CECÍLIA DUARTE
ESTAVA INDO EMBORA da batalha da aldeia, Apollo rimou hoje mas perdeu na final para guri. Não vamos dormir juntos hoje porque amanhã ele tem que ir para o estúdio cedinho e eu vou fazer uma viagem rápida para o RJ.
Meu pai está trazendo a concessionária aqui para São Paulo por que não pretende voltar para o Rio, ele e minha mãe estão voltando com o casamento mas nada confirmado ainda, espero que dê certo para eles.
- tchau amor, a gente se vê sábado -
- tchau ceci - Apollo me deu um selinho - te amo
- te amo também - sorri e entrei no carro
De barueri até pinheiros dava apenas 30 minutos, entrei no meu carro e lá fui eu voltar para casa. Tinha um carro preto atrás de mim e tentou me ultrapassar, quando voltei para minha faixa o carro bateu no meu e eu só senti o impacto.
Minha cabeça estava girando, estava de olhos fechados e só conseguia ouvir o barulho do trânsito e da sirene alta, única coisa que vi foram pessoas ao meu redor e a luz vermelha da ambulância.
Meu corpo estava pesado, eu não conseguia abrir os olhos mas escutava tudo ao meu redor. Consegui abrir um pouco os olhos e vi várias Luzes no teto suponho que eu esteja no hospital.
- amor, fala comigo. Cecília pelo amor de Deus -
Apaguei novamente e não vi nem ouvi mais nada.
SETE HORAS DEPOIS
Acordei e eu me sentia estranha, meu corpo continuava pesado, minha cabeça estava latejando de dor e eu não estava conseguindo mexer a cabeça por conta de um negócio que estava envolvendo meu pescoço.
Estava com um inalador na boca, tirei ele de lá e respirei ar puro, tentei olhar em volta e vi Apollo dormindo no sofá. Chamei ele mas era como se minha voz estava rouca e falhada.
- amor - saiu como um sussurro -
Apollo levantou rápido e veio até a maca, agradeço por ele ter um sono leve.
- vida, que bom que você acordou - os olhinhos puxados dele agora estão marejado -
- sofri um acidente né -
- sim, sua mãe me ligou contando tudo -
- cadê meus pais? -
- foram pra casa, sua mãe tava nervosa e eu falei que passaria a noite com você -
- tô com muita dor Apollo -
- vou chamar a enfermeira -
Apollo saiu do quarto e voltou com uma mulher alta que parecia ser mais velha.
- oi Cecília, eu sou a enfermeira Clara. Como está se sentindo? -
- com dor -
- pode me falar onde exatamente está doendo? -
- minha cabeça tá doendo e meu corpo tá pesado -
- isso era o previsto que iria acontecer, sua cabeça está doendo por conta do impacto que você levou. O seu corpo vai se recuperar daqui algumas horas.
A enfermeira me explicou tudo e disse que daqui a pouco o meu café da manhã chegaria, Apollo ficou co meu lado e não soltou minha mão nem por um segundo.
- amor eu tenho certeza que o carro bateu em mim de propósito -
- porque iria bater em você de propósito vida -
- eu não sei, mas tenho certeza -
Não demorou muito para os meus pais chegarem e me encherem de perguntas, minha mãe estava quase parindo o Benício, sim esse vai ser o nome do meu irmãozinho.
Depois que eu terminei ou exames fui liberada para ir para casa e tomar os devidos medicamentos. Vou ficar uns 3 dias na casa da minha mãe só caso eu precise de ajuda e depois vou voltar para o meu apartamento.
Apollo cismou em ficar comigo e eu que não sou boba nem nada aproveitei da boa vontade do meu namorado.
Estávamos no quarto e eu já tinha tomado banho, estamos conversando cobre o próximo final de semana que Apollo iria batalhar, essa batalha é muito importante para ele.
Eu estou deitada com uma pilha de travesseiros embaixo da minha cabeça e meu namorado está abraçado comigo, meu pai bateu na porta e entrou.
- tudo certo? quer alguma coisa ceci? -
- não preciso de nada por agora pai, obrigado -
- tá certo, ai Apollo quer jantar? -
- hum vou negar não hein sogrão -
- vamo lá muleke -
- já volto - ele me deu um selinho e saiu com meu pai
As vezes eu acho que meu pai gosta mais do Apollo do que da própria filha. Entrei no twitter e desabafei sobre isso.
NOTAS FINAISRogerinho é o último romântico
tentei fazer o negócio do twitter pra vocês
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15 dias e 15 noites | Apollo mc
FanfictionCecília e Apollo agora são estranhos novamente por conta de um romance que não deu certo no passado.