-Meu sonho é te ter, meu pesadelo é te perder

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Eu me perguntava por que eu estava assim. Essa provavelmente era a única noite em que eu veria os dois, e não teríamos outras oportunidades. Então, eu deveria aproveitar.

— Não é nada, só estava lembrando de um sonho que tive antes de vir pra cá.

— O que tinha de errado nesse sonho? Você parece preocupada.

— Era sobre meu futuro. Minha carreira está tão complicada no momento, sempre lidando com tantas coisas ao mesmo tempo. Vir a essa festa foi uma das formas que encontrei para fugir desses pensamentos sobre o futuro.

— Sabe, Vicky, eu também penso muito nisso. Talvez o que você precise seja deixar o futuro para sua versão que estará lá, e focar no presente.

— Você não sonha ou algo assim? — perguntei, curiosa.

— Claro que sim. Mas acho importante lembrar que os devaneios que temos não são a realidade, e que viver o momento presente pode ser muito mais animador.

— Então, com o que você tem sonhado? — perguntei, me aproximando de forma insinuante, pegando em sua mão enquanto olhava em seus olhos.

— Eu sonho com você, Vicky. Você é a razão dos meus devaneios.

— E que tipo de coisas você imagina?

Ele se aproximou e me beijou, correndo para fechar a porta. Começamos a nos deixar levar, e ele beijou meus lábios com pudor, mordendo-os em seguida. Senti um arrepio na espinha quando ele beijou minha nuca e sussurrou:

— Meu sonho é te ter, e meu pesadelo é te perder. É isso que me atormenta. Eu te quero muito.

Ele me jogou na cama, me assustando, mas ainda era excitante. Subiu meu vestido aos poucos enquanto beijava meu abdômen suavemente. Seus lábios estavam frios, e os arrepios eram inevitáveis. Ele foi descendo lentamente, e eu deixei meus sentimentos aflorarem.

Antes que ele chegasse lá, comecei a sentir uma onda de antecipação. A respiração dele era cálida contra minha pele, enviando arrepios de satisfação pela espinha. Conforme ele se aproximava do meu ponto mais sensível, meu corpo se arqueou involuntariamente, como se cada parte de mim estivesse envolvida naquele prazer.

O toque dele era suave e gentil, mas firme, causando sensações que eu jamais conseguiria descrever. Ele segurava minha mão esquerda, nossos dedos entrelaçados, assim como minhas pernas, que se fechavam cada vez mais, chegando perto dos seus ombros.

A cada segundo, o prazer aumentava. Eu não sabia quanto mais poderia aguentar. Já estava animada pelo ocorrido antes com Jay. Era como uma dança silenciosa e prazerosa, da qual eu não queria que terminasse. Mas meu corpo não aguentou, e o clímax chegou de surpresa. Não consegui me conter; coloquei minhas pernas sobre suas costas e fechei sua cabeça entre elas. Ele acelerou, e uma sensação de formigamento tomou conta de mim enquanto ele me consumia. Eu não conseguia conter os gemidos altos e comecei a tremer. Ele apenas parou e deitou ao meu lado, me deixando sentir. Minhas pernas tremiam de forma deliciosa.

Meus lábios começaram a ser beijados, e ele sussurrou:

— Você está muito molhada. Talvez eu precise te treinar um pouco mais.

Aquilo foi incrível, mas eu sabia que não era o único motivo da minha euforia. Ignorei, apenas deixando o clima fluir.

Repentinamente, bateram na porta.

— Vicky, quero voltar para a festa. Você vem? — Era Liz, batendo na porta. Tentei me recompor o mais rápido possível e me levantei. Benjamin fez o mesmo. Abrimos a porta, e eles nos olharam com um pequeno olhar de julgamento.

Matthew então disse:

— Você está com gloss na boca.

Liz o empurrou, andando rapidamente à frente. Começamos a caminhar em direção à festa, e eu me sentia bem ao estar ao lado de Benjamin. Repentinamente, ele falou:

— Bom, minha princesa, acho que preciso resolver algo com meus amigos. Você pode esperar?

Apenas acenei com a cabeça, e ele foi embora. Então, fui ao bar novamente, naquela sessão onde sabia que Liz estaria com seu sorridente Matthew.

As luzes da festa estavam mais fortes, os tons de azul esverdeado se misturando com o vermelho alaranjado, formando um tom roxo descomunal. Eu estava com uma sensação de alívio irrefutável, nada poderia me abalar. Porém, de longe, vi Matthew, Liz, Jay e Sally. Ela estava bem próxima de Jay, mais do que alguém sem segundas intenções estaria.

Me aproximei, sem me preocupar se ele descobriria algo. No fundo, minha vontade de constranger aquela vadia invejosa era maior. Dei alguns passos e me sentei, sem dizer nada. Todos estavam se divertindo, então apenas pedi uma bebida.

— Garçom, uma Bloody Mary com álcool em dobro, por favor.

— Garçom! Me traga cinco, na verdade — disse Sally.

— Cinco? Quem mais está vindo? — perguntou Jay.

— Ah, não sei. Acho que preciso de uma dose dupla — exclamou Liz, nervosa.

Rapidamente, me acalmei.

— Como estão as coisas, Sally? Continua ficando com o que é meu?

— Meu? Do que você está falando, maluca?

— Do que vocês estão falando? — questionou Jay.

Ela olhou para ele e fez uma expressão que remetia exatamente ao que eu estava falando.

— Ei, Vicky, você é uma garota legal, mas eu não sou sua posse. E por que você está tratando a Sally assim? Ela te fez algo?

— Você nunca entenderia, idiota — respondi, expressando raiva.

— Idiota? — Ao mesmo tempo que ele falava, Matthew e Liz começaram a guiá-lo para longe, ao verem que eu segurava a taça com força.

— Você acha que vai escapar mandando um deles embora para sempre, sua vagabunda?

— Olha, seu príncipe encantado está vindo. Vamos ver o que ele acha do seu joguinho duplo.

— Escuta, Sally, quer jogar um jogo? Você ama jogos, não é? Que tal eu te desafiar?

— Você está tentando escapar, não é? Mas não se preocupe, sou indiferente quando se trata de jogos. E muito competitiva, como já sabe.

— Eu tenho os dois na palma da minha mão. Eles são lindos. Um faz você se sentir incrível, e o outro faz você acreditar que ser incrível não é nada, pois o que importa é ser você mesma. Os dois são ótimos partidos. Se você conseguir roubar um deles, eu posso pensar em restabelecer o clube, com você como líder.

— Clube? Oi, Vicky, sobre o que vocês estão falando? — Benjamin perguntou, beijando meu pescoço, me causando arrepios. Pisquei para Sally.

— Ben, preciso ir ao banheiro rapidinho. Pode fazer companhia à Sally por enquanto? Ela está meio bêbada.

Ele ficou, e eu me afastei, procurando por Liz, Matthew e Jay, mas não conseguia encontrá-los de jeito nenhum. Então, me perdi nas luzes festivas.

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⏰ Última atualização: Sep 09 ⏰

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