Acordes

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Desculpa a demora pelo capitulo. Janeiro foi um mês muito compilado, muitas coisas aconteceram e tiram um pouco da vontade de escrever. Eu tinha planejado um cap um pouco mais longo e com outras coisas mas ele ficou bem mais simples. Obg por ficarem aqui mesmo assim<3

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Fit costumava acordar cedo, ele tinha o costume de levar Ramon para a escola de manhã e depois aproveitava e saia para correr um pouco. Fit sempre gostou de exercícios, mesmo antes de entrar no exército e nesse momento poderia relaxar um pouco.

Aproveitou para ouvir algumas apresentações do pianista que iria se encontrar mais tarde. Não é como se tivesse pesquisado tudo sobre ele. Claramente não tinha algo que se sentia fascinado.

Pac Tazer Wagne era uma das mais novas revelações da década, ele era um garoto órfão que depois conseguiu bolsa de estudo de uma das mais prestigiadas escolas de música do país. Sempre se mostrou ser um prodígio da música segundo seus professores. Antes mesmo de se formar no último ano, ganhou um dos mais importantes de concursos de piano no mundo.

Os dois próximos anos participou da Orquestra Sinfônica Brasileira, um dos grupos mais prestigiados de música clássica do país. Depois saiu e começou uma carreira solo internacional.

O que aliou também com o estourou de uma franquia de séries, Pac tinha composto e tocado a maioria das músicas para um amigo, que anos mais tarde tinha virado um dos nomes mais famosos da direção cimatográfica. E os dois continuaram com a parceria. Isso fez a carreira de Pac se expandir também para o mundo do cinema.

O que Fit poderia dizer? Era como seu filho dizia" meu pai é uma grande fofoqueira". A noite ele passou pesquisando.

Fit estava mais ainda admirado pelo homem. Ele sabia muito bem como era crescer em condições difíceis e Pac não tinha se deixado abalar com também construiu uma carreira incrível. Ele não era muito bem como os outros músicos famosos que tinha conhecido.

Nas entrevistas ele parecia tímido e tentava se encolher muito, como se quisesse sumir. Só relaxava quando podia enfim tocar. Ele entrava na música, dava para ver não só suas mãos deslizando com o piano como também a música ecoando pelos teatros. Só existia ele e as teclas, entrando em outra dimensão, paralela e falando uma linguagem tão antiga que não dava para entender, apenas sentir.

Mas não foi isso que mais lhe chamou a atenção. E sim um vídeo de um celular tremido feito sem nenhum efeito ou luzes grandiosas de um magnífico teatro. Não, parecia uma capela antiga bem acabada, na verdade. As paredes descascando e algumas mesas quebradas. Tinha um piano simples na frente do músico e ele sorria com uma criança no colo.

"Vocês estão gravando?" Perguntou rindo, "de quem é esse celular?"

"Do padre" ouviu baixinho de uma criança.

" Ele sabe que vocês estão com ele? Não quero ser a causa de vocês ficarem de castigo", a criança no seu colo concordava e Pac fazia coquinhas nela." Então, o que vocês querem saber primeiro?"

E nos próximos segundos, foram uma confusão e gritos de crianças. Uma freira apareceu e todas as crianças ficaram quietas e se sentarem em um círculo organizado. Fit achou engraçado.

"Se vocês não se comportarem, o tio Pac não vai responder nada e vai embora", ela se aproximou levando um jarro d'água para o músico e deixando um beijo na sua testa.

A câmera não captou a conversa deles, mas pareciam muito próximos entre os sorrisos e gargalhadas. Quando ela foi embora, uma criança levando a mão com tanto afinco que era impossível não olhar para ela, as próximas palavras saíram tão emboladas que não dava para entender com o múrmuro da sala.

Melodias-HideduoOnde histórias criam vida. Descubra agora