Ok, princesa, cuidado para não acabar se congelando - disse Liz, sorrindo de forma debochada.

Eu me aproximei dele, sentindo um arrepio percorrer minha espinha, uma resposta do sistema nervoso simpático. Minha confiança não vacilou.

- Oi, prazer, eu sou a Vicky! - disse, suavemente.

Ele olhou para mim e, de repente, reconheceu-me.

- Ei, Wony, como vai?

- Ei? Você não sabe a principal regra dessa festa? Precisamos usar nomes comuns.

- Ah, eu realmente não sabia, sinto muito. Então Vicky, prazer, me chamo... - Ele parou por um momento, observando-me.

- Benjamin, me chame de Benjamin.

- Oh, é um nome bonito e charmoso, combina com você.

Ele tentou disfarçar o constrangimento.

"Hey, garçom" - chamei, conseguindo sua atenção. O garçom se aproximou.

- Duas Bloody Mary's, por favor - ele pediu.

- Bloody Mary? Que tipo de bebida é essa? É muito forte?

- Não é. Você é fraca para bebidas ou algo assim?

- Bom, nem tanto, mas tenho que me preparar, pois temos trabalho semana que vem...

- Ei, vai com calma. Hoje eu não quero saber do Sunghoon e seus trabalhos de ídolo famoso. Quero conhecer o Benjamin - disse, firme.

Ele ficou sem ação, sem saber como reagir. O garçom trouxe as bebidas, e Benjamin pegou a sua, servindo-me também.

- Então, o que te trouxe aqui? - perguntei, curiosa.

- Bom, eu realmente não sei. Consegui um convite e simplesmente vim, apesar de odiar festas.

- Nossa, me lembrou alguém.

- Quem?

- Não importa. Você está esperando alguém hoje?

Ele hesitou.

- Talvez, o que você acha?

- Bom, eu acho que não devo achar nada, mas se precisar de companhia, estarei aqui.

Ele se levantou e foi embora. Eu aceitei a rejeição, sentindo-me um pouco invasiva demais. A voz de Liz ecoou na minha mente, lembrando-me de ir com calma.

O frio que senti ao me aproximar daquele lindo rapaz deu lugar a um calor. Problemas de energia, pensei, quando ouvi uma voz ao meu lado:

- "Blood Mary, me dê duas Bloody Mary's."

Olhei e vi um homem lindo ao meu lado. Sua pele bronzeada e a mandíbula marcada eram hipnotizantes. Eu desviava o olhar, tentando não me deixar levar novamente.

- Olá, eu me chamo Jay - ele disse, repondo minha bebida.

- Olá, Jay. Finalmente alguém que respeita o código de nomes daqui.

- Isso não deveria ser algo que todos deveriam fazer? É literalmente a única coisa que pedem no convite.

"Com certeza algumas pessoas não sabem ler" - respondi, rindo. O clima entre nós ficou descontraído.

- Essa noite está linda, não é? - comentei.

- Não tanto quanto você - ele respondeu assertivamente.

Eu sorri, ainda um pouco tímida.

- Quem lhe convidou para vir?

- Um amigo de um amigo, e acabei vindo por meio de um dos donos. Às vezes, trabalhar para eles tem suas vantagens. E você?

- O mesmo, mas vim principalmente por causa de uma amiga, Liz. As pessoas gostam naturalmente dela, então ela resolveu me trazer.

- As pessoas gostam naturalmente dela? E de você?

- Bom, é diferente. Muitos confundem minha confiança com arrogância, e eu acabo sendo julgada.

- Então, talvez você devesse mostrar mais vulnerabilidade. Quando escrevo uma música sobre algo que vivi, me preocupo com o que vão achar. Mas percebo que me preocupo mais em não parecer vulnerável do que em produzir algo do meu coração. Apenas tente mais.

- Vou levar em conta. Você escreve músicas? - perguntei, curiosa.

- Sim, algumas. E você?

- Raramente.

- Se algum dia precisar de ajuda para escrever algo do coração, me procure. Enfim, hoje estou de babá de um garoto, então aproveite sua noite.

Ele se levantou, dirigindo-se a um garoto que o esperava. Entendi sua preocupação com o mais novo do grupo, e então me levantei também, procurando por Liz. Ela provavelmente estava se escondendo das multidões como sempre.

Subi as escadas, sentindo-me um pouco solitária. De repente, bati de frente com alguém familiar. "Oi, Won," ouvi.

Fiquei incrédula ao ver quem era.

🔞-A Princesa Entre Gelo e Cordas Onde histórias criam vida. Descubra agora